segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Todo Mundo Tem Um Tesouro Guardado.

Hoje enquanto ela caminhava por entre os caminhos da sua cidade interna, percebeu num canto escondido e empoeirado uma pequena janela, abriu e soprou para limpar um pouco a vista. Logo certos raios de brilho se mostram, mal podia acreditar que tinha ali guardado aquele tesouro de brilho e compreensão. Pegou tudo que cabia em sua mãos, correu para um outro canto da cidade e se pôs a limpar artifício por artifício, cada pedra brilhante de respeito, esperança... uma bicicleta que nunca teve e algumas bonecas do tempo de menina. Num lago metido no meio do mato ela se sentou a beira e ficou lá muitas horas, admirando as coisas que teve e os sonhos que a esperam para acontecer. 
Sorriu e ainda riu uma riso cheio de doçura. Um uma emoção veio embutida em sua gargalhada, seus olhos irradiavam a glória de ter encontrado seu próprio tesouro, crenças de  criança e a fé em si mesma que com o tempo a gente esquece e troca por medo no lugar da auto-confiança.
No lugarzinho paradisíaco ela ficou a refletir em como podia contar consigo mesma, em como sua melhor amiga eram suas próprias entranhas e que a fidelidade que tivera esse tempo todo guardada em seu tesouro mais que especial lhe fazia merecer toda sorte de bênçãos do mundo. 
Essa tarde foi diferente, ela aprendeu muito e viu que pode aprender ainda mais com os outros, que uma simples pesquisa pela Internet, algo que ela não levara muita fé, era capaz de lhe fazer entender muitas coisas sobre si mesma. Coisa bobas, sem muitos arrodeios ela se  linda, muito linda. Depois de limpar seu relicário de pureza, ela sentiu um vento balançando seus fios de cabelos, que lhe trouxe uma mensagem de esperança.
Nem todo mundo foi atingido pelos sentimentos desumanos. Na vida é possível encontrar pessoas incríveis e isso não quer dizer que cada uma não tenha seu valor, algo especial próprio apenas a cada um. Algo como o tesouro que ela encontrou em meio a seus sentimentos de medo. Percebera então que talvez tudo conspirou para seu encontro íntimo. Para descobrir que a felicidade não é palpável, mas é possível. E que sonhos existem para se tornarem reais. Quando alguém reconhece isso em si mesmo, a possibilidade de acerto, acaba deixando que alguém especial também a note, e quando isso acontece entrelaçam-se laços que não podem ser rompidos, que não podem não por falta de possibilidade, mas pelo simples fato de não ser preciso, não ser necessário... pelo milagre de ter encontrado algo que te faça acordar e agradecer por está vivo, algo que te faz desejar está perto, sentir o toque e realizar sonhos e sonhar outros tantos sonhos. Quando algo é pra ser o universo conspira para que se firme.



Laryssa Galdino

O Que Tiver De Ser, Será.

Apesar de ser muito dramática em boa parte do tempo, quando escrevo prefiro que soe como algo sensato, mesmo que certamente já devo ter cometido muitos enganos. Esse ano tem sido bem diferente, porque me trouxe muitas coisas boas ( a faculdade, novos amigos, um amor), mas também vai fechar com chave de ouro: Vou passar um mês longe de uma pessoa que aprendi a amar por demais até!
Quando o conheci, não imaginei que ficaríamos se quer amigos e hoje o considero além de um grande amigo, um maravilhoso namorado!
Quando ele me ligou e disse que tinha uma novidade para me contar, eu sabia que era algo que me deixaria um tanto triste, pois ele insistiu em me contar apenas pessoalmente. Então como ele gosta sempre de ir direto ao ponto, lembro de começar a chorar quando ouvi algo do tipo "vou passar um mês em Brasília a trabalho"
Fiquei tão sem chão. Disse que estava feliz por ele, mas estava chorando de saudade (doía tudo por dentro e não consegui entender). Mas ai ele falou "calma amor, é só por um mês!" Juro que tentei conter, mas só conseguia chorar ainda mais.
Depois do jantar, quando ele foi embora, eu me deitei e fiquei tentando absorver aquilo, "eu juro que estou feliz por ele" - repeti infinitas vezes para mim mesma e tentei me acalmar. Fiquei com tanto medo de não ser suficientemente especial para não perdê-lo. (bobagem)
Meu consolo demorou a chegar, talvez ele só me veio a pouco enquanto pensava no que escrever aqui no blog. Lembro de uma frase que ele me disse certa vez quando eu relutava em me entregar ao que sentia por ele:"Quando uma coisa é pra acontecer absolutamente nada pode impedir". Essa frase se tornou meu guia, sempre digo a ele "Meu bem, o que tiver de ser será..." Mas dessa vez demorei a me lembrar disso. Enquanto me derramava em lágrimas lembrando das primeiras conversas entre a gente, do dia em que ele pediu meu MSN, do primeiro encontro, do primeiro beijo etc etc etc, me lembrei dessa frase e pensei que quando duas pessoas devem ficar juntas absolutamente nada pode impedir, e se ele for mesmo meu cavaleiro eu não o perderei por causa de uma viagem e de um encontro que possa acontecer.
É difícil pra mim pensar assim, na verdade estou com muito medo, mas pensei em outra coisa também: Todas as coisas que num primeiro momento se mostraram terríveis para mim, com o tempo se tornaram compreensíveis, e hoje eu percebo que se não tivessem ocorrido, do tal modo que ocorreram, então não teria sido bom nem para mim nem para as pessoas envolvidas.
Logo, espero que essa boa-nova-de-fim-de-ano me ensine algo. E que se nós não acabarmos juntos e felizes para sempre... ao menos terminemos felizes. Mas que fique bem claro que não é o que desejo! Desejo que você volte a salvo para os meus braços amor, mas não posso ser egoísta e querer prendê-lo a mim. Porque eu te amo demais e quero que você seja feliz, quero que você seja livre, que você conheça todos os lugares do mundo, que você conquiste tudo que estiver além das possibilidades e que acima de tudo... seja muito feliz! TT
"Amo a liberdade e por isso deixo livre ao que amo, se ficar é porque de fato o conquistei, mas se partir é porque nunca o tive."
Minha avó sempre diz que não há um mal que não traga um bem, e espero que essa terrível saudade que vou sentir da sua ausência me traga um bem. Espero que eu aprenda a confiar mais em mim mesma e a confiar mais em Deus e na vida. Espero também que eu me surpreenda, tal qual como te surpreendo. E que me mostre capaz de suportar o que eu nem entendo como conseguiria.
PS. : Eu Te Amo =)
Laryssa Galdino

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Toma lá, da cá!

Não é engraçado como adoramos competir com os outros? Se alguém chega dizendo que teve uma prova difícil quase de imediato surge um colega dizendo: "Que nada, essa matéria é rasgada! Difícil foi a prova que eu tive agora, o professor colocou 4 demonstrações de física e ainda mandou a gente fazer um relatório dos últimos experimentos realizados há um mês... e tudo isso pra fazer em 3 horas!!!". Mas não para por ai, vai surgir outro contando uma historinha ainda pior e assim sucessivamente até que todos acabem suas histórias.
Se você fala que no seu tempo de 2º grau, nunca foi reprovado ou coisa do tipo, por ser muito dedicado aos estudos, logo alguém duvida... diz que na certa seu colégio não era muito puxado e justifica dizendo que no seu colégio as disciplinas eram tão puxadas que ele ficava noites sem dormir estudando.
Quando alguém no trabalho comenta que está muito feliz porque seu filho é inteligente aparece logo alguém dizendo que O SEU filho é que é demais, quase um gênio... e que a psicóloga da creche dele disse que ele pode ser o próximo Albert Einstein. ¬¬
Adoramos fazer isso, mostrar que nossos problemas ou nossas sucessos são MAIORES e melhores. Nunca ninguém está f%&*@ o bastante se não você!
Isso não é chato? Em dias que queremos apenas que alguém diga : "Eu entendo você, também passei por maus bocados pra pagar essa cadeira, mas você consegue!" Encontramos apenas pessoas tentando fazer nossos problemas inferiores aos dela. Como se fôssemos iguais e como se tivéssemos de reagir do mesmo modo aos obstáculos, às dificuldades.
A verdade, ou o que vejo, é que as pessoas não se importam mais em ajudar, entender etc etc etc... apenas querem mostrar, não todas obviamente, que OS SEUS problemas é que são insolúveis, e que A SUA vida é que é corrida e complicada.
Então, da próxima vez que alguém dizer "A minha prova é que foi difícil, o MEU professor é que é carrasco, o MEU curso é que é interminável" etc etc etc... Ignore e mude de assunto ou sua conversa vai se tornar um mero bate-rebate de problemas.

Laryssa Galdino

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

=)

De todas as palavras que já tivera ouvido naquela discussão sem fim, uma lhe prendeu o pensar: infantil. Ficou imaginando que ser infantil é algo que nos ocorre após sermos bebes, então concluiu que já se era alguma coisa, um crescimento! E depois de infantil podia-se até alcançar a adolescência. Mas o que fazer para isso? Aprender. Aprender a lidar com o NOVO.
Crianças choram, gritam e se desesperam... adolescentes quase sempre também... o que é certo a fazer nunca parece muito óbvio quando se tem 13 anos, mas aos 19... Então viu-se ali com o pensamento nisso, e meteu-se a imaginar sua vida. Viu que era muito mais bonita ao lado de quem ama e esqueceu o infortúnio... essas coisas, ressuscitou, vem apenas para a desgraça, não se deve dá bola para o que não se pode conter. Deixa está! Melhor que fazer dessa gota uma tempestade da qual não se poderá fugir depois.
Sorriu, achou que já nem foi mais tão infantil, podia-se a perceber uma mocidade, ainda que iniciante.
O Casamento
Casamento não o sim dele e o dela, não são as alianças, nem muito menos uma festa ou um papel cheio de assinaturas. Casamento é o compromisso de duas pessoas que se gostam muito e querem conviver uma com a outra sob o mesmo teto. Acordar e servir café, voltar das reuniões noturnas para o mesmo canto, discutir por besteiras que só se notam dentro da mesma casa. Casar é tão bonito, eu acho que é, e ela também acha, porque somos muito parecidas. Fui a um casamento no último fim de semana, vi dois jovens dizendo "eu te amo" em público e achei inspirador. Desejo que todos os dias deles sejam cheios de amor e que este ainda (re)exista ainda que venha a vontade de desistir.
O reencontro
Não podia ser melhor. O cheiro esperado por longas 26 horas, os beijos que fazem muitas falta e aos quais não se podem esquecer. O abraço, o sorriso íntimo e as conversas francas entre dois amantes.
Os sonhos
Foram tantos, foram muitos, foram vários... blá blá blá. "Você é mesmo uma matraquinha, mas eu te amo" ela sorriu e até tentou se conter, mas tudo que lhe vinha a cabeça ela falava e eles riam, riam muito porque perceberam que se completam, e se completavam mesmo. Não como nos filmes, falo de vida real. Ele fazia drama e ela o acalmava, ela achava-se meio decaída e ele a levantava e juntos escolheram a canção que poderia vim a ser o prelúdio de um gesto de amor, outro de tantos aos quais chamamos: entrega.
Não poderia dormir antes de escrever, meus dedos incomodados não viam muita graça no lápis de tinta azul, preferem o teclado macio, aqui parece que se flui mais rápido e que logo se eterniza o pensamento em postagens quase secretas.
Boa Noite.


Laryssa Galdino

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O infortúnio da confiança.

Ela era uma garota como outra qualquer, ou talvez não. Usava a Internet para conhecer um mundo imenso ao qual almejava escrever. Suas idéias nem sempre eram comuns, mas ela não aspirava por tornar-se mais uma no senso esperado das coisas. E o que aconteceu? Entregou-se a um homem que não se tinha por satisfeito, que achou que em seus direitos incluía ver outras mulheres sem roupa na rede. Para muitos psicólogos e muitos seres humanos de sua idade, aquilo era completamente normal e não se entendia porque ela ficou se sentindo tão traída.Mas é que para essa garota de pensamentos incomuns, você ver seios, bundas e periquitas de mulheres com quem não se têm nenhum laço afetivo é coisa de otário. Ela é linda, seios arrendodados e palpáveis, pele macia e sempre cheirosa, seus cabelos lisos lhe desenham a face de uma menina-mulher, sedutora e inocente num misto empolgante. Seus beijos deliram a boca e os pensamentos de quem os têm, seus toques... ia se descobrindo todo dia, deixando que a tocasse aqui e acolá. Se sentia absoluta entregue, deixou que um homem lhe visse de seios nus. Deixou-o os tocar, amassar seu corpo contra o seu e gritar prazeres, foi amada e desejada como única, ou pensava que a era. E agora isto. Seu amado se deleitava com os seus peitos e o de sabe quantas putas pela rede? Via seus olhos brilhando, e quanto mais olhos malandros já não o teria experimentado na ilusão do computador? Mas para ela, que tão sincera se entregava e se deixou invadir não achava normal que um homem a amasse e visse tantas outras sem roupa por aí. Se sentiu tão inútil, tão pequena. Não que fosse, porque ela de fato é linda, suas genitais, suas bochechas, tudo nela é interessante e atraente... (mas não o bastante para um otário que anseia sempre mais). E se viu tão desfrutável, como sendo ela para ele a realização de um desejo oriundo de pornografias encontradas avulsamente. Ela,uma mulher especial, sendo tocada como folha de mato adentro por peões desgarrados de honra. Se olhou na sombra da parede que tanta noites e tardes de puberdade observou e tudo que vio agora foi a face opaca de uma mulher incapaz de o satisfazer. Tornou seus olhos para o cretino, e o vio sorrindo como se o seu ato profano fosse comum e nada haveria ela de o contradizer. Seu coração partiu em pedaços, em milhares talvez, se sentiu provocada, subestimada, usada e ainda... sentiu que tinha feito uma grande besteira em confiar num homem.

Laryssa Galdino
em
Conflitos

domingo, 30 de novembro de 2008

Entendendo Eu Mesma Só Um Pouquinho.

As pessoas têm um consenso ao dizer que as mulheres são estranhas, que TPM é frescura e que dor-de-cabeça é desculpa pra quando ela não está afim de fazer sexo, ir ao cinema ou fazer qualquer programa que normalmente considera maravilhoso. Mas isso não é verdade. Dizem também que somos todas possessivas, que conseguimos tudo que queremos, que derrubamos 100 milhões de homens só com um olhar. (E a menos que sejam usados efeitos especiais de cinema, isso também não é possível).

Dizem que não existe mulher feia, apenas mal arrumada. E com isso eu concordo. Mas a verdade é que não há mulheres iguais. Algumas adoram decotes, outras preferem gola alta, umas querem ver homens lutando e outras preferem contar histórias pra seu filho dormir. São tantos gostos incomuns, somos tão diferentes. E porque nos colocam tudo num saco só? Eu sei, você deve está dizendo que TODAS as mulheres também espalham por aí "que homem é tudo igual", mas eu também disconcordo. Mas deixando TODOS os homens e algumas mulheres de lado, quero ser bem egocêntrica e falar só de mim.

Refletir como sou, porque acho que muitas vezes me calo, mas uma das formas que acabo encontrando de me expressar é escrevendo e isso, de cara, não é uma coisa que toda mulher gosta de fazer. Ontem eu ouvi a frase "eu não tenho pena de ninguém" - de um homem, e eu respondi : "pois eu tenho". Me sinto triste com a desgraça dos outros, porque quase sempre me imagino no lugar daquela pessoa e por isso gostaria de poder ajudar, mas não me considero fraca por pensar assim, por "sentir pena de alguém", eu concordo que na vida cada um faz suas escolhas e o fato de me compadecer não me obriga a intervir. Mas eu sou livre pra sentir! Sentir raiva de gente sem educação, sentir ciúme de quem amo, sentir uma invejinha vez ou outra. Sim, eu sinto inveja, mas não do tipo "grrr, porque ela se dá bem e eu não???" Nada disso! Tenho uma inveja que considero motivadora, quando vejo que alguém foi bem sucedido em algo, então penso : "poxa, fulana conseguiu, então isso não é impossível, posso conseguir também" ... Sim às vezes eu me comparo com os outros, mas não me menosprezando, nem falando "é, eu sou cool tenho isso, aquilo e num sei o que e ela não teeem". Eu me comparo apenas para alimentar meu vício da observação. Adoro ficar olhando o jeito das pessoas andarem, sorrir, se vestir, como lidam com dinheiro, com o amor, com a família. Eu sou viciada em olhar para todo ser que respira e está no raio de alcance de minha visão.
Adoro a discussão, acho que duas pessoas que se expõem não têm medo de defender suas idéias e aderir a novas. Não gosto de radicais, de quem se acha sempre O correto, independente e bem sucedido. Gosto de pessoas que não ficam "se gabando" dos bens que possuem ou das habilidades que lhes compete. Não me interesso por quem acha sempre que suas piadas são as mais engraçadas, que sua vida é perfeita e que TUDO ao seu redor é melhor que a humanidade restante (aqueles que sempre ficam contando vantagem etc e tal.)
Eu me acho uma pessoa legal, e li uma vez que pessoas que gostam de falar sobre si mesmas têm personalidade, então eu considero que tenho, embora eu não entenda muito o que é ter ou não ter personalidade. Porque alguns definem que é ser você mesmo sem ser influenciado por ninguém, mas isso é improvável, todo mundo é influenciado por alguma coisa na hora de se vestir ou de escolher alguma coisa, ou de tomar uma decisão. Mas dentre as coisas que entendo sobre a falta de personalidade é que existem pessoas sem opinião própria, que preferem crescer à sombra de quem tem coragem pra se arriscar e isso definitivamente deve ser um bom exemplo de quem não tem personalidade.
Eu adoro ouvir música quando estou fazendo qualquer coisa, e quando me perguntam que estilo musical eu gosto, como se isso fosse definir a qual grupo de pessoas eu pertenço, respondo (e inventei essa resposta agora) que meu gosto musical é a música que eu estiver afim de ouvir no momento. Que o meu prato preferido é o que suprir minha fome e o dinheiro poder pagar, que o meu lugar é onde eu me sinto feliz e que a igreja nem sempre é uma forma de controlar as pessoas - algumas, como eu, acham que é um lugar legal.
Laryssa Galdino
em
Ainda Há Tanto a Descobrir Sobre Mim Mesma.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O Mundo Girando.

Lá na Índia tá rolando uns conflitos, alguns dizem que é culpa do Paquistão, outros falam que são assuntos terroristas. Obama, o presidente eleito do Estados Unidos apesar de feliz com a sua vitória, sabe bem o que o espera depois do dia 20 de Janeiro (que é quando ele será empossado), e enquanto o cachorro do Bush morde um repórter, Santa Catarina é destruída pela chuva. E eu? Eu estava dormindo até as 10 a.m. enquanto o mundo girava e tudo ia acontecendo.
Eu acredito mesmo que é difícil, tanta guerra, bombardeios, discussões, pessoas morrendo... e eu só gostaria de terminar a faculdade, ter um bom emprego me casar e ter filhos! Às vezes o mundo parece tão injusto, algumas pessoas têm como cenário de suas fotos os mundo inteiro e eu tenho o mundo inteiro dentro do workbook, dentro do meu coração!
Eu quero ver tanto, mas será que vale a pena o ver. Tenho a sensação de que um dia vou acordar e algum país louco terá destruído tudo que conheço com uma boba nuclear. A vida podia ser tão menos aterrorizante, ser mais calma, mais possível. Eu acho até que as casas vão ser reconstruídas lá na Santa Catarina, mas talvez depois venha outra chuva, outra coisa "inesperada" e ponha tudo a perder.
O mundo continua girando, e nada destinado deixa de acontecer. Eu sei que têm plantas sendo devastadas na Amazônia, e eu leio as manchetes pra me inspirar nos meus posts. Eu só queria mesmo acordar um dia com a boa notícia de que ainda temos 50 milhões de anos de vida, mas dizem por aí que o mundo acaba em 2012.

Laryssa Galdino
em
Mundo de Louco (que eu quero escrever)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Não tenho cara de cocô.

Estou chateada, normalmente gosto de escrever textos que não dêem a impressão do que de fato sinto, mas nem sempre consigo e hoje de fato eu não gostaria de esconder. O misero motivo, como o precedi, é mesmo mísero e se eu o contasse vocês não iriam acreditar e por isso, pra não me expor mais ainda, eu não vou falar o motivo de outra briguinha inútil que tivemos.
É ilógico na verdade. Duas pessoas que parecem terem sido feitas pela mão do próprio Deus, uma para a outra, brigarem tanto por coisa pouca, pequena e sem nenhum valor.
Eu gostaria mesmo de entender, porque a rapariga de uma ex- me incomoda tanto, porque fico chateada se você some e depois me vem contando seus artefatos maravilhosos. eu fico triste quando você se dá mal em alguma coisa, quando seus planos não saem como planejado, meu metódico de alucinóginos que me deixa meio louca, um pouco sã e ainda sim... querendo mais.
Quando você sorri, o mundo todo se volta pro brilho que se forma ao seu redor. Suas palavras são tão sinceras que andei pensando em me entregar a elas, me entregar de fato sem medo, porque já me doei a tanto cara salafrário que não merecia... e porque não fazer as coisas que quero com alguém de verdade, que como você diz, não se sente sob minha signicância.
Ai, como é tolo o amor, e como são chatas essas baboseiras de casais, mas eu amo tudo e amo tanto e apesar de há um minuto estar engasgada de tanta chateação, agora eu já o quero outra vez e com a mesma saudade de antes, de antes do transcorrido.
Às vezes eu ouço uma voz me dizendo : "Ei, não seja ridículo!" Mas o amar tem disso, nos fazer bancar os imbecis por umas outroras... mas por hora, estou racional e certa de que essas faíscas não produzem fogo de destruição.
Laryssa Galdino

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A new way

Fui assistir a um ensaio de uma banda de rock. Não importa quando ou quantas vezes eu os ouvi... só que tem umas semanas que eu venho pensando nesse post, pensando em como fazer quem o lesse sentir o mesmo que eu senti quando ouvi os meninos da Post Mortem. Meu corpo vibrou, cada nota, cada batida que fazia o saquinho plástico, preso à bateria, freneticamente se movimentar fazia meus pensamentos voarem, perdidos ou talvez apenas passeando pelo céu e pelas nuvens e por estradas, cada letra embora não totalmente traduzida por minha pessoa, me fazia imaginar um clipe, um significado que eu fui inferido a cada tonalidade do vocal.
Eu adoro ouvir alguma música e viajar com minha imaginação. Porque ela é de fato sem limites, com a nossa mente a gente vai a qualquer lugar, supera qualquer obstáculo e hoje eu penso que minha mente traz consigo uma força que me surpreende e que me mantém viva.
Às vezes sinto vontade de apertar a tecla "delete all", pra esquecer absolutamente o que não me faz bem. Mas depois eu percebo que eu posso pressionar a tecla "new way" e mudar.
Muitas pessoas provavelmente já se sentiram incompreendidas, já desejaram mudar de corpo de lugar... pensaram talvez que se tivessem nascido em outra família ou em outro tempo seria tudo diferente, mas eu penso que cada época e cada pessoa tem seus problemas, e não importa de que jeito fosse, fato é que de qualquer modo não seria fácil, porque se o fosse não teria a menor importância em o superar [8)]
A vida é assim, é linda mesmo e apesar de tudo. "O povo é sofrido, mas tá na batalha" Não imagino como seria pior, procuro seguir um conselho que me deram na hora do almoço outro dia "Um homem imaturo procura um motivo pra morrer e um homem maduro procura um motivo pra viver"(1) ... parece bem jargão ? coisa do tipo "se a vida fosse um mar de rosas a gente se machucaria com os espinhos"(2) ¬¬ Mas procure pensar, a respeito de (1) que quem entende o valor da vida luta por ela, do contrário desiste sem tentar fazer de seus dias algo realmente incrível. A respeito da (2) esqueçam essa frase ordinária, ninguém merece está super desmotivado, brigou com o namorado, zerou no vest ou ainda perdeu o super-show-único-da-primeira-EÚNICA-vez-da-banda-na-sua-cidade... ai vem um mané e te diz um negócio desses???
Faça sua própria frase, procure um sentido lógico, pelo menos para você, e lembre dela de vez em quando quando tudo estiver impressionantemente pééééssimo. Você se sentirá melhor certamente.

Laryssa Galdino
em
Força da (certa)Mente

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Simples.

Eu adoro conversar em inglês com ela, mesmo sem dominar muito o idioma a gente se diverte, fala coisas que "what???" hahahahahha muitos risos e coisas que adoro definir como afinidade. É uma pena que no mundo nem todo mundo encontre uma amiga como a que tenho.
Acho que é por isso que existe tanta gente cínica e safada, que não valoriza o bem que estamos, por menor que seja, sempre tentando fazer. Se tem uma coisa que me impugna a alma é falsidade e dela eu tento não me aproximar, mas acho que todo mundo já teve a sensação de ter sido encontrado por essa praga algum dia.
E ai, depois de horas conversando comigo e o espelho (não-mágico) chegamos a conclusão de que pessoas assim não merecem chance... seria só uma oportunidade de mão beijada para nossa vida ser tumultuada. E de tumulto eu passo longe!
Mas não é coisa de desocupado, talvez de invejoso. Que tipo de pessoa na verdade se presta a fazer burburinho entre amigos e casais? Não sei, porque na verdade as pessoas não se definem em tipos, não podemos dizer que o mundo é cheio de esteríotipos, seria menosprezar a mente de quem não presta e a criatividade dos mesmos, que por vezes se fantasiam na pele de um cordeirinho e se revelam no dia-a-dia como cobras (tadinha das cobras, mas já que elas são um símbolo de engano desde os tempos do jardim do Édem...)
No entanto, o se desespere se um desses "cordeirinhos" encucou com você. Releve, ignore, não dê importância ao que não merece. Tente mostrar que não serás contaminada(o) pela língua afiada da bendita e que não importe o quanto ela fale mal dos outros isso não vai abalar sua visão incrível de mundo.
Eu sei que é difícil, na verdade mesmo a vontade é bateeeeeeeeeer, mas isso só iria machucar minha delicada mão, além de ampliar o mal estar entre as pessoas envolvidas. Logo, pra não me submeter a tal conflito mesquinho, eu escolho o bom e velho "dá-uma-de-doida". Se a vida da pessoa não presta, e tudo a sua volta tá um verdadeiro caos, eu lhe dou um seguinte conselho: "Vire-se para ela, mas não demonstre interesse e diga: estou ocupada tentando fazem o melhor com minhas 24 horas excepcionais, se você não pode fazer o mesmo por favor não me atrapalhe. Obrigada". Sorria singelamente e volte para sua vida maravilhosa, que pode nem ser tão maravilhosa assim, mas fala sério, ficar reclamando não melhora em nada né interrogação exclamção e ponto final
Por Laryssa Galdino
em
"Ninguém Merece o Teu Blá-Blá-Blá"

sábado, 8 de novembro de 2008

Eu Desisto...

De tentar escrever pra ganhar dinheiro, vou levar esse blog como esporte e talvez com sorte eu faça algum mínimo sucesso, mas de toda a glória que poderia eu alcançar, não queria nenhuma se eu não o tiver pra compartilhar. Se eu não tiver amor, se eu não tiver verdadeiros amigos, se eu não tiver silêncio e muuuito barulho também.
Sim, porque a vida é feita de absurdos, de coisas que muitas vezes perdemos o controle, que fogem aos planos. Eu não gostaria de me desculpar se nem sempre eu sigo as regras ou os passos metódicos de alguma coisa que eu explicitei, quando ainda a idéia era imatura em minha mente, quando ainda eu não havia percebido que você a levaria a sério, como tudo mais que eu faço: você considera e (talvez) sempre espera que eu realize ao invés de voltar atrás fazendo o reverso do que eu tivera proposto.
Eu te confesso até, que hoje tá sendo muito horrível. E é estranho porque a dois dias atrás eu tive um dia perfeito, "você me lembra um futuro que eu nem pensava em ter". O que estou provando aqui ou simplesmente desabafando angustiada é que a vida é cheia de coisas que não duram, todo dia a gente contempla, infelizmente, histórias de amor sem finais felizes, bobagens pra mim (incompreensão pra você) que fazem com que toda aquela magia escoe pelo ralo. Mas eu queria fazer diferente, queria que nada nos atingisse... mas quanto mais eu tento é como se eu nunca fosse conseguir. A sensação de que você sempre vai achar uma cor que eu esqueci de pintar, mas POXA VIDA! Fazer diferente é tão difícil. Vai ter sempre falhas, desentendimentos, palavras que a gente diz e o outro não entende. Cumplicidade fragilizada por coisas aparentemente tão pequenas.
O teu silêncio parte o meu coração, faz com que eu me sinta ainda mais inútil e me faz cogitar o que há uma hora pensei que fosse improvável... Eu não sei, mas tem uma coisa na minha mente que me maltrata, o pensamento de que você não está feliz.
Eu tenho poderes 'espacias', posso fazer coisas inacreditáveis e sinceramente fico abalada SE isso e tudo mais que sou, e você até já definiu como EXTRAORDINÁRIO, não for o bastante ou pelo menos o suficiente para tê-lo junto a mim.
Mas eu ainda assim o amo, porque acho que amor permanece apesar de conhecer as falhas. E que fique bem claro que hoje eu só desisti de ganhar dinheiro com o blog.

Poema da reconciliação


ELA diz:
TT
me desculpe por fazer as coisas errado,
por ser tãão desajeitada e por mudar os planos de cinco em cinco minutos
mas a única coisa que não mudou até hj eh que eu sou caidinha por vc,
e que eh muito HORRIVEL ficar longe e 'meio assim' com vc...
ELE diz:
esquece
esquece
nao me importo
eu amo voce como vc é


Por Laryssa Galdino (Absolutamente Feliz)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Linha imaginária.

Hoje, olhando alguns blogs (é, não existe apenas o meu) percebi como o mundo é imenso, e me perguntei se realmente o conseguiria escrever. Nesse momento eu também escuto um tal blog TV do Charlie (que encontrei por acaso no YouTube), pelo que entendi, alguém tenta mostrar a ele, através de vários recortes de jornais, as coisas ruins que acontecem no mundo. (http://www.youtube.com/watch?v=zx0scEsBGfM&feature=channel)
Às vezes eu odeio assistir ou ler sobre notícias ruins, não que eu seja ingênua a ponto de crê que o mundo é cor-de-rosa e cheio de coisas bonitas, sim ele também pode ser assim em alguns momentos, no entanto o mundo também é cheio de coisas desagradáveis. Mas posso decidir sobre o que escrever, certo?
É, as pessoas não aguentam mais notícias desmotivantes, e pessoas nos "metendo medo" o tempo todo. Sabe o garoto do vídeo? Ele recebeu alguns recortes com notícias ruins, ele recebeu também um bloco de folhas e duas canetas (uma azul e outra preta) e apenas com isso ele pode escrever algumas novas notícias pro mundo.
Não me considero muito "videogênica" mas acho que com as palavras me dou bem, e por isso tento através delas escrever algo que apesar de não fazer muito sentido, ao menos traga um pouco de alegria, ou quem sabe um consolo aos que leem.
O mundo pode até parecer um péssimo lugar, cheio de pessoas más, sem consciência ambiental e egoístas. Mas eu prefiro crê, que nele há também muito gente de respeito, que merece ligar a TV vez ou outra, e ouvir alguma notícia boa.
A gente não devia sentir medo algum de viver, de conhecer o mundo a volta, afinal de contas... essas linhas do mapa são imaginárias, posso ultrapassá-las se quiser. Se eu acreditar que é possível... muito poderei fazer, não é incrível?!
A vida pode ser como a gente sonhou, ou não passar de um plano. Cabe a nós escrever "the news" de vez enquando. E escolher o que queremos ver.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Anônimato

Não, anonimato não é alguém que nasceu no mato (risos). Todos os dias em qualquer lugar do mundo é bem possível que se encontre alguém se escondendo. Talvez porque não se sinta bonita, ou por falta de dinheiro pra comprar aqueles vestidos fofos que parecem um balão - e estão na moda, mas que não combinam com seu corpo (droga!). Certamente outras tantas se sentem inferiores por não terem a boca (e o corpo todo) da Angelina Joulie, sim ela é linda! Algumas ou ALGUNS, porque homem também sofre, se esconde do mundo porque não encontrou seu lugar nele, AINDA. Exatamente. Porque tão certa como na lua não tem um Dragão nem um homem valente chamado São Jorge, VOCÊ TEM SEU LUGAR NO MUNDO, nem que seja seu banheiro 2 por 1 com azulejos e vermelejos ultrapassados, mas é seu verdade?! (risos)
Quando eu não tinha meu lugar no mundo, um quarto só pra mim, era no banheiro que minha vida se desenrolava. Lá dentro eu ria, gritava com as injustiças, chorava pelos amores não correspondidos e conversava horas com o espelho, sonhando sentada no bojo com uma vida melhor... pois é... mais ainda hoje me sinto um pouco perdida, às vezes eu acho que nasci no planeta errado, já imaginei que qualquer dia alguma senhora arrependida ia bater em minha porta e explicar que minha vida tivera sido uma mentira até agora, que ela era minha verdadeira mãe e que estava muito arrependida por ter me deixado no hospital.
É, mas nem et's vieram me resgatar, nem minha "verdadeira-mãe" apareceu, então conclui eu mesma que devia encontrar meu lugar por aqui, ou ao menos um refúgio. Desde então, eu vivo como tantos outros no anonimato dessas cronicas e caras de palhaço, me escondo e me guardo em histórias e personagens que vez ou outra me retratam. Esquecida? Não sei, acho que o anonimato me protege, mas eu amo quem sou e digo o mesmo a você (SE AME). Tudo bem que você rejeite os convites pra pousar nua - que valem salientar de que fazem seu telefone mais parecer um ramal pra casa presidencial. Mas não se abandone, não se esconda por vergonha... não se vire à vida, não se prive de sorrir, de gargalhar se for preciso e se não for também, não seja conveniente às vezes, seja louca se quiser, seja boba se assim o sentir vontade de ser.
Provavelmente você já ouviu dizer que a vida é só uma e temos de aproveitá-la, mas não é SÓ POR ISSO, só pelo fato de que talvez essa seja a única vida que iremos ter, que devemos sair por ai fazendo o que der na telha, certo?!
Bem, não cabe a mim dizer o que fazer ou não fazer, apenas me cabe o breve espaço de escrever nesse blog o que me pensa a cabeça. E ela pensa que não podemos nos limitar a essa vida só, que não é porque ela é passageira que vamos passar também. Fazer aquilo que nos faz bem deve ser uma filosofia, um modo de vida até, a vida durando muitos anos ou poucos dias, viver vai além de contar quanto tempo ainda nos resta.
Nota a todos anônimos e anônimas, e aos que se identificam também... obrigada pelos comentários, e por favor me mandem e-mail com sugestões, NADA DE CRÍTICAS, se você não gosta do blog é só não o ler... afinal de contas esse blog é para as pessoas anônimas ou não que se identificam ou o admiram "o mundo a escrever", la.linhabolsas@gmail.com ou lalagt@hotmail.com são meus endereços eletrónicos além do espaço para "comentários" aqui mesmo no blog. Obrigada mais uma vez, espero que deem uma passadinha, SEMPRE, por aqui.




Laryssa Galdino

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Faça o Que Te Deixa Feliz!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O passado passou mesmo?

Quem nunca sentiu um ciúme terrível quando uma ex reaparece na vida dele, mesmo que ela não faça absolutamente nada... confesse: você sente uma profunda vontade de separar ela a tapas dele (risos). Não só quando elas resolvem ressurgir... outras coisas de nosso passado vez ou outra resolvem dá uma passadinha por aqui para dá um olá.
E então, a gente faz o que? Bate na pobrezinha da ex que num teve capacidade pra estar com ele até hoje, ou banca a madura e inabalável e finge que eles simplesmente nunca estiveram juntos? Bem, se pensarmos assim, então você certamente já foi incapaz de manter um relacionamento também, porque provavelmente quase todo mundo já foi o/a ex de alguém.
Ex-melhor-amiga-inseparável, ex-rolo, ex-amor-pra-vida-inteira...ex-alguma-coisa. Fato é que é muito fácil xingar os outros (incluindo as POBRES ex's), atribuir a culpa de seus infortúnios às pessoas ao seu redor e etc. Melhor mesmo pensar que a danada não estar com ele hoje porque não era pra ser. Porque vocês tinham de ficar juntos, e por estarem um com o outro agora...não há porque se importar com o que passou. Certo?!
Mas me parece que quanto mais tentamos aproveitar o passado retirando dele apenas alguma experiência que seja proveitosa, ele sempre reaparece para tentar nos enfraquecer, fazer a gente relembrar um erro, fruto de imaturade, e coisas afins. E agora já tenho absoluta certeza de que nem sempre o passado, na real passou.
Pense na quantidade de mágoas que você guarda, nas coisas que você se arrependeu por não fazer e nas que são melhores não serem comentadas, porque te enchem de vergonha. Mas se serve de consolo... todos têm um passado, por mais sem graça ou cheio de erros que tenha sido. Quem alega não ter do que reclamar, e que o que passou valeu a pena, e todo aquele blá blá blá de pessoa-bem-resolvida... das duas uma: ou realmente é muito foda e fez cada minuto de sua vida valer a pena, ou é muito covarde e não tem peito o bastante pra admitir que como todo principiante na vida: cometeu algumas besteiras e porque não... algumas barbáries.
Esse papo de que ninguém é perfeito, ajuda muito na hora de se recuperar de uma mancada, mas melhor que se apegar à frases feitas de auto-ajuda é acreditar que nada na vida acontece por acaso. E que de alguma forma, como diz Vitor Freire (e não o Charles Chaplin): "é como olhar para trás e vislumbrar como todos os passos não dados foram fundamentais para essa trajetória." Logo, cada mancada e cada acerto te trouxeram até aqui.
E a vida vai continuar, com seu passado resolvido ou não. E com um futuro inteiro pela frente. Eu sei que a maioria das pessoas mandam a gente esquecer o que passou, como se a gente fosse algum tipo de máquina com a habilidade de deletar o que nos fez sofrer. Mas eu digo que não devemos ignorar o que passou, e sim aprender a conviver com ele... com o passado. Aprender que por mais péssimo ou menos ruim que o tenha sido, você sobreviveu, e tem muito a fazer-aprender e viver. Por isso, nada melhor que não cometer os mesmos erros e acreditar sempre que tudo pode ser diferente, porque as pessoas não são iguais, e só porque alguma coisa não deu certo com um terço da população-economicamente-ativa-do-mundo... não significa dizer que vai dá errado com você também, afinal de contas, você não é como eles... que ignora completamente o passado.

Laryssa Galdino
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Faça o Que Te Faz Feliz!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

3

Não é questão de dias
Não é o tempo que se demora
ou passa ligeiro, veloz.
Três meses são importantes,
tanto quanto os três segundos da despedida
da dor desmedida da saudade
O tempo ao teu lado
(ao lado de qualquer pessoa que amamos)
Merece ser celebrado
não pela extensão
mas pelo bom (e pelo o quanto é bom), pela quantidade de gemidos
e de gritos e de sorrisos
e de abraços, (e dos não dados)
das mordidas, dos beijos, das carícias
e daquela hora em que nos perdemos
É por isso que hoje celebro
não pela quantidade de dias,
mas por serem tão maravilhosos por estarem contigo
(Hugo Marques)

Laryssa Galdino

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A sua maneira

Ele não era o tipo de cara que ficava sozinho nas festas ou em qualquer lugar que fosse. Alguns dizem que é um "mel" que passaram nele quando nasceu. Ele mesmo costuma se gabar dizendo que toda mulher que o conhece por ele se apaixona. O interessante desse metido a cafajeste, é que suas "ex's" não guardam o mínimo rancor. Incrivelmente ele consegue se tornar amigo de todas elas.
Talvez ele seja mesmo um bom amigo, vai saber. Mas acho que apesar de o "conto-de-fadas" ao seu lado durar pouco tempo é absolutamente inesquecível para as garotas que se rendem aos seus braços.
Uma mistura de cômico, cínico e sedutor. Fato é que as mulheres gostam mesmo dele. E daí que foram usadas e dispensadas? Elas não dão a mínima, se tornam eternamente gratas por simplesmente passarem por sua inconfudível vida.
Acredite, ele não é o mais bonito dentre os mortais. Em minha curta observação percebi que certamente o que faz com que tantas mulheres fiquem elouquecidas por ele, se deve a maneira especial que ele trata cada uma. Mesmo que todas tenham a mesma certeza de que aquele beijo e coisa e tal não passará de uma ou algumas noites, o que elas sentem é tão único que supera o fato do pouco-tempo.
Apesar de por muitos meses eu ter uma imagem "degradante" dele, hoje penso que ele é só um cara que quer aproveitar a vida, e apesar de não se prender a nenhuma mulher, sabe tratá-las com respeito, verdade e carinho. Mesmo que para você pareça uma falta dele, do respeito... "nowdays" eu defendo e acredito que ele não é uma canalha, afinal, nunca soube de um caso de alguém ter ficado realmente chateada com ele por ter ouvido um sutil NÃO (seu) a palavra compromisso.
A verdade é que a sua maneira ele soube conquistar o coração de muitas pessoas do sexo feminino, e dizem que algumas do sexo masculino também (eu não duvido)- risos. Mas brincadeiras a parte, a todas que pensaram ter encontrado o homem de sua vida, a sua tampa de panela, o seu chinelo velho ou qualquer nome que se dê a cara-metade... trago o consolo que de fato ganharam um amigo, e apenas isso, pelo menos até enquanto ele achar que não que não é hora de se "prender" a nenhuma das ilegais-mulheres ou mulheres-legais que tenham passado por ele.

Laryssa Galdino
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Macaco sem galho.

domingo, 12 de outubro de 2008

Tudo é Possível.

Eu gosto dessa palavra: POSSIBILIDADE. Acredito que as possibilidades estão por toda parte, e que nós podemos encontrá-las se quisermos. Eu não sei exatamente (outra palavra que gosto: EXATAMENTE) o que será de meu futuro, o que irá acontecer. Mas não me angustio ao pensar nele. Até porque também acredito na força de nosso pensamento, sei que meu futuro será consequência de minhas atitudes HOJE (e da de outras pessoas também, mas mais de nossas)... logo, devo me preocupar com o que estou fazendo. E deixar que a vida aconteça como uma reação em cadeia.

Reação em cadeia parece nome de filme de horror. E falando em filmes, de um tempo pra cá tenho mudado muito meu gosto cinematográfico. Antes eu não resistia a um filme de amor, sabia todas as histórias decoradinhas. Hoje eu tou mais pra filmes de tiro. (risos) Aqueles em que a ação é o mais importante que as palavras. E isso me lembra o conceito de romantismo que formulei com o tempo.

Primeiro vou falar sobre o que acho que não é ser romântico. Se você se acha o último romântico porque chora, manda flores para mulher amada, liga de cinco em cinco minutos perguntando como ela está, faz de tudo (até coisas que não gosta) para vê-la sorrir, a leva a lugares caros e a enche de presentes... huuun, para mim... você não é romântico! Mas também não acho errado fazer essas coisas, exceto o "fazer coisas que não gosta para agradar o outro" e ai está o primeiro requisito para ser romântico segundo meu conceito: Respeitar as diferenças. Ser original e fazer as coisas que os deixam felizes.

Em prosa mais resumida. Um verdadeiro romântico é aquele que fala com um olhar, com o toque, com o cheiro. Não é necessário muitas palavras, mas ele também não é 100% ação, EQUILÍBRIO é uma característica desse tipo de pessoa. Saber arrancar sorrisos sem fazer muito esforço, consolar em meio a tempestade, tornar cada momento único mesmo que seja relativamente simples, telefonar de vez em quando, mas justamente quando você menos espera. É, ser SURPREENDENTE é outra aptidão que não pode faltar ao romântico da vez. Entre tantos elementos que compõem meu romântico o mais importante mesmo é que ele não seja arrogante, nem individualista, nem TOTALMENTE insensível.

Mas que seja ele mesmo, e que assim me conquiste sendo sincero.
Eu não tenho um exemplo de romântico, na verdade, esse texto foi/é uma descrição de alguém que é muito importante pra mim: Hugo Marques, que dentre mil coisas que o é e representa, me ensinou que ser romântico é algo que foge ao superficial dos filmes de amor.

Laryssa Galdino
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Meu Romântico

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O tê-rê-rê Dos Brincos

Mas que zuadinha é essa em meu ouvido. Eu penso que alguém quer chamar minha atenção. Fechei janelas de descompassadas conversas. Ontem ela pensou até em desistir do sonho de uma grande canção de amor. Olhou pro céu e viu os aviões caindo, lá da Índia poderia parecer até discos voadores ou qualquer brilho bonito. Mas essas pontinhas cintilantes meu senhor, é a marca de uma guerra. Disputa de muitos anos entre a ganância e o ... os homens e as mulheres o querem desesperadamente.
O poder lhes dá dinheiro, o bastante pra comprar necessidades inventadas. Brincos que fazem um balangandã quando passam, são de cristais pérolas raras por si só. São vestidos mal passados que não vestem: mostram quem tem mais PODER.
Eu não odeio o poder, também não espero das pessoas atitudes mais justas, apenas menos arrogantes. Afinal, tem muita gente que consegue o que quer com garra e literalmente "correndo-atrás", então não vejo problema de se conseguir um certo prestígio com isso. Mas só porque você tem poder, seja ele de qual tipo for, não significa que você deve tratar mal às pessoas ao seu der redor... até porque dinheiro pode acabar, e quando se está pobre, tudo que nos resta são os amigos, os verdadeiros obviamente.
Mas eu defendo que todo mundo, qualquer um que seja, deve desejar qualquer coisa e fazer desse desejo o combustível para continuar acordado e fazendo coisas que às vezes nem se gosta tanto, mas que se justificam pelo esforço em alcançar o que se DESEJA.
Então, o poder não é necessariamente ruim. Ser o pobre-coitadinho não é sinonimo de ser uma pessoa legal. Ser humilde não é andar com farrapos e falar baixinho. Tem tantos conceitos que precisam ser mudados, mas não porque eu simplesmente ache que devam, é porque eu fico pensando e acho curioso, em como a gente esquece de questionar muitas vezes e apenas aceita os erros genéricos que vêm acontecendo desde o tempo que vovó era chamada de gatinha.
Exemplo: quem foi que disse que azul ou roxo é a cor da moda? e quem precisa se vestir com calças tão baixas que mostram a calcinha? (a moda não deve ser um guia de nossa personalidade). Eu procuro usar as roupas que me fazem bem, que despertam os olhares de quem amo. Se estão na moda também - legal por que vou encontrá-las por toda cidade. Mas se não, paciência, não posso deixar que o Paraíba Fashion Week me diga como vou me vestir e me comportar. Afinal, a tendência que eu aconselho a seguir é a própria tendência do seu humor.

Laryssa Galdino
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Eventuais Crônicas -Faça o que te deixa feliz!

Barulho de Um Riacho

Hoje está tudo mais calmo. Enquanto voltava pra casa, ela vio gotas de chuva no parabrisa do carro. Pensou em como foi bom ter trazido o casaco. Com o tempo a gente se acostuma a prever se vai chover ou não, essa coisa que chamam de experiência não é mesmo? Eu não sei quanto de experiência se ganha por dia, acho também que varia muito pra cada pessoa.
Ela apenas pensa sozinha em suas próprias histórias, acaba por perceber que tudo o que pensou às vezes não passa de bobagem, principalmente aos fatos ligados ao amor. Da vida não se sabe o que vai acontecer. Seu caminho está sempre prestes a mudar e tudo acontece rápido demais.
Seu coração, angustiado. Porque os bancários tinham de entrar de greve justo na semana de eu receber meu salário?
Que não é muito, mas o necessário, ela diria que a conta exata. A equação perfeita que dá igual a contas pagas. Isso de dever é tão ruim não é verdade? Bem vindo ao mundo dos adultos, pensa assim. Sorri querendo chorar, mas se desesperar para quê? Acaba-se que por fim tudo termina num acordo, nome limpo na praça e vontade de consumir pra cair no ciclo vicioso que é comprar e dever.
Não se trata de descontrole. É só uma questão mesmo boba de confiar-se nos planos infalíveis, mas na vida tudo muda tanto e principalmente o dinheiro, muda demais. A gente traça todo o orçamento, ai ele muda. Não vem esse mês, é como acontece. E a gente precisa continuar.
Tem dias que ela gosta de imaginar o barulhos de águas tranquilas de um riacho. Isso lhe acalma, ajuda a refrescar o pensamento e a dá forças pra continuar. A água lhe é boa para tudo e tudo com seu soar, como o da chuva agora, a faz bem. Muito bem, bem demais.
Me faz crê que as águas que vêm, me trazem alguma coisa boa, algo que me alegrará.

Laryssa Galdino

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Adeus Humanos

O que devemos escrever quando estamos "puta da vida" ? Poeminhas? Lamentações? ou apenas chutar o pau da barraca e dizer tudo que nos tem deixado assim, prestes a gritar bem alto "aaaaaaaaaaah"? Hoje eu estou puta da vida, acho que nunca quis tanto chamar um palavrão. Sabe por quê? Palavrões soam ferozes, como se fosse um bicho dentro de nós que falasse, e não nossa capa de humano. Quando a gente chama um palavrão, até acalma a alma, alivia o espírito.
Não que ela seja mesmo uma vaca, nem que o num-sei-quem seja um imbecil. É só que o simples fato de xingar alguém ou o mundo, o faz parecer insignificante e porque não... incapaz de nos atingir.
Geralmente eu não xingo, eu desprezo, ignoro, finjo que nem estou vendo-ouvindo. Mas tem dias que não dá mesmo para continuar contendo aquele palavrão na garganta. Tem dias e HORAS que só ele é perfeito pra expressar toda sua (minha) raiva.
Então chega seu sangue ferve nas veias e não é de tesão, é de raiva... muita raiva. Raiva por não ser compreendida, por não entender a miserável questão, por não poder fazer uma coisa diferente, por aquela garota insuportável que não pára de falar durante a aula inteira. Raiva, ira, "droga-de-vida", tem horas que tudo se mistura com uma dose forte de conhaque, e aí o cérebro esquenta e não se consegue ser racional.
Eu nem sei se realmente estou com raiva, na verdade eu detesto quando alguém ler um texto meu e fica tentando interpretar o que eu estou sentindo ou de quem estou falando, por favor não-façam-isso! Considere que quem vos escreve é o Eu-Lírico de mim, e não EU propriamente. Escrever é para mim um ato de libertação.
Deixo correr pelo papel meus sonhos, meus desejos, deixo-vos minha ira, e a paz e tudo mais que muitas vezes não é típico de mim, mas se passa em minha mente. Não, eu não quero matar ninguém, mas confesse se não seria fabuloso poder dá um tiro no pecado e ver o gozo chorando um pranto inesgotável ao lado de seu corpo gélido e sem vida. Seria.
Mate. Xingue. Roube. Não precisa ser de verdade, feche os olhos e liberte aqueles pensamentos que nem mesmo você sabia que existiam, não faz mal nenhum pensar e escrever o que se pensou.
Colocar pra fora aquele momento crucial em que se sentiu vontade em dizer "vá-pra-puta-que-o-pariu", pobre mãe, muitas vezes não tem nem culpa de ter um filho assim e ainda é ela quem é xingada. Porque não dizemos "vá-pra-mãe-de-família-que-o-pariu, desgraçado". Seria mais justo, provavelmente.
Então um beijo a todas as putas que são mulheres boazinhas xingadas sem merecer. Um dane-se a quem tentar me subornar. Hoje eu não quero palavras doces, nem demostrações de nada. Perderam-se o sentido na verdade. Não quero olhar pra detalhes, nem vou colocar perfume nos papéis de carta. Hoje não se terá casa arrumada. O dia está péssimo para se sorrir ou termos qualquer atitude boa para com o próximo, hoje serei egoísta. Não vou sair daqui, da-minha-cama-quente. Me dói o coração pensar há pessoas que morrem de fome, que estão ao-deus-dará por aí. Hoje eu não quero ser medíocre, não vou me levantar, desse dia eu não quero existir. Hoje não poderão me acusar de desperdício, de birra e de grosserias. Hoje eu não estarei entre vós, e amanhã também não. Pensando bem, estou tirando umas férias das tolíces dos homens e dos amores burros dessa Terra, vou pra um reino distante chamado "aqui-não-se-existe-finais-felizes" vulgo, realidade. Adeus humanos.
Laryssa Galdino
em
Eventuais Crônicas.

sábado, 27 de setembro de 2008

Pre-gui-ça...

Lila abriu a janela hoje, vio os carros passando realmente velozes na rua, domingo de manhã a rua não é muito movimentada, então uns pervertidos com os carros cheios de adesivos do tipo "MORAL", ou "GOSTOSÃO" passam pra lá e pra cá na rua que fica bem abaixo da janela do quarto dela. "Odeio esses garotos" - é tudo que ela consegue pensar enquanto meio sonolenta caminha em direção à pia do banheiro para lavar seu rosto. Ela adora a combinação de água e sua pele, realmente algo que a faz esquecer todos os seus problemas juvenis.
Ontem ela tirou zero em outra prova de matemática, não entende porque essas coisas acontecem, ela até estudou dessa vez, mas realmente sua vocação não se liga aos números. Para compensar o péssimo desempenho em cálculo, ela recebeu uma boa notícia: seus poemas foram aceitos por uma badala revista, brevemente a THE FASHION GIRLS publicará em coluna especial os textos de Lila Mosh.
Claro, não é nenhuma revista de porte realmente cultural, é mais uma daquelas porcarias que dizem como as garotas devem se vestir e como conquistar um gatinho na balada, "Não é nenhuma grande estréia na academia de Letras, mas pelo menos é um começo" - pensou positiva. Ela sempre era assim: otimista. As coisas podiam está prestes a emplodir e se findarem numa verdadeira desgraça, mas ainda acreditava que algo de bom aconteceria no meio do caos.
Lila odeia outra coisa além de ser acorda com o "vruuum" dos carburadores daqueles carros patéticos, odeia se sentir inútil. Ela olhou pra cima da mesinha ao lado da cama, e vio umas coisas pra estudar, ela sabe que vai ter prova, mas ela está com alguma coisa impregnada em sua coluna esse fim de semana, e o nome dessa coisa a-estimulante é PREGUIÇA.
Alguém aí sabe como se faz pra mandar a preguiça dá o fora? (...) Lila Mosh e Laryssa Galdino não sabem. Então, acho melhor eu ir estudar para não ter o mesmo desempenho que ela nas provas da semana que vem.

Laryssa Galdino
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(Crônicas com Personagens)

domingo, 21 de setembro de 2008

A escolha é toda NOSSA.

Seu corpo estava lá, seus olhos até tentavam prestar atenção em toda programação planejada pelo pastor e os outros membros orgulhosos com a reforma do templo, mas seu pensamento voava em algum reino distante. Lembrou-se de como a vida era simples em sua concepção, e em porque ela amara tanto a Deus.

Quando criança ela gostava de ir para igreja porque lá encontrava várias amiguinhas de mesma idade, pessoas com quem ela poderia conversar sobre coisas de comuns às crianças e brincar debaixo dos bancos que pareciam tão grandes , mas agora são de tamanho normal.

Hoje ela ainda vai porque gosta, mas não mais para brincar. Até por que hoje ela está bem grandinha, e dia a pós dia ela descobre que a teoria é diferente da prática, que apenas analisando os dois se pode tomar uma boa decisão.
Não A boa decisão esperada por todos, mas uma que lhe sirva, que a faça se sentir um ser humano feliz e melhor. Não melhor que os outros, mas melhor para si mesma.
Uma coisa que lhe chateia profundamente, é essa mania que alguns crentes têm de querer converter a todo mundo, ela não acha que as coisas são bem assim, afinal o próprio Jesus que disse "vinde a mim" logo, venha quem quiser certo?
Aparentemente simples não é mesmo, como a sua visão de quase tudo. Não gostara muito de complicar as coisas, na verdade, para ela tudo cabia num breve espaço de uma explicação e o melhor consolo era um abraço e o melhor carinho aquele que fosse sincero!
Então, que importa a visão de mundo de cada um, se na real mesmo o que define a maioria dos itens relacionados vida são nossas próprias escolhas, espero apenas que escolhamos certo, mas como sendo o que ACHAMOS certo. E esse ACHAR pode ser ainda melhor se respeitarmos aquilo em que acreditamos.



Laryssa Galdino

domingo, 14 de setembro de 2008

O que fazer do Futuro?

Eu sempre defendi a idéia de que temos todas as escolhas necessárias em nossas mãos. Tudo que seremos e queremos e faremos, depende dessas escolhas que apenas NÓS podemos optar. É lógico que às vezes as coisas não saem como o planejado, mas até nesses momentos de incerteza e confusão temos uma escolha em nossa frente: o desespero ou o retomar do controle. O problema quase sempre não é as escolhas que temos, mas as escolhas que não sabemos fazer. Àquelas que colocam em "cheque" nossos planos, as pessoas que amamos e até as pessoas que nem conhecemos. Essas escolhas que mexem com a nossa vida, podendo melhorá-la ou definitivamente torná-la um caos, são as que mais me perturbam.
Eu decidi alguns aspectos de minha vida, mas sabe, está tudo diferente agora, como se uma decisão boba tivesse virado de pernas pro ar minhas certezas, me ensinando que qualquer decisão, por menor que seja não é menos importante. E que deve ser tomada com o mesmo cuidado e atenção de todas as outras consideradas grandes-decisões.
Sabe, são questões tão elementares, dúvidas comumentes abordadas... coisas sobre as quais eu pensei que não iria mais me preocupar. Como o que vou ser? (Não, eu não serei a mulherzinha do tempo só porque estou cursando meteorologia. E também não serei escritora, porque não escrevo tão bem assim, e não serei poeta por que não choro de amor, choro de raiva, às vezes e quando necessário).
O tempo me tornou insensível, um pouco. Me surpreendo o quanto sou fria e inerte em certos momentos. Sou na verdade uma coisa rara, uma mistura de sensíbilidade com a mais dura pedra. Apesar de ser difícil de penetrar meu coração, é super fácil de magoá-lo e entristecê-lo. Alguns preferem dizer que levo tudo a sério, acho que é verdade. Não consigo pensar em outra frase que defina minhas variações de humor. Mas não acho isso ruim, pelo contrário... se eu levo tudo a sério talvez seja porque eu mereça ser levada a sério também. E se a maioria das pessoas vivem brincando, isso faz de mim parte de uma minoria que na maior parte do tempo está vivendo-sério.
Detesto frases incompletas, coisas que não fazem muito sentido se não forem continuadas, detesto os gráficos pela metade e com saltos no comportamento. Não gosto de indiretas também, de traços que formam olhos com indignação por uma coisa que eu não entendo o porquê. Eu não me acho culpada de certos casos, não acho que eu esteja errada por preferi um caminho diferente da maioria.
Talvez eu não tenha formatura, eu queria ter, mas ainda é cedo demais para pensar nisso, é cedo pra pensar em tanta coisa e ainda assim eu sinto como se o tempo estivesse passando por mim numa velocidade assustadora e que se eu não fizer alguma coisa o quanto antes... eu perderei todas as oportunidades e provavelmente ficaria sem nada pra fazer. (drama)
Porque quando estamos de TPM, as mulheres ficam se questionando sobre tudo e se tudo vale a pena? É uma coisa que eu também detesto,"Acho que é só porque o medo fica aflorado em nossas mentes, qualquer coisinha pode se tornar uma grande coisa e daí vem os questionamentos que parecem não ter fim". Geralmente são questionamentos que não duram mais que uma semana, mas ao persistirem os sintomas... procure um prédio e olhe a cidade lá de cima, respire um pouco e tente relaxar porque o stress pode te matar.

"A gente morre uns dias depois do nosso enterro"

Algorítmo de um diálogo
1 - Aproxime-se com gentileza da pessoa
2 - Comprimente-a usando um bom dia/ boa tarde/ boa noite, ou um simples olá
3 - Sorria
4 - Pergunte o que você realmente gostaria de saber
5 - Agradeça.

(Adoraria se todas as pessoas do mundo agissem basicamente assim). Na verdade, acho que o futuro só existirá se a gente for civilizado o bastante, se considerarmos que os outros têm sentimentos e que por isso devem ser tratados com um pouco mais de consideração e afim.


"Se a solidão vier, tente se apaixonar... porque (você) tem de ser alguém que se vale a pena amar." - Danni Carlos
Laryssa Galdino

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Uma viagem ao Sudeste.

São Paulo foi maravilhoso, mas não poderia eu deixar de falar sobre uma cidade que realmente marcou minha vida, uma família também por assim dizer. São José dos Campos e a família tem como mãe a senhora Sílvia... eu nunca esquecerei o carinho de todos, a beleza do lugar. São José dos Campos "inté" parece uma cidade de fina, de clima frio porém bastante agradável. Enquanto eu passeava de uma rua a outra, olhava tudo pela janela do carro, pensei em como é bom viajar e em como existe gente legal no mundo. Quero morar em São José dos Campos, foi a convicção que tive ao voltar para a casa da Sílvia.
O alojamento do Ginásio Ibirapuera, fora o lugar para onde retornávamos após dias inéditos com longas caminhadas, que quase sempre contiam a avenida Paulista, que é simplesmente surpreendente. Um café na padaria, uma longa subida íngreme, uma reta e finalmente chegávamos ao centro de convenções Frei Caneca, que diga-se de passagem era conhecido pelos nativos da região como Gay Caneca, mas prefiro não comentar isso, afinal não quero que meu blog seja processado. [risos]
São Paulo é uma cidade mesmo incrível, ao contrário do que me pintarão, eu não fiquei com medo dos enormes prédios e o ar por sorte não estava tão preto-poluído. Acho que me acostumei com aquele lugar, principalmente pela sensação de que O TEMPO NÃO PASSA EM SÃO PAULO. O congresso também fora maravilhoso, conheci muitas pessoas interessantes e aprendi muito como aspirante a meteorologista e como pessoa Laryssa.
Conheci um motorista de táxi legal, um safado e um enrolão... andar de táxi em São Paulo pode ser um pouco duído no bolso ou aos ouvidos =/ já que alguns conversam tanta bobagem. Andar de metrô é mais legal, as pessoas não têm tempo para se observarem, não percebem umas às outras suas caras e bocas, é divertido e estranho, olhar como existe tanta gente diferente em um mesmo lugar.
Tenho um arrependimento: Não ter ido ao cinema de São Paulo, é... eu não fui, mas tudo bem porque planejo voltar por lá em breve... e escrever mais sobre lá também... afinal, foram muitos lugares e muitas coisas novas para escrever. Cheguei a conclusão de que é muito bom respirar novos ares e conhecer novas pessoas, vi tantas coisas legais que foi como dá um choque em meu cérebro, novas cores, outras mil palavras... sotaques, jeitos, lugares. Sinto como se meu mundo criativo tivesse sido completamente renovado, continuando com a mesma essência obviamente, mas cheio de novas histórias e estórias que espero pouco a pouco contar às pessoas ou meramente eternizar em alguns textos pelo blog.




Laryssa Galdino

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Quanto custa, moço?

Existiu em algum lugar do planeta, uma garota acostumada a se preocupar com o preço das coisas, com o tempo que o filme devera durar, com as combinações de rosa de sua roupa. Houve um tempo também, que ela deixou de dizer certas coisas por não acreditar mais na sinceridade de seus sentimentos, falou pra si mesma, que deixaria o tempo, ou um novo amor, ou a própria vida curar seu coração aflito.
O tempo não passou muito, que importa quanto tempo passou na verdade! Ela conheceu alguém que a fez querer andar pelos vales outra vez, respirar o céu estrelado do Brasil e sentir coisas que a fizessem perder a noção de hora e espaço.
Um dia, ela percebera que não se pode prender-se ao preço das coisas, às regras que não foram feitas por ela. Apenas que cada valor deve ser dito por cada um. Afinal, o que é necessário pra ela podia não ser para os outros. E o seu tempo também corria diferente. Porque tinha horas que o relógio parava de circular e em outros raros momentos, não por serem poucos mas por serem raros de verdade, ela que se esquecia dele, para se prender a algo muito melhor: o que ela sente quando está envolvida pela atmosfera mágica de "seu" mundo particular, tudo de tão novo e bom.
E então entendeu que o amor não segue às regras, e hoje ela sentiu vontade de dizer : Eu Te Amo. Sem medo de ser mal interpretada, sem se preocupar se é pouco tempo para se sentir isso, sem se preocupar com nada mesmo. E sentiu seu coração bater outra vez e seus pulmões respiraram aliviados, e pensou: "é tão bom fazer o que sentimos vontade".
Seu desejo fora simples: que todos os casais do mundo sentissem o que é de puro e verdadeiro, e mais que isso, que também o expressassem, afinal... não importa se é mesmo amor, não importa que nomes usemos, vale-se apenas de que seja sincero.
O moço lhe respondeu, que não custara nada, ou que lhe poderia custar tudo, ela só precisara de coragem para enfrentar as consequências, que podiam ser trágicas, mas também que podiam ser extraordinárias. Logo, não pensou muito como de costume, e exclamou para o moço da venda :"Ande meu filho, dê-me quantos sacos possíveis de carregar, se é mesmo amor ou não, se vai dá certo ou não, NÃO IMPORTA, eu quero ter a simples certeza de que se eu não for feliz de verdade nessa vida, não será por medo de arriscar, ou por qualquer culpa minha" O moço sorriu, e encheu as suas mãos de sacos de amor, esperança, paciência, emoção, desejo, sorriso, lágrimas, sabedoria... e lhe disse que ela poderia traçar o caminho o qual desejasse com aqueles ingredientes, com aqueles sentimentos.
Agora não nos cabe esperar nada, muito menos achar que as coisas não darão certo. Nos cabe tão somente continuar vivendo tudo que temos pra viver.
Ela sorriu timidamente, saiu da venda do homenzinho com um ar de satisfeita, afinal ela entendeu que a vida é feita de escolhas, e que amanhã será resultado daquilo que escolhemos hoje.
Laryssa Galdino

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Esquece o tempo

Se um dia ficaremos velhos
e perderemos a vontade de certos gestos
PARE agora de pensar e só me beije
(afinal as horas passam rápido)
eu não quero acordar um dia e pensar:
"Que as horas que passei contigo eu deixei de te dá... os meus melhores beijos"
Laryssa Galdino
(Esse com certeza é dedicado a você
que tem feito de cada segundo uma eterna lembrança: Hugo Marques)

domingo, 17 de agosto de 2008

Os filmes acabam.

Mulheres, somos tão tolas na maioria das vezes. Em uma conversa com uma de minhas amigas nesta madrugada, eu percebi que não sou a única que projetara as histórias mais perfeitas dos filmes para minha vida amorosa.
Mas sabe o que acontece quando fazemos isso? Uma grande incompatibilidade de tempo. Porque um filme dura umas duas horas, e a vida? Bem, ele pode durar isso, todavia pra se chegar na fase em que se busca um par, leva alguns muitos anos, logo, eu não poderia querer um final do tipo 'feliz para sempre', se a vida continua, ele não acaba junto com história, meu momento mágico ao teu lado não se desfalece junto com o 'THE END', meus sonhos não evaporam tal qual os créditos cinematográficos.
Depois, eu analisei também, que é muita falta de criatividade,comodismo até... querer repetir exatamente o que se vê nos filmes, porque não criar uma história particular? um roteiro com seu cenário próprio? Afinal, aquilo que é único é de fato tão mais preferível e significativo.
É claro que, como romântica de carteirinha, certas delicadezes são inspiradas naquelas cenas indiscutivelmente maravilhosas do cinema. Como quando o Jack e a Rose se arriscam no Titanic, ou quando o cara banca o verdadeiro Dom Juan, ou quando ele te olha como o Russel Crowe (o Ben Wade de Os indomáveis) Mas é só isso?
Quero dizer... você vai se contentar em plagiar um beijo? uma fala? um olhar? Quando pode ser tão melhor criar seus próprios sussuros, seus jeitos, e confiar que ele vai escolher realmente uma ótima trilha sonora e te deixar sem respirar com o toque nos ombros. Não pelo toque, mas em como ele é dado. Pelo sorriso sutil que se desenha em sua face, enquanto me deixa muda.
Na vida real a gente pode permitir que a cena do beijo ideal dure por mil horas, e pode não se ver por um dia, pra aumentar a saudade dando assim um sabor especial ao reencontro.
Ah, a vida real é tão boa, eu sempre amei a realidade. Mesmo que seja dura de vez em quando, mesmo que seja insuportável até. E que oscile entre o perfeito e o desastroso. A realidade te deixa livre para que SUA história de amor dure o quanto quiser, o que é bem melhor a qualquer filme fantástico e algum, dos muitos, final feliz flutuante.
Eu prefiro as histórias que se desconhecem o fim, as surpresas não entendidas pelo resto do mundo, os momentos que trocamos em surdina o que sentimos. Prefiro isso a qualquer fim ensaiado, a qualquer jura de amor decorada. Prefiro o acaso, o 'acontecer naturalmente'. A qualquer outra coisa que julguem como perfeito.
Por isso, liberte-se do passado. Dos pensamentos de dominação, do achar que nunca mais vai encontrar alguém realmente especial que te faça sentir um friozinho na barriga. Deixe para trás tudo que te machucou, esqueça seus ex's, seus pecados... comece tudo outra vez. Rasgue os scripts antigos e recomece a filmar SEU filme, faça dele algo exclusivo e indubitavelmente alucinante. Faça algo novo e inesquecível.

Laryssa Galdino

sábado, 16 de agosto de 2008

O conviver

Algumas pessoas acreditam que a parte mais difícil de um relacionamento é o conviver. Porque quando a gente passa um tempo a mais com alguém, percebe aquilo que não se notaria de outra forma, se não: convivendo.
Mas não tem sido algo difícil pra mim, na verdade, eu gosto de cada coisa que descubro sobre ele, gosto de como ele me irrita, e quando exige minha atenção, e quando me faz paparicá-lo para isso ou aquilo. De cada detalhe que o pertence, e cada gesto singular (seu). Gosto de tudo que eu vejo, de tudo que eu sinto, de tudo que eu escuto, de tudo que assistimos e de tudo que fazemos.
Eu sei que outros tantos diriam que tudo no começo é muito bom, mas eu não considero que estamos no começo, ou no segundo ato, ou em qualquer outra posição que se dividam os relacionamentos. Na minha concepção, estamos apenas vivendo, e fazendo as coisas que gostamos.
Quando a gente se beijou a primeira vez, eu senti que tinha encontrado algo realmente único e especial, senti que a vida continuou naturalmente dia após dia, e que nesses dias que já se passaram e somam todos quase um mês, ele foi conquistando um pouco mais de tudo em mim.
Conviver com ele, observá-lo, ser irritada por cada absurdo que ele comete de propósito pra me tirar do sério... é fascinante, ou como gostamos de definir: é extraordinário.
Não pelo fato de ser como é, ou nos lugares que estamos... apenas por ser com ele. Apenas por ser com nós dois juntos, é por isso que é tão bom.
Não tenho medo de descobrir seus defeitos, não tenho medo de mostrar os meus... o futuro é uma visão de calmaria, uma coisa que de fato não me preocupa. O presente, é uma obra dos deuses, uma aventura de RPG que só você poderia narrar. Algo a ser apenas vivido sem pressa, sem estágios. Sem definições que limitem o quanto tempo pode durar a nossa felicidade.
Quando estou contigo, o mundo não se torna apenas um ouvinte, mas também o terreno de nossos sonhos, as moradas e os destinos de nossos planos.
Laryssa Galdino