domingo, 17 de agosto de 2008

Os filmes acabam.

Mulheres, somos tão tolas na maioria das vezes. Em uma conversa com uma de minhas amigas nesta madrugada, eu percebi que não sou a única que projetara as histórias mais perfeitas dos filmes para minha vida amorosa.
Mas sabe o que acontece quando fazemos isso? Uma grande incompatibilidade de tempo. Porque um filme dura umas duas horas, e a vida? Bem, ele pode durar isso, todavia pra se chegar na fase em que se busca um par, leva alguns muitos anos, logo, eu não poderia querer um final do tipo 'feliz para sempre', se a vida continua, ele não acaba junto com história, meu momento mágico ao teu lado não se desfalece junto com o 'THE END', meus sonhos não evaporam tal qual os créditos cinematográficos.
Depois, eu analisei também, que é muita falta de criatividade,comodismo até... querer repetir exatamente o que se vê nos filmes, porque não criar uma história particular? um roteiro com seu cenário próprio? Afinal, aquilo que é único é de fato tão mais preferível e significativo.
É claro que, como romântica de carteirinha, certas delicadezes são inspiradas naquelas cenas indiscutivelmente maravilhosas do cinema. Como quando o Jack e a Rose se arriscam no Titanic, ou quando o cara banca o verdadeiro Dom Juan, ou quando ele te olha como o Russel Crowe (o Ben Wade de Os indomáveis) Mas é só isso?
Quero dizer... você vai se contentar em plagiar um beijo? uma fala? um olhar? Quando pode ser tão melhor criar seus próprios sussuros, seus jeitos, e confiar que ele vai escolher realmente uma ótima trilha sonora e te deixar sem respirar com o toque nos ombros. Não pelo toque, mas em como ele é dado. Pelo sorriso sutil que se desenha em sua face, enquanto me deixa muda.
Na vida real a gente pode permitir que a cena do beijo ideal dure por mil horas, e pode não se ver por um dia, pra aumentar a saudade dando assim um sabor especial ao reencontro.
Ah, a vida real é tão boa, eu sempre amei a realidade. Mesmo que seja dura de vez em quando, mesmo que seja insuportável até. E que oscile entre o perfeito e o desastroso. A realidade te deixa livre para que SUA história de amor dure o quanto quiser, o que é bem melhor a qualquer filme fantástico e algum, dos muitos, final feliz flutuante.
Eu prefiro as histórias que se desconhecem o fim, as surpresas não entendidas pelo resto do mundo, os momentos que trocamos em surdina o que sentimos. Prefiro isso a qualquer fim ensaiado, a qualquer jura de amor decorada. Prefiro o acaso, o 'acontecer naturalmente'. A qualquer outra coisa que julguem como perfeito.
Por isso, liberte-se do passado. Dos pensamentos de dominação, do achar que nunca mais vai encontrar alguém realmente especial que te faça sentir um friozinho na barriga. Deixe para trás tudo que te machucou, esqueça seus ex's, seus pecados... comece tudo outra vez. Rasgue os scripts antigos e recomece a filmar SEU filme, faça dele algo exclusivo e indubitavelmente alucinante. Faça algo novo e inesquecível.

Laryssa Galdino

Um comentário:

Anônimo disse...

Laryssoca, abra o marketing para a sua Literatura ganhar o muuuundo @_@~~


Gostei demais, guria!
:D


Powerful!!! *-*
Mostre e divulgue sua arte!
x))