Hoje está tudo mais calmo. Enquanto voltava pra casa, ela vio gotas de chuva no parabrisa do carro. Pensou em como foi bom ter trazido o casaco. Com o tempo a gente se acostuma a prever se vai chover ou não, essa coisa que chamam de experiência não é mesmo? Eu não sei quanto de experiência se ganha por dia, acho também que varia muito pra cada pessoa.
Ela apenas pensa sozinha em suas próprias histórias, acaba por perceber que tudo o que pensou às vezes não passa de bobagem, principalmente aos fatos ligados ao amor. Da vida não se sabe o que vai acontecer. Seu caminho está sempre prestes a mudar e tudo acontece rápido demais.
Seu coração, angustiado. Porque os bancários tinham de entrar de greve justo na semana de eu receber meu salário?
Que não é muito, mas o necessário, ela diria que a conta exata. A equação perfeita que dá igual a contas pagas. Isso de dever é tão ruim não é verdade? Bem vindo ao mundo dos adultos, pensa assim. Sorri querendo chorar, mas se desesperar para quê? Acaba-se que por fim tudo termina num acordo, nome limpo na praça e vontade de consumir pra cair no ciclo vicioso que é comprar e dever.
Não se trata de descontrole. É só uma questão mesmo boba de confiar-se nos planos infalíveis, mas na vida tudo muda tanto e principalmente o dinheiro, muda demais. A gente traça todo o orçamento, ai ele muda. Não vem esse mês, é como acontece. E a gente precisa continuar.
Tem dias que ela gosta de imaginar o barulhos de águas tranquilas de um riacho. Isso lhe acalma, ajuda a refrescar o pensamento e a dá forças pra continuar. A água lhe é boa para tudo e tudo com seu soar, como o da chuva agora, a faz bem. Muito bem, bem demais.
Me faz crê que as águas que vêm, me trazem alguma coisa boa, algo que me alegrará.
Laryssa Galdino
Nenhum comentário:
Postar um comentário