sábado, 27 de setembro de 2008

Pre-gui-ça...

Lila abriu a janela hoje, vio os carros passando realmente velozes na rua, domingo de manhã a rua não é muito movimentada, então uns pervertidos com os carros cheios de adesivos do tipo "MORAL", ou "GOSTOSÃO" passam pra lá e pra cá na rua que fica bem abaixo da janela do quarto dela. "Odeio esses garotos" - é tudo que ela consegue pensar enquanto meio sonolenta caminha em direção à pia do banheiro para lavar seu rosto. Ela adora a combinação de água e sua pele, realmente algo que a faz esquecer todos os seus problemas juvenis.
Ontem ela tirou zero em outra prova de matemática, não entende porque essas coisas acontecem, ela até estudou dessa vez, mas realmente sua vocação não se liga aos números. Para compensar o péssimo desempenho em cálculo, ela recebeu uma boa notícia: seus poemas foram aceitos por uma badala revista, brevemente a THE FASHION GIRLS publicará em coluna especial os textos de Lila Mosh.
Claro, não é nenhuma revista de porte realmente cultural, é mais uma daquelas porcarias que dizem como as garotas devem se vestir e como conquistar um gatinho na balada, "Não é nenhuma grande estréia na academia de Letras, mas pelo menos é um começo" - pensou positiva. Ela sempre era assim: otimista. As coisas podiam está prestes a emplodir e se findarem numa verdadeira desgraça, mas ainda acreditava que algo de bom aconteceria no meio do caos.
Lila odeia outra coisa além de ser acorda com o "vruuum" dos carburadores daqueles carros patéticos, odeia se sentir inútil. Ela olhou pra cima da mesinha ao lado da cama, e vio umas coisas pra estudar, ela sabe que vai ter prova, mas ela está com alguma coisa impregnada em sua coluna esse fim de semana, e o nome dessa coisa a-estimulante é PREGUIÇA.
Alguém aí sabe como se faz pra mandar a preguiça dá o fora? (...) Lila Mosh e Laryssa Galdino não sabem. Então, acho melhor eu ir estudar para não ter o mesmo desempenho que ela nas provas da semana que vem.

Laryssa Galdino
em
(Crônicas com Personagens)

domingo, 21 de setembro de 2008

A escolha é toda NOSSA.

Seu corpo estava lá, seus olhos até tentavam prestar atenção em toda programação planejada pelo pastor e os outros membros orgulhosos com a reforma do templo, mas seu pensamento voava em algum reino distante. Lembrou-se de como a vida era simples em sua concepção, e em porque ela amara tanto a Deus.

Quando criança ela gostava de ir para igreja porque lá encontrava várias amiguinhas de mesma idade, pessoas com quem ela poderia conversar sobre coisas de comuns às crianças e brincar debaixo dos bancos que pareciam tão grandes , mas agora são de tamanho normal.

Hoje ela ainda vai porque gosta, mas não mais para brincar. Até por que hoje ela está bem grandinha, e dia a pós dia ela descobre que a teoria é diferente da prática, que apenas analisando os dois se pode tomar uma boa decisão.
Não A boa decisão esperada por todos, mas uma que lhe sirva, que a faça se sentir um ser humano feliz e melhor. Não melhor que os outros, mas melhor para si mesma.
Uma coisa que lhe chateia profundamente, é essa mania que alguns crentes têm de querer converter a todo mundo, ela não acha que as coisas são bem assim, afinal o próprio Jesus que disse "vinde a mim" logo, venha quem quiser certo?
Aparentemente simples não é mesmo, como a sua visão de quase tudo. Não gostara muito de complicar as coisas, na verdade, para ela tudo cabia num breve espaço de uma explicação e o melhor consolo era um abraço e o melhor carinho aquele que fosse sincero!
Então, que importa a visão de mundo de cada um, se na real mesmo o que define a maioria dos itens relacionados vida são nossas próprias escolhas, espero apenas que escolhamos certo, mas como sendo o que ACHAMOS certo. E esse ACHAR pode ser ainda melhor se respeitarmos aquilo em que acreditamos.



Laryssa Galdino

domingo, 14 de setembro de 2008

O que fazer do Futuro?

Eu sempre defendi a idéia de que temos todas as escolhas necessárias em nossas mãos. Tudo que seremos e queremos e faremos, depende dessas escolhas que apenas NÓS podemos optar. É lógico que às vezes as coisas não saem como o planejado, mas até nesses momentos de incerteza e confusão temos uma escolha em nossa frente: o desespero ou o retomar do controle. O problema quase sempre não é as escolhas que temos, mas as escolhas que não sabemos fazer. Àquelas que colocam em "cheque" nossos planos, as pessoas que amamos e até as pessoas que nem conhecemos. Essas escolhas que mexem com a nossa vida, podendo melhorá-la ou definitivamente torná-la um caos, são as que mais me perturbam.
Eu decidi alguns aspectos de minha vida, mas sabe, está tudo diferente agora, como se uma decisão boba tivesse virado de pernas pro ar minhas certezas, me ensinando que qualquer decisão, por menor que seja não é menos importante. E que deve ser tomada com o mesmo cuidado e atenção de todas as outras consideradas grandes-decisões.
Sabe, são questões tão elementares, dúvidas comumentes abordadas... coisas sobre as quais eu pensei que não iria mais me preocupar. Como o que vou ser? (Não, eu não serei a mulherzinha do tempo só porque estou cursando meteorologia. E também não serei escritora, porque não escrevo tão bem assim, e não serei poeta por que não choro de amor, choro de raiva, às vezes e quando necessário).
O tempo me tornou insensível, um pouco. Me surpreendo o quanto sou fria e inerte em certos momentos. Sou na verdade uma coisa rara, uma mistura de sensíbilidade com a mais dura pedra. Apesar de ser difícil de penetrar meu coração, é super fácil de magoá-lo e entristecê-lo. Alguns preferem dizer que levo tudo a sério, acho que é verdade. Não consigo pensar em outra frase que defina minhas variações de humor. Mas não acho isso ruim, pelo contrário... se eu levo tudo a sério talvez seja porque eu mereça ser levada a sério também. E se a maioria das pessoas vivem brincando, isso faz de mim parte de uma minoria que na maior parte do tempo está vivendo-sério.
Detesto frases incompletas, coisas que não fazem muito sentido se não forem continuadas, detesto os gráficos pela metade e com saltos no comportamento. Não gosto de indiretas também, de traços que formam olhos com indignação por uma coisa que eu não entendo o porquê. Eu não me acho culpada de certos casos, não acho que eu esteja errada por preferi um caminho diferente da maioria.
Talvez eu não tenha formatura, eu queria ter, mas ainda é cedo demais para pensar nisso, é cedo pra pensar em tanta coisa e ainda assim eu sinto como se o tempo estivesse passando por mim numa velocidade assustadora e que se eu não fizer alguma coisa o quanto antes... eu perderei todas as oportunidades e provavelmente ficaria sem nada pra fazer. (drama)
Porque quando estamos de TPM, as mulheres ficam se questionando sobre tudo e se tudo vale a pena? É uma coisa que eu também detesto,"Acho que é só porque o medo fica aflorado em nossas mentes, qualquer coisinha pode se tornar uma grande coisa e daí vem os questionamentos que parecem não ter fim". Geralmente são questionamentos que não duram mais que uma semana, mas ao persistirem os sintomas... procure um prédio e olhe a cidade lá de cima, respire um pouco e tente relaxar porque o stress pode te matar.

"A gente morre uns dias depois do nosso enterro"

Algorítmo de um diálogo
1 - Aproxime-se com gentileza da pessoa
2 - Comprimente-a usando um bom dia/ boa tarde/ boa noite, ou um simples olá
3 - Sorria
4 - Pergunte o que você realmente gostaria de saber
5 - Agradeça.

(Adoraria se todas as pessoas do mundo agissem basicamente assim). Na verdade, acho que o futuro só existirá se a gente for civilizado o bastante, se considerarmos que os outros têm sentimentos e que por isso devem ser tratados com um pouco mais de consideração e afim.


"Se a solidão vier, tente se apaixonar... porque (você) tem de ser alguém que se vale a pena amar." - Danni Carlos
Laryssa Galdino

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Uma viagem ao Sudeste.

São Paulo foi maravilhoso, mas não poderia eu deixar de falar sobre uma cidade que realmente marcou minha vida, uma família também por assim dizer. São José dos Campos e a família tem como mãe a senhora Sílvia... eu nunca esquecerei o carinho de todos, a beleza do lugar. São José dos Campos "inté" parece uma cidade de fina, de clima frio porém bastante agradável. Enquanto eu passeava de uma rua a outra, olhava tudo pela janela do carro, pensei em como é bom viajar e em como existe gente legal no mundo. Quero morar em São José dos Campos, foi a convicção que tive ao voltar para a casa da Sílvia.
O alojamento do Ginásio Ibirapuera, fora o lugar para onde retornávamos após dias inéditos com longas caminhadas, que quase sempre contiam a avenida Paulista, que é simplesmente surpreendente. Um café na padaria, uma longa subida íngreme, uma reta e finalmente chegávamos ao centro de convenções Frei Caneca, que diga-se de passagem era conhecido pelos nativos da região como Gay Caneca, mas prefiro não comentar isso, afinal não quero que meu blog seja processado. [risos]
São Paulo é uma cidade mesmo incrível, ao contrário do que me pintarão, eu não fiquei com medo dos enormes prédios e o ar por sorte não estava tão preto-poluído. Acho que me acostumei com aquele lugar, principalmente pela sensação de que O TEMPO NÃO PASSA EM SÃO PAULO. O congresso também fora maravilhoso, conheci muitas pessoas interessantes e aprendi muito como aspirante a meteorologista e como pessoa Laryssa.
Conheci um motorista de táxi legal, um safado e um enrolão... andar de táxi em São Paulo pode ser um pouco duído no bolso ou aos ouvidos =/ já que alguns conversam tanta bobagem. Andar de metrô é mais legal, as pessoas não têm tempo para se observarem, não percebem umas às outras suas caras e bocas, é divertido e estranho, olhar como existe tanta gente diferente em um mesmo lugar.
Tenho um arrependimento: Não ter ido ao cinema de São Paulo, é... eu não fui, mas tudo bem porque planejo voltar por lá em breve... e escrever mais sobre lá também... afinal, foram muitos lugares e muitas coisas novas para escrever. Cheguei a conclusão de que é muito bom respirar novos ares e conhecer novas pessoas, vi tantas coisas legais que foi como dá um choque em meu cérebro, novas cores, outras mil palavras... sotaques, jeitos, lugares. Sinto como se meu mundo criativo tivesse sido completamente renovado, continuando com a mesma essência obviamente, mas cheio de novas histórias e estórias que espero pouco a pouco contar às pessoas ou meramente eternizar em alguns textos pelo blog.




Laryssa Galdino