quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Elas também são humanas.

Ela Tentou o máximo que pode encaixar a vida em um plano linear onde após o primeiro passo as coisas se desenrolassem e ela não precisasse mais escolher. Escolheu fazer meteorologia, morar sozinha, ficar com ele! Escolheu o curso de inglês, o projeto da universidade e as crianças da igreja. Pra quem tinha pavor absoluto de escolher, ela se saiu até muito bem.
Infelizmente muitas coisas a entristeceram, e ela também entristeceu a alguém. Mas acho que quanto a segunda coisa tudo está bem agora. E ao que lhe fizeram não há muito ao que se deter, todas os atos recebem suas recompensas e certamente tanto elas quanto ela terão a suas. Receberão pelo que merecem, e não cabe a ninguém julgar o que será.
De tanta raiva ela esqueceu que era humana, como aquelas a quem a magoaram, e desejou nunca mais vê-las. O cômico ou trágico é que elas continuaram no mesmo lugar, por mais dois anos talvez, se encontrarão pelos corredores do mesmo prédio.
Não entendia como a vida pode ser assim tão cheia de surpresas, mas admitiu que é bom não viver em monotomia. E quando seu coração cheio de raiva clamou incansavelmente por quem mais confia: Deus, Ele o respondeu que pagasse ao mal com o bem. Todo seu orgulho, que é algo que às vezes só existe para nos prejudicar, foi deixado de lado e ela começou a ser como antes das entrigas. Distribuindo sorrisos e gentilezas. É claro que não aconteceu no mesmo dia, nem na mesma semana. Ela aos poucos se deu conta que se retribuísse as injúrias com mais injúrias, esse disse que me disse jamais teria fim. No que dependesse dela pelo menos, acabou. Não vou abrir mais minha boca para falar de ninguém, não me cabe tal dever, não me pertence a capacidade de julgar a ninguém, porque afinal de contas, sou tão humana quanto elas.
E é disso que nos esquecemos todos os dias, de que somos humanos e deveríamos ajudar uns aos outros, sem fazer o mal. Até quando seremos competidores? canibais de alma? falsos? mesquinhos? egoístas? Será que Deus fica feliz ao ver o que andamos fazendo com o bem mais precioso que Ele nos deu: a vida.
Eu quero fazer diferente. Cometi erros, mas não posso ser julgada pra sempre por eles, porque não me orgulho deles. Ao que depender de mim, o mundo terá menos um coração cheio de ódio. E mesmo que ainda me ocorra injustiças, vou tentar ao menos retribuí-las com silêncio que certamente diz mais que todas as palavras "bonitas" que eu possa escrever.
Aos que se preocupam com o que ela anda fazendo, eu os comunico, que não é nada que vocês também não possam realizar, ela está vivendo a sua vida sem se preocupar em tentar autoafirmação. Porque seria cada dia mais difícil e não vale a pena. Ela está apenas se preocupando com o que cabe a ela, seu próprio nariz. Porque quem vive para provar qualquer coisa aos outros esquece de viver para si mesmo, para sua autorealização. Deixem que pensem, que digam, os conceitos que tentam nos enformar podem ser encomodos, mas jamais poderão nos diminuir de alguma maneira, porque a principal caracteristica sobre ela, é que ela não deixa que suas virtudes se esgotem em esforços inúteis, suas virtudes estão em seu espírito e ainda que seu corpo morra e seus ouvidos fiquem fartos de boatos, seu espírito viverá livre, com aquEle ao que TUDO contempla minunsiosamente. E é a Ele que cabe qualquer julgamento. Não a nós, meros humanos.



Laryssa Galdino Tertuliano

"A verdade não deixa de ser verdade por que alguém está mentindo e você não muda quem é porcausa do que falam ao seu respeito,até porqueo que falam ao seu respeito está sempre mudando"