terça-feira, 19 de julho de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

semdefinição

Simplesmente continue
mesmo quando sentir vontade de parar
continue.

Laryssa

Nãocompressa.



Não devemos ter pressa em compreender as coisas. Tudo, e pode soar até um clichê bíblico agora, tem seu tempo. Seriamente pensando, após tantas canas, choros e questionamentos... não cheguei a conclusão sensata ou grande fim de enigma coracional, mas a uma tremenda paz de espírito que vale muito mais. Eu acho.
Com o tempo você passa apenas a não se importar. Deixa ele. Deixa pra lá. E começa a sentir alívio em vez de raiva, e lembrar de todos os conselhos dos amigos, dos pais... e se apega a isso, que você tem e é tão sólido e verdadeiro: as pessoas que ficam, e não as que se foram.
Sim, você se foi. E não importa porquê. Importa que foi e deixou um tremendo espaço livre pra mim agora.
Tenho espaço pra ficar acordada até de madrugada lendo alguma coisa interessante, tenho tempo de sentir medo do futuro, tempo pra me enroscar em minhas palavras e esquentar meu corpo nu. Tempo, tenho tanto tempo agora, e estou dedicando a coisas que sei que ficarão para sempre: aos amigos.
Pode parecer qualquer coisa, mas há tempos que venho praticando o desapego das críticas idiotas, as construtivas ainda avalio e levo em consideração, quem lê meu blog desde o início percebeu, talvez, o quanto deixei de falar de utopia e passei a escrever de convicção. Não me tornei amarga, me tornei mais corajosa na verdade.
Tenho coragem, principalmente, pra não camuflar o que sinto. Não é questão de ser boa ou má, é questão de não ter pressa que descubram. Não faço mais nada para que gostem de mim, e desde que tenho sido eu, sem pressa alguma de o ser, tenho sido mais feliz.
Obrigada aos amigos, que são também meus amores, meus pra sempre. Não que sejam perfeitos, mas você me provou que ter certeza de tudo e perfeição não são pra mim, eu nasci pro arrepio da incerteza, pra flexibilidade do que pode ser e pra um monte de outras coisas que vou descobrir, que vou viver na minha viagem particular, que eu faço questão de tornar coletiva, mas só com quem importa. Você, e bem de leve me dói dizer, não importa mais.

Laryssa

Vingança



Vou fazer uma sacanagem
bem maior
que ele.

Laryssa

semdefinição



-Você também fica calada quando tá com raiva.
-Não tou com raiva agora [smile]

Laryssa

sexta-feira, 15 de julho de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

sábado, 9 de julho de 2011

Coração

No meu coração só tem espaço pra veias
vasos
não sei que invenção essa de por aqui flores
visto só cabe o fluxo de sangue,
músculo
envolto em tecido adiposo
mais nada.

Laryssa

Verdade Absoluta

Não direi eu te amo
não mais
eu não sei o que significam essas palavras
eu pensava que elas tinham a ver com eternidade
mas que eterno breve não?
Eu não direi mais coisas que não sei o que significam
não direi, nem farei planos
nem vou esperar.
Esperar faz de tudo cansativo,
o bastante para não nos importar com o que alcançamos
temos o desatino
esquecemos fácil
superamos rápido
a dor, parece-me
só o prologo do prazer
de fato,
a virgem que o diga
o gozo que o romper lhe trás.
Dor e prazer sempre próximos
e só quero isso agora, sem amor.
Amor não tem nada a ver com emaranhar de corpos!
isso é momento,
vontade
querer
desejo
amor não se quer
amor acontece
e acho, a cada dia
que só pensamos que aconteceu
na verdade,
foi só ilusão,
você de mim e eu também, ou não?
Vai jurar que foi verdade agora?
pois eu certo afirmo que foi só provérbio mudado o monge
foi só jura, diferente coração
foi oração com sujeito novo
velho
que agora é de novo,
só igreja com pintura de natal.

"Não podemos dizer que o amor não aconteceu, porque ele mudou. Mas também não se pode afirmar com certeza que aconteceu, já que mudou"

Laryssa

Conjugue

Tem horas que sinto que posso respirar
uma camada fina, sutil, frágil
início de cicatrização?
Será que algum dia vou olhar pra tudo
tudo que vivemos e conseguir
não sentir nada
não me importar de verdade?
Os primeiros raios de sol
tentam me lembrar
os motivos,
os reais
que me fizeram dizer sim
e dizer chega!
A gente sempre esquece as coisas ruins
mas mesmo assim ainda penso
se não é também desses "ruins" que sinto falta agora.
Se eu soubesse o que sei hoje
tenho certeza que teria sofrido tão menos
complicamos a vida
e depois nos queixamos quando ela no devolve com mais complicações
reclamamos
nos lamentamos
e depois porque temer as sombras noturnas?
o fim?
não somos nós quem cavamos isso
com tanto afinco
com prazer em ferir nas palavras, nos gestos, no sofrimento?
Em vão procurar saída
em vão
ir, seguir, mudar
são os verbos que me são permitidos conjugar
fora disso
outros além isso, não
não me levarão a lugar nenhum
se não a mágoa
e eu só quero não sentir nada
nem mágoa
quero não sentir nada
e para tanto
preciso conjugar separação.
Eu vou, você também
não mais na mesma direção.

Laryssa

quinta-feira, 7 de julho de 2011

sentiréisso

vou escrever
pra tirar tudo de mim
e despejar no mundo
estou cansada de sentir
não quero sentir nunca mais
uma leve dor pra morrer e só
porque morrer sem sentir dor
deve-se pedir demais
no mais o amor pelos amigos
são os únicos que merecem alguma consideração
e os animais, a natureza num geral
não tem culpa da maldade humana
no mais,
só meu pai,
mesmo longe, mesmo fora
só a ele sinto que ainda quero sentir alguma coisa.

Laryssa

sentiréisso

Se eu não tivesse dito sim
se eu tivesse seguido meu coração
se eu não tivesse te conhecido
se eu conseguisse te odiar com afinco
SE
antes tua existência
era o que me fazia ter sentido
no meu desatino de cursar meteorologia
agora nem isso
agora acho que foi tudo perca de tempo!
resultado das muitas escolhas erradas que fiz.
Você, você foi a pior delas.

Laryssa

sentiréisso

Como um palhaço
que sorri por fora
e por dentro
só que inverso
nem só palhaço
nem sorrio
nem quero fazer rir
quero passar despercebido
pelo mundo
bom
mau
ruim
foda-se!
Eu não quero pensar em títulos
estou cansada até pra isso
fizeram uma ferida enorme
antes só tinha esperança
ouço alguém dizendo querer salvar o mundo
acho graça!
como se fosse possível ser bom aqui
toda vez que tentei
e acreditei nisso
me fizerem uma ferida
um rasgo maior ainda!
e agora, quando não resta mais nada...
me cobrar esperança.
Pinte o seu muro de verde
e fique olhando pra ele pra ver se as coisas melhoram.

Laryssa

sentiréisso

Toda vez que me beija a face
e me deseja boa noite
começo a chorar
sinto sua falta, pai
sinto tanto
e não consigo esconder.
Boa noite?
É quase como me desejar a inquietação de espírito noturna
e fico aqui nesses remores idiotas.
Não te queria longe
nem assim,
fostes sempre meu
e agora me sinto longe
Foi por causa de ti!
É tudo tua culpa, foi de ti também que nasci
como podes?
eu escondo os meus olhos encharcados
pra não piorar nossas despedidas
mas eu te queria
mesmo que só no quarto ao lado.
Cansei de pagar pelos erros que não não devia
e agora pago pelos meus, pelos teus, por tantos
que me dói pagar, me dói sentir
queria arrancar o que me resta de coração
substituir
por uma leve impressão
de que não existo
nunca existi.

Laryssa

sentiréisso

Posso?
Ainda que de mentira sentir de verdade.
Aprofundar-me sem medo
em um lago escuro infinito
assentar meus pensamentos em
bancos de areia
e deixar de existir por um momento.
Silenciar
Que importância tem gritar agora?
e sentir-me indignada
por TUDO
Odiar ao mundo e a ti
que outrora fostes tanto
pai
amigo
homem
professora
que mais?
Os dias não foram companheiros comigo
e por isso procuro qualquer cama que me caiba agora.

Laryssa

terça-feira, 5 de julho de 2011

Uma viagem.

A princesa Kabhī Nahīṁ precisava de um rei mais não sabia, seus pais donos do mais poderoso império de Sambhāvanā nahīṁ, Kaumārya buscavam um homem honrado capaz de guiar o coração da princesa à felicidade. Ela fora educada para diversidade, falava muitos idiomas e sabia comporta-se em situações de risco e tensão, a diplomacia a tornara esperta e inteligente, capaz de fazer monstros se converterem ao budismo e, talvez por que nunca testou, fazer o próprio Buda beijar suas coxas.
A beleza complementava a figura ideal de uma futura rainha. Diariamente ela passeava em redor do Reino de seus pais, gostava de conversar e aprender com os mais velhos, certamente o segredo de sua perspicácia. Apesar de não ser uma leitora empenhada, todas as tardes procurava Sirpha Dōsta para que ele lesse algo para ela, e assim aprendera sobre muito mais que política e polidos ensinamentos de uma dama. Aprendera da vida.
Um dia ouviu-se boatos que o reino poderia ser atacado, era um momento importante porque os pais de Kahbi também esperavam para conhecer Mūrkha, um homem decente como procuravam para ser o esposo dela. Temiam que o nobre fosse morto por seus invasores, enviaram mensageiros à Parivāra, o reino de seus pais, afim de proteger o jovem, mas ele já tivera partido antes do esperado, queria comprar alguns presentes no caminho e por isso viajara mais cedo, o que foi um alívio para os reis de Kaumārya.
- Nunca entendi porque os mensageiros fazem as mesmas viagens então curto tempo, acredito que seja porque lhes é desnecessário o glamour dos oficiais e nobres, apenas correm em um cavalo leve em posse da mensagem que lhes é necessário entregar, se eu fosse viajar um dia me passaria por mensageira. Essas foram as primeiras palavras dirigidas a Murkha por Kahbi.
Ele apenas sorriu levemente, não achava adequado lhe dirigir a palavra e por um momento achou que ela não era conservadora e portanto não era tão digna, mas em seu íntimo sentiu-se excitado, o que seria um tremendo problema, ele sabia que ela não era como as poucas outras mulheres que conhecera, ela tinha espírito indisciplinado e face inofensiva, "QUE MULHER!" suspirou em caps look no seu pensamento. Por fora fez pose de homem descente como os pais da princesa esperavam, pediu para os criados que lhe acompanhavam, entregar os presentes que havia comprado, eram artefatos antigos de Honestità, e lindas peças de tecido de Sentimentus, os presentes eram lindos e todos estavam felizes, então finalmente dirigiu a palavra a princesa.
-Trouxe isto especialmente para você, e puxou do bolso de seu casaco um relicário.
-O que tem aqui dentro.
-Espaço para se guardar uma vida.
A princesa fez menção de abrir, mas ele pediu que não, disse que estava vazio ainda, que eles deviam preencher com a vida deles, caso a senhora rainha e senhor rei de Kaumārya lhe concedesse a graça de inúmera satisfação em te-la como esposa.
O pai de Kahbi virou-se para ele e como resposta disse num tom quase desafiador: - Isso são vocês que tem de decidir, sugiro que deem uma volta pelo reino para se conhecerem melhor e não se atrasem para o banquete que preparamos em sua homenagem.
-E pulso firme, Murkha, você precisará para lidar com nossa filha.
Realmente, um reino nada convencional e toda aquela falta de protocolos sociais obrigatórios desnorteou um pouco o príncipe, que ao retornar a si estava passeando no meio de um jardim público no reino, e suave escutava a voz da princesa lhe explicando a diversidade de plantas e flores, e suas estações e como cultivara e conseguira cada espécie.
-Você gosta de flores?
-Sim, as admiro.
-Quando nos casarmos lhe darei flores todos os dias.
E a princesa interrompeu a caminhada, e posicionou-se lentamente até ficar face a face com ele e disse com a mesma voz suave, só que desta vez em um tom determinado digno de ordens reais : - Não me prometa certas coisas, se quiser as faça sem me prometê-las antes, não quero uma vida óbvia e de cumprimento de obrigações, quero a surpresa e a naturalidade dos fatos, e enquanto se virava e retomava o caminho do passeio disse baixinho: - SE nos casarmos, ainda não me conquistou.
Ele estava perplexo, realmente ela é uma flor única na face da terra, sim haveriam outras rosas, e tulipas tão belas e cheirosas, mas outra dela, tinha certeza que não. E antes o que era apenas um impulso diplomático, unir dois reinos fortes e manter o poder, tornou-se particular, ele queria conquistá-la, queria com todas as forças tê-la pra si, e tentou, sem relutância, resolvia todos os questionamentos da princesa, concertava tudo que ela não sabia como fazer, era valente, audaz, presente. Ele a estudou milimetricamente e traçou uma estratégia rumo ao seu coração, conseguiu. Um ano depois da visita, marcaram o casamento.

-Sirpha Dōsta você acha que Murkha verdadeiramente me ama?
-É possível que sim, ele demonstra.
-Às vezes acho que ele não está completamento certo disso.
-Bobagem, ele a ama, você só está insegura porque é um passo muito grande, um casamento, mas não se preocupe, vocês combinam muito bem, se ele fosse uma roupa eu até diria "lhe cai muito bem" rsrs
E riram do trocadilho, mas Kahbi ria apenas por fora, enquanto apertava o relicário contra o peito tinha aquela sensação, aquela de que o pior podia acontecer.
Naquela noite resolveu abrir o relicário, ver se cabia mesmo uma vida, estava pensativa demais no assunto e o tratou com a mesma importância de um sentença de morte. Sabia que depois de dizer sim, não poderia voltar atrás, um divórcio enfraqueceria o reino e seus pais e os pais dele batalharam muito por tudo isso. Ao abrir seus olhos rolaram de lágrimas, realmente cabia uma vida dentro do relicário, a vida dele com outra pessoa, um passado mal resolvido que agora voltara para atormentá-la. Chorou feito criança talvez, sentiu-se enganada. Mas não faria nada sem ter certeza, afinal, ela estava com ele agora e lutaria se assim valesse a pena para mantê-lo.

No outro dia como de costume, fizeram uma caminhada matinal e conversaram sobre os seus planos e aspirações, ele falava mais que ela, bem verdade. Estava obcecado por ideias de progresso, que ela apoiava, mas seu pensamento pairava longe sobre uma nuvem de passado que ameaçava despencar em uma chuva torrencial a qualquer instante.
-O que foi? Você não parece muito receptiva hoje?
-Desculpe, estou pensando em nós.
-Nossa, por um instante pensei que estava pensando na morte de alguém? tentou fazer graça mas ela não esboçou o menor sorriso.
-Eu gostaria que houvesse uma morte mesmo...
-Você sempre fala por enigmas, o tom estava tenso agora ele sabia que quando ela se preserva em silêncio tem a mente ocupada de pensamentos tenebrosos e sentia até um firo na espinha em perguntar o que era... mas não foi preciso, ela mesma começou a lhe explicar.
-Quero que faça uma viagem.
-Uma viagem? Para onde? Por que?
Ela olhou para ele como se pedisse paciência. Quero que você dê a volta ao mundo. Que conheça outras pessoas, que prove outros sabores, que viva.
-Quero fazer isso com você, sempre combinamos essa volta juntos, lembra?
-Agora é diferente, preciso que a faça sozinho.
-Precisa? O que está acontecendo?
O desespero era eminente nas palavras dele, ela porém parecia tão gélida que quase o convenceu de seu desinteresse por ele, na verdade o convenceu, ele arrumou suas malas e para a tal viagem com a sensação de havia perdido o coração da princesa. Ficou arrasado.
Antes de partir ela lhe entregou uma carta e pediu que abrisse quando estivesse terminando e prestes a retornar ou não.
-E de quanto tempo tem de ser isso?
-O que for necessário.
-E...
Ela colocou delicadamente seus dedos com cheiro de hortelã em sua boca para silenciá-lo, e... eu estarei esperando, não se preocupe e apertou o relicário contra o peito, como de costume para lembrá-lo do amor que sentiam um pelo outro, um amor que ela não tinha mais certeza...
Ele não entendia o sentido da viagem, ficou com raiva, depois com um imenso ódio, sentia-se desvalorizado e doente porque ela fizera isso com ele... o tempo passou e no ínicio apenas reclamava, reclamava, pensou em abrir a carta, mas por ser muito honrado jurou só abrir um dia quando fosse retornar. Depois de muita reflexão em lugar nenhum, resolveu seguir o conselho de sua amada e começou uma viagem instigante, primeiro conheceu outras cidades de seus estado, e até outras mulheres, depois achou que o tempo, e a viagem tinha um sentido maior e aproveitou esse sentimento para resolver suas pendências, talvez fosse essa a razão disto, ela teria dado a ele um tempo, uma oportunidade de pensar sobre o casamento e se era isso mesmo que ele também queriam. Migrou então para Atīta onde já havia ido em um outro momento de sua vida, achou que lá encontraria respostas.
E encontrou, quase nove meses depois de ter iniciado a viagem, descobriu mais que pendencias, um passado inteiro mal resolvido. Sentiu pesar naquilo, em saber que não voltaria para princesa que um dia dedicou tanto de si em conquistar, achou que seria o momento ideal de ler aquela carta que ela lhe entregou no início e o fez.

Murkha

Meu querido, dediquei mais que tempo e sentimento a você, coloquei sobre suas mãos minhas expectativas mais simples a respeito do amor. Mas, abri o relicário, vi seu passado e acho que você não está pronto para realizar o que espero. E se não o podes, não o quero. Sempre imaginei que com trinta anos de casado ou mais até, continuaria sentindo amor e vontade de fazer sexo com o meu marido, sempre manteríamos o desejo um pelo outro, mas para que isso seja possível precisamos entrar em um relacionamento totalmente livres para as possibilidades que ele possa tornar. E acho que você não está. Desculpe a frieza com que me despedi, achei necessário para você aceitar fazer essa viagem, mais que turismo pretendo que enriqueça seu caráter ainda mais e fortaleça ou desfaça completamente as nossas ilusões um do outro, não espero que volte ou que fique, simplesmente espero que faça a viagem e quanto ao rumo que ela tomar aceitarei. "Não me prometa certas coisas, se quiser as faça sem me prometê-las antes, não quero uma vida óbvia e de cumprimento de obrigações, quero a surpresa e a naturalidade dos fatos". Sei que posso perdê-lo com isso, mas prefiro a não tê-lo completamente.

Boa viagem,

Kahib

E lhe pareceu que nada mais precisava ser dito, ela o conhecia tão melhor que ele próprio? Talvez, isso não é importante agora, agora ele precisava saber os rumos dessa viagem. Ao abrir a carta, enfeitiçada pela princesa, o relicário que ele a dera de presente se desfaria e do outro lado a princesa em lágrimas sabia o que ocorrera, mas agora finalmente estava livre. Livre para nem sabe o que ainda, afinal é como se a vida tivesse começado de novo, e ela sente-se como antes de conhecê-lo, em paz consigo. Embora algo tenha o mudado, sim, ela mudou o nome do reino de seus pais para Sukha. E continua esperando por uma vida sem a obviedade dos fatos, nem a obrigação de cumprimentos de promessas, promessas que se quer precisam ser feitas. Quem fará uma viagem pelo mundo agora, é ela. Uma viagem que surgiu com o início do seu gosto pela escrita, já a sonhara antes de conhecê-lo.

Laryssa Galdino

sábado, 2 de julho de 2011

Comentário filmelístico =)


-Em um distante segundo lugar, uma Ferrari.

Ontem assisti perfume de mulher, um filme realmente inspirador! A história intercala maravilhosamente os destinos de dois personagens muito distintos e que se complementam genialmente Frank Slade (Al Pacino) e Charlie Simms
(Chris O'Donnell). Aquele vive um dilema sobre o sentido de continuar existindo e planeja uma turnê de prazeres que culminaria com seu suicídio, e este um teste de integridade.
O mais bonito do filme não são apenas a ótima interpretação dos atores, o cenário de NY que me encheu os olhos com toda sua diversidade nem o tango entre Slade e uma desconhecida - Donna. Isso é realmente interessante, mas nada se compara aos valores morais transmitidos pelo diretor ao público. Não é só mais uma história de alguém que redescobre um objetivo para viver ou de um jovem que ganha auto confiança. Quando o coronel Slade aperta a mão de Charlie e diz "filho, aqui começa a sua educação" não imaginava que ela se estenderia a mim. O que um ensina ao outro não é apenas os prazeres que o dinheiro pode comprar - uma boa viagem, um bom hotel, um bom restaurante e a companhia de uma mulher, mas o v
alor dos nossos relacionamentos. Uma pessoa sem amigos e família perde o senso de pertencer a sociedade e não se sente mais útil, mas a história questiona ainda esses mesmos relacionamentos e sociedade que julgamos essencial. Afinal, somos nós quem formamos essa sociedade preconceituosa, relativa e amoral. Somos nós que podemos torná-la mais compreensiva e inteligente.
Que tipo de pessoa você é? Porque segundo Slade existem duas: as que enfrentam as dificuldades e as que fogem. O filme talvez fale sobre fazer a coisa certa. E ela está longe de está ligada aos "princípios" que aprendemos. Vivemos em um mundo onde os mentirosos e corruptos são favorecidos diante dos humildes e ignorantes. Onde o famoso "jeitinho brasileiro" faz de nós sacanas ou sacaneados o tempo todo. Pessoas que orgulham-se em discursos honrados, mas que são podres na verdade.
Não falo apenas dos políticos, ou das pessoas famosa
s... falo de nossos vizinhos e de nós mesmos. Que tipo de pessoa eu sou?
Mas não estou aqui para levantar julgamentos ou dizer como as coisas devem ser, estou convidando-os a pensar, só isso. E pensando podemos chegar a conclusões completamente distintas, mas que funcionem para cada um perfeitamente. Porque não somos exatos, não precisamos ser colocados em uma forma, nós só precismos estar feliz com nós mesmos e fazer a coisa certa. A coisa certa que cada um sabe o que é.
Toda maioria é burra, ouvi isso uma vez e pensando a respeito.
.. concordo com uma ressalva, toda maioria , que chegou a um
a conclusão sem a reflexão no que estava sendo proposto, é burra. Você tem um cérebro e deve usá-lo sempre, só assim descobriremos nossos limites e nossas coisas certas. Só assim poderemos assim como Charlie nos mantermos íntegros e não buscar f
avorecimentos em cima do fracasso alheio. E isso vai tão além da vida profissional, isso é em tudo.

TUDO.
-Se você errar ou se atrapalhar, continue dançando!
;)

Laryssa Galdino