terça-feira, 28 de setembro de 2010

Só eu e apenas.




















Não sou uma pessoa estática,
Tenho prazer em aproveitar o novo
e conservar o que me convém.
Meus dias foram cheios de extremos
portanto, anuncio minha retirada.
Quero saborear as experiências que tive.
Vou ficar diante do espelho por um tempo...
observando o que sou capaz de fazer,
não quero uma total compreensão de mim!
Que chato seria tudo saber!
Quero tão somente deliciar-me.


Laryssa Galdino

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Na vida

Me perdi
ou me encontrei
em algum lugar entre aqui
e logo alí.

Laryssa

a lâmpada




eu queria mesmo era a lâmpada desligada
e a luzinha azul da tevê cobrindo a gente.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

As mulheres e uma reflexão sobre a vida.

Emília era uma boneca que descobriu ser também gente, pelo menos ela tinha vontade e atitude para tal! Alice viveu uma realidade de sonho onde percebeu que não faria o que as pessoas esperam, mas o que ela considerasse interessante a ser feito. Amelie sentiu prazer em coisas simples, que às vezes nos passam despercebidas. Maria destacou-se dentre as mulheres pelo seu temor a Deus e se tornou mãe de Jesus - um homem, que dentre muitas características, nos instiga a revolução de pensamento.
Existem tantas mulheres para se observar! E curiosamente descubro um pouco de mim nelas e um tantão maior de mim no mundo.
Alguém certa vez me disse, que todas as respostas estão dentro de nós. Sentimentos de inquietação, angustia e desespero envolvem as escolhas que não devemos fazer. E paz, alegria e tranquilidade, as que devemos seguir.
Isso é verdade.
Ultimamente penso no que sinto se eu fizesse isso ou aquilo e se não for bom, não faço. Escrever isso faz o fato de decidir parecer uma coisa muito fácil, que na verdade não é, eu sei que não. Toda escolha implica em perdas e ganhos, nem sempre em uma balança equilibrada. Mas é preciso escolher, decidir, seguir, virar a página... em um dado momento qualquer um desses verbos torna-se indispensável de conjugar.
No entanto, não é preciso ter medo, como diz a canção: é preciso ter garra sempre, até mesmo para adimitir que queremos algo incomum, ou que somos diferentes. Ser diferente, para mim, significa ser uma pessoa que busca ir contra a maré de opiniões pautadas no que é seguro. Não estou falando que não gosto de segurança e de ter uma leve impressão do que o amanhã me reserva, isso é bom também; mas estou falando que sempre saber ou ter sempre tudo planejado não tem a mínima graça, e é nesse ponto que pessoas diferentes se destacam, elas promovem a mudança!
E mudar é muito bom. Mudar de caminho, de concepção, de plano... afinal a vida é passageira e tudo que é passageiro não é para sempre, não é eterno, não é constante e muito menos imutável. Por isso quando algo muda, ou toma outro rumo, está apenas realizando o curso natural da vida, que em essência é isto: renovação.

Laryssa Galdino Tertuliano

Eu e eu

Perguntaram-me na roda do teatro o que eu achava de tudo, do curso principalmente, respondi que estava descobrindo muitas coisas interessantes, sobre tudo a respeito de mim mesma. Quem é Laryssa Galdino? Você por acaso tem alguma ideia? Eu penso que não.
Desde que decidi correr atrás das coisas que considero importantes, como o curso de DI e os trabalhos sociais, percebi que eu sou muito diferente do que posso ter demonstrado até agora.
Não é mais uma leve impressão, trata-se de algo concreto: eu não sigo um padrão, não sei seguir os planos, por mais perfeitos que sejam, e acabo deixando tudo pra ser feito no ultimo minuto.
Não que eu seja relapsa, coisa e tal... mas é que aprendi que quando fazemos algo com paixão, esse algo fica muito mais bem feito, e eu sou apaixonada pela sensação de "tenho pouco tempo e preciso correr" vulgo: trabalho sobre pressão. A tranquilidade excessiva me inquieta, eu gosto do furdunço! Da reviravolta.
Hoje foi um dia muito massa. Desde o primeiro raio de sol, que eu vi quando estava indo dormir, até o lavar dos pratos que acabei de fazer. Pensar, pensar e pensar. Acho que tudo que penso vai me levar por aí no mundo, tenho tantos lugares-pessoas para conhecer, que às vezes me sinto uma gotinha de gente perdida no meu espaço entre quatro paredes.
A lâmpada do meu quarto não acende mais =/ nessas horas que um homem faz muita falta =P eu até me arrisquei a tentar trocar, mas acho que o problema é na instalação e não somente com a lâmpada, em todo caso resolverei amanhã.

Ingenuidade e sorrisos andam de mãos dadas
quando ela pensa ter começado a entender a vida
descobre como é pequena diante do mundo
e como tem muito a descobrir
um mapa e vontade já enchem uma possível mala
que vontade de me jogar nessas estradas e
viajar.

Ninguém pode compreender o outro, sem conhecer-se intimamente. Não adiante ler um manual e pensar que as complicações podem todas ter solução, um dia você se depara que certas coisas são simplesmente o fim do caminho, que não, por mais que você queira, não tem uma continuação depois desse ponto, que não tem um final feliz, por mais que insistam que no final tudo dará certo, algumas vezes é simplesmente o fim, nem tudo se encaixa naquela velha coisa e tal de bem e mal, algumas coisas vão ser mais ou menos mesmo, outras vão ser tão... tão... que não haverá definição!
O mundo não é uma caixinha de surpresas, mas não deixa de ser um lugar super interessante. Ser romântico e tudo mais não exige de fato as coisas que os filmes colocaram na sua cabeça, você pode absurdamente dizer tudo sem dizer nada, e não é porque faltaram palavras, mas sim porque nem sempre há necessidade de se dizê-las.

Dançar
minha alma e mente dançam
nos embalos da'segunda matinal
meu cabelo escorre em meu rosto
deixei pra lá esse tal sorriso angelical
meus lábios mordiscam-se
chega a ser sensual
mas eu termino a noite numa pilha de pratos
porque isso é um conto de fadas da vida real.

Não sinto mais medo do que está por vim, o amanhã pertence a si mesmo e chegará com seus acontecimentos se assim o desejar fazer. A gente se preocupa demais, nosso dever é viver! Um dia de cada vez, sem medo de repetições e também sem medo da próxima. Da próxima faixa musical.

E finalmente, entende-se que o que tem de ser, é.

Laryssa Galdino Tertuliano

domingo, 19 de setembro de 2010

Flores, eu vi teu corpo.

Despretenciosa,
uma conversa que mais parecia um passar de tempo
depois o beijo,
o subir das escadas
e por fim eu inteira tua.
Flores?
Não me lembro se eram mesmo flores
sei que foi lindo,
que foi delicioso.

Laryssa

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

segredo


-chega mais
deixa eu te contar um segredo
tem gosto de abacaxi
não, na verdade tem gosto de morango
estou meio confusa,
poderia me ajudar a descobrir?

ler para saber.Lar

O melhor de acordar em Fortaleza é o calor desse lugar, mal meus olhos se abrem meu corpo emerge do colchão e me sinto viva. Em Campina tem um frio que me dá preguiça, até me paralisa, mas eu não vejo a hora de voltar. Amanhã tem aula de teatro e estou muito empolgada, acho que é uma das poucas coisas que tenho me dedicado agora: teatro.
Ontem fiz a prova de um concurso pra técnico administrativo, e antes de ontem resolvi meus problemas como gente grande, estou muito feliz comigo mesma, apesar de não saber responder: O que eu quero? Acho que é difícil responder porque quero muitas coisas, mas hoje recebi um e-mail de um colega indiano que dizia que precisamos ter objetivo, foco e determinação. Acho que tenho objetivos e determinação, preciso desenvolver o foco.
Tenho pensando em muita coisa pra escrever, pra peça no teatro, pra um livro em algum dia, etc etc. Ontem assisti a um filme: Amor a distância, recomendo para quem, assim como eu, mantêm um relacionamento a distância.
O filme foi lindo e eu chorei horrores, porque fico pensando em como essa situação é difícil. Mas sabe, eu me lembro que sempre pedi a Deus meu próprio conto de amor real, quem sabe Ele não está me dando esse de presente?! Em todo caso, viver um dia de cada vez ajuda muito o casal ficar junto, porque o futuro é uma incógnita e há 750 km de distância o futuro é muito incerto e obscuro, ficar pensando nele pode atrapalhar, mais que ajudar.
Agora que sou uma pessoa que gosta de ler, vou ler o livro: comer, rezar, amar - de Elizabeth Gilbert. Acredito que é um livro muito bom, meu maior interesse surgiu por duas coisas: o livro conta a história real de uma mulher que sempre buscou um algo mais da vida e que decidi viajar e em um dos lugares de roteiro ela vai a Índia, qualquer coincidência comigo é mera especulação =P Enfim, quem sabe ler não me ajuda a responder essa perguntinha que há mais de vinte anos me acompanha: O que você quer Laryssa?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

beijo

ele sorri e é atencioso com todos
olhos se cruzam
ele sorri
quando parece que a todos deu um pouco de si
volta-se ao que importa
aos lábios dela
que sem cautela
reservou os beijos mais despreocupados da noite.

Laryssa

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Tudo que te faz especial.

O desenho na vidraça embaçada, por causa do nosso hálito ofegante ou simplesmente porque choveu lá fora, e aqui dentro enquanto viajo além da rota habitual do ônibus eu desenho carinhas na janela do transporte prismático de milhares de rodas que me carrega de um lado pro outro e eu faço o que mais gosto além de sonhar alto: observar as pessoas.
Dentro do ônibus, condutor de um montão de histórias diferentes, vejo rostos, vejo gente! Cada qual com um pensamento trasnportado na mente, dando vazão aos que sentem, para imaginarem o que quiserem a respeito das caretas, caras e bochechas que cada passageiro faz enquanto a mente ingênua se desfaz dentro de cada corpo.
Eu, pensador-poeta, descobrindo a mim mesmo através dos outros, percebo as delícias de observar os contornos, as reações e os pequenos gestos. Vejo o mundo diante de mim, enquanto vou alí, comprar passes invisíveis, passagens que me permitem viajar ao descontrangimento. Quando não percebem que estão sendo vistas, as pessoas fazem cada coisa!
Quieta, vejo o pássaro, sigo a canção do bater de suas asas, mas rapidamente mudo o foco, vejo uma mulher com a mão levantada. - um suco de goiaba sem leite por favor, e me viro pro calçadão. Sumiu a mulher, mas apareceu um vendedor. Aqui na praça não precisa de burocracia, seu desejo é realidade se tiver bunfunfa na mão te dou a mercadoria!
Uma velhinha, depois outra... um homem andando de quatro invertido, com a barriga pra cima e mãos e pés no chão, o menino ri, pede que ele continue andando. Eu também dou risada, essa gente faz de tudo por um trocado, até andar de quatro!
Celular, relógio, pulseira, água mineral! O que você precisa a gente arruma e por um precinho super em conta, o calçadão em Campina é assim, um amontoado de gente, pouco a pouco refrescado pelo o bom vento que não se cansa de passar por ali, de um lado, parao outro. Tem a lotérica cheia de filas com pagadores e apostadores de mega sena, mas prefiro chamá-los de sonhadores fidedignos, quem sabe um dia ricos! Não comprem o carro, a casa ou o sonho por quem tanto lutaram.
Tem a moça do sorvete, a farmácia e homem que conserta de panela de pressão a alicate de unha, e se você for educado, fazem cópia de chave e amolam sua tesoura com a maior prestatividade!
Ah, o calçadão de Campina é de longe um de meus lugares favoritos daqui.

Laryssa

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Feliiiiiiiiz

Hoje no seminário o Pastor Gideoni falou sobre trabalho realizados na Índia, onde meninas a partir de 7 anos de idade eram vendidas pelos próprios pais para serem prostitutas, e tinham de fazer de 20 a 25 relações sexuais por DIA! Foram resgatadas.
Um empresário de Belo Horizonte abriu uma fábrica de tecelagem que serve de exemplo para o governo indiano, pois lá as pessoas trabalham em troca de comida e um colchonete pra dormir, e ficam cerca de 50 pessoas em quartos pequenos, sem a menos privacidade. Esse empresário no entanto além de empregar as pessoas com salários justos, contrói também casas que possibilita uma vida mais digna para o povo indiano.
Além disso, eles visitam as casas conscientizando os pais a não venderem suas filhas para prostituição, em cinco anos já foram resgatadas da prostituição cerca de 3.000 meninas.
Estou feliz com iniciativas como essas, pois as notícias que recebo da Índia sempre são envoltas em muita perseguição e morte por parte daqueles que tentam enfrentar o governo e as religiões locais em defesa dos direitos do povo indiano.
Quando recebo notícias com iniciativas tão bonitas como essa, meu coração se alegra completamente e também me motiva, pois sei que um dia estarei somando forças com esses irmãos!
Que Deus possa continuar abençoando o trabalho da MCM povos, do trabalho das crianças e tudo o mais!

A Índia é um sonho que a cada dia parece mais pertinho de acontecer.

Laryssa

ps. visitem o site www.mcmpovos.com.br

Metáfora


...é uma fada majestosa que nos ajuda a dizer tudo, sem necessariamente dizer nada. É o recurso pomposo da gramática que dá aos literários o livre arbítrio no mundo das palavras, e faz de seus amantes e súditos os mais sinceros confessores de crimes e amores, sem lhe ser preciso a vergonha de revelá-los.

Minha definição - Laryssa


Do lado de cá!



Parece que a rádio sabia que eu precisa ouvir uma canção que soasse aos meus ouvidos como uma cafuné na alma. E a canção foi esta: Do lado de cá - Chimarruts.

"e o tudo não parece funcionar
vem pra cá
...
põe o teu melhor vestido
brilha o teu sorriso
e vem pra cá"

Fico feliz como a velha história de que o tempo cura tudo seja verdade, apesar de ter me sentido mal nesse último final de semana, por querer bancar quem não sou, sinto que todo erro, ou toda experiência - como insistem em definir, serve pra gente aprender mais de si mesmo, e eu aprendo tanto sobre mim, às vezes tenho a sensação que sou infinito, e talvez minha alma o seja.
Sorrisos e alívio, foi o que senti enquanto desci a ladeira que me leva a universidade, o vento brincou com meus cabelos e o sol me trouxe uma emoção de segurança, "do lado de cá" a música não saiu da minha cabeça no decorrer do dia, e agora também escrevo ouvindo os acordes que me fizeram perceber que meu coração ainda bate e que se arriscar é importante, desde que não seja pra fazer as coisas que, definitivamente, não combinam com você.
Eu prometo: nada. Eu apenas vivo. Se eu achar que é necessário, talvez eu pule de para quedas, mas não vou mais, espero mesmo, achar que duvidar de Deus e tudo mais é a saída pra tudo. Não vou seguir a onda de quem prefere as ilhas desertas, porque eu quero mesmo está na companhia de gente, nem quero viajar na fumaça que me pinta de verde por dentro, eu gosto do verde por fora, na minha roupa e nas folhas das árvores.
Não quero, nunca mais, dormir ao som de mensageiros do vento, que só me trazem mensagens de perigo e abandono, também não quero que meu café da manhã seja o adeus sem graça com um ósculo gélido na face.
Chega das caronas extraordinárias, que não levam a um lugar com cachoeira de verdade! Quero sentir o cheiro do ar, se é que ele tem um. E voltar pra casa de madrugada, pra me deitar no meu colchão e sonhar com os lugares do mundo que ainda não conheci.


Laryssa Galdino Tertuliano