quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O medo e o tal mundo.

Tudo que ela consegue sentir é medo. Medo de todas as promessas que ela viu não se cumprir e de todas as palavras que ela ouviu e ninguém mais parece disposto a dizer. Medo de se comprometer, não ser responsável pelo que o outro vai sentir é algo tão mais confortável. Mas acredito que não tem como se viver no mundo completamente desprendido dele, cedo ou tarde as pessoas se emaranham nas linhas que se é viver e aí fodesse tudo, ou não... não sei.
Tudo que eu sinto é um aperto imeeenso no peito, uma angústia que não sei explicar, essa sensação horrível de perceber que pequenas coisas nos afetam sim, não importa o quanto você já tenha aprendido sobre elas, elas sempre te afentam. A ideia de que nada é pra sempre, a efemeridade das coisas assusta muita gente, inclusive quem julga compreender as coisas completamente. Ela estava assim, julgando-se muito sábia pra sua idade. Na verdade se auto definiu como uma jovem cuja alma tem 40 anos, e não que não fosse, mas nem mesmo os quarenta anos de sua alma lhe foram capazes de consolar diante das passagisses da vida.
Viver é inevitável, tão quanto morrer; já dizia Charles Chaplin mas numa retórica bem melhor que a minha. E é nessa incapacidade de não se fazer outra coisa se não existir que ela se pergunta o que tem feito com sua existência, e aí lágrimas correm e ela pensa "Nada demais, menina tola. Se você morresse seria um favor ao mundo, nem de longe um pesar".
Tantas coisas afetam seu pensamento, a conta estourada no banco, o cinto que ela perdeu e não sabe como, o pedido que recusou, a decisão de viver pelos seus próprios impulsos - e as coisas que lhe falaram ser pecado? E o medo do grande dia em que será julgada e lançada no fogo eterno? Essas coisas também lhe causam um certo medo, a você não?!
Muitas definições de certo e errado percorrem sua cabeça, ultimamente céu e inferno parecem só lugares do mundo que ela tem em pauta pra conhecer. Sim, o inferno também, a gente tem uma mania enorme de julgar o que não conhece. Alguém aqui já esteve lá para afirmar-me com certeza que não se é um bom lugar para ir? Enfim, e a igreja se tornou um lugar que não quero ir, não quero está. Acho perca de tempo até, mas engana-se os que me julgarem como atéia por isso, Deus e eu nunca estivemos melhores (cof cof) é à instituição que criei um certo abuso. Não gosto da ideia de um monte de gente tentando ser perfeita em um mesmo lugar. Eu prefiro cá, sim... o TAL M-U-N-D-O que comentam cheio de medos, aqui tem um monte de gente interessante pra dialogar.

Laryssa Galdino Tertuliano

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

é preciso saber viver.

eu sou uma pessoa, que nem você!

Sei, a maioria das pessoas apenas existem... e você já deve ter lido as duas frases em uma caixa de cereal ou em um papelzinho de chá, acertei?! ok, talvez não na caixa de cereal. Fato é que estão sempre tentando nos ensinar sobre a vida, como se fosse uma coisa muito fácil.
Percebi uma coisa engraçada, pra não se dizer horrível, ao meu respeito: a felicidade que sinto ao descobrir que não fui única a cometer tal erro, ou o prazer que ver alguém na pior causa em meu íntimo. Egoísmo, futilidade ou insegurança... não sei como posso denominar esse contentamento na desgraça alheia, mas eu sou assim às vezes.
Sempre tentei me esculpir atrás de coisas que nem entendia muito bem. Por medo, ou falta de topete pra me arriscar em novas definições, acomodei-me atrás de uma figura de boa moça, decidida e compenetrada. Mas eis que houve uma revolução, e a menina que estava prestes a pegar o diploma de meteorologista, joga a carreira promissora ao longe atrás de uma coisa que nem sabe se vai dá certo.
Apesar da revolução na vida acadêmica, sinto-me muito bem comigo mesma, principalmente hoje depois de conferir o gabarito do enem e ver que acertei mais de 50% nas duas provas. Desenho Industrial, aí vou eu... mas esperarei até 15 de janeiro para comemorar oficialmente.
No post do meu aniversário prometi escrever sobre algumas coisas... como, por exemplo, a banalização do cristianismo. Resolvi falar sobre isso hoje porque ultimamente tenho lidado com a surpresa das pessoas ao descobrirem que sou evangélica.
Sim, eu sou evangélica, mas não gosto do significado que essa palavra adquiriu com o tempo. Devido a má fé de muitos pastores/igrejas/seguidores, a religião passou a ser ainda pior vista, se é que isso é possível. Ser evangélico tem muito mais a ver com pertencer a uma igreja e seguir regrinhas de conduta moral, que com o seguir a Cristo de fato.
E seguir a Cristo significa amar a Deus acima de todas as coisas e amar o próximo, isso implica em como você age com as pessoas ao seu redor, penso que devo ser sincera e fazer o bem. Ok, pode parecer um blah blah muito bonitinho, mas que não condiz com a realidade, correto? Corretíssimo! e é por isso que faço cara feia ao afirmar: "-é, sou evangélica" porque sei que nem de longe as pessoas entendem o que isso significa.
Somos educados, dentro da igreja, a não lidar com os problemas, a não se contaminar com o mundo... mas me diga uma coisa, que sentido há em viver em um mundo - planeta terra, e não desvendá-lo. Acredito que Jesus sempre nos instigou ao questionamento, a pesquisa, a descobrir quem se é, e principalmente a conviver com as diferenças.
E quando nos deparamos com as situações que não fomos preparados, temos duas opções: fugir e "entregar nas mãos de Deus" ou arriscar e quase sempre quebrar a cara, porque é isso que acontece quando você enfrenta algo sem entender muito bem do que se trata - você comete erros.
Um vez queimei as caixinhas de som do meu irmão porque liguei elas direto na tomada - sem o estabilizador, depois desse dia, manual e bulas de remédio passaram a ser leitura obrigatória pra mim, não gosto de mexer com o que não sei como funciona.
Voltando ao cristianismo e em como ele vem sendo deturpado por ações de gente descompromissada com as verdadeiras propostas de Jesus Cristo, acredito que a religião, assim como a política e o futebol têm aspectos positivos e negativos, quero me deter apenas a um positivo, visto que os negativos obviamente todos conhecem e talvez até concordem.
A religião é organizada por pessoas, na verdade, o mundo está cheio de pessoas, e estas são responsáveis por mudanças que podem ser feitas, depende apenas do desejo e da atitude delas. A igreja, como instituição, tem muita força, se assim o quiser, para ajudar às pessoas.
E é nisso que acredito, na responsabilidade que tenho em fazer do mundo um lugar melhor, talvez eu não faça nenhum grande feito, ou talvez o meu sorriso ajude uma pessoa a se sentir melhor com ela mesma.
Deixemos de nos prender a conceitos ultrapassados, preguemos a tolerância, que tal?! E não se assustem quando eu disser que sou evangélica, talvez eu não seja como a maioria por aí, que não admite suas falhas e se acha uma espécie de super poderoso por ser crente, bem... eu não sou realmente esse tipo de pessoa.
Peço a Deus para que mais e mais pessoas tornem-se conscientes de seu papel na sociedade, que é o de propagar o bem, de ser sincero, de irradiar alegria... mas entenda que não é pelas obras que Deus o aceita, e sim pelo amor.
No mais, ser evangélico não o torna superior a ninguém, na verdade é como quando vc está em meio a uma grande zuada, ai sua cabeça dói e você toma um remédio... vc ainda vai continuar ouvindo a zuada, mas sua cabeça certamente pára de doer, certo? Seguir a Cristo é como tomar um remédio... vc não precisa, nem deve sair da zuada, talvez mais cedo ou mais tarde outra pessoa sinta dor de cabeça também. Entende?

Beijocas
Laryssa Galdino

terça-feira, 16 de novembro de 2010

domingo, 14 de novembro de 2010

in verso













































in verso



Com ele é tudo ao contrário
comecei a sofrer antes mesmo de amar
e se
penso que se não o tenho,
preciso chorar.

Eu bebi porque sóbria não aguentaria
vendo nos braços de outra
o homem que pra mim queria.

Eu vi seu rosto, eu não te achei feliz
mas eu prometi não te atrapalhar
e por isso não intervi.

Essa semana não foi fácil
vi seu rosto em todo lugar
lembrei de você em detalhes do dia a dia
sorri sozinha,
porque ninguém me entendia

Eu falei pra você não se preocupar
-não se preocupe, sincero
eu só quero que você seja feliz.

Ah, eu só quero me mover
quero balançar os braços
as pernas
a cabeça
será que assim eu penso menos em você?

Eu só quero dançar, qualquer música
-por favor não deixem o bar em silêncio!
tudo que eu quero é me mover
me mover
me mover...

Eu queria aquelas conversas intermináveis hoje
mas eu sei que não vai dá
eu olho pra você
sinto vontade de ir falar
mas eu sei que hoje não vai dá

Então me ocupo em qualquer coisa...
em fingir por exemplo!
fingir é horrível,
e eu fingi diversão.

E bebi, porque bêbada eu consigo fingir.
sóbria?
-sóbria eu teria chorado...
mas você falou que não gosta de ver ninguém chorando
portanto, eu não vou chorar.

Eu fico olhando pro colchão azul de ar
penso em todas as loucuras que não fizemos
penso que
eu não te deixaria com uma cara assim tão triste.
Eu te permaneceria sorrindo...

só queria saber
se depois de sofrer tudo
eu vou ter só felicidade também.

É injusto sentir a dor toda de uma vez
mas talvez a alegria me venha
em um pacote enorme, também.

Laryssa

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

sorriso.

Você só lhe ensinou que
"fazer amor" com uma pessoa
que não se gosta
só faz tudo ser ainda pior
do que ela imaginara que seria.

Você é a pior espécie de canalha
aquele que, ainda
não se definiu a extensão
do perigo que se corre
por se envolver.

Mas o corpo dela vai se recompor
e o desgosto vai virar
lembrança de uma noite
que tão cedo ela vai esquecer,
você.

Poema dedicado a todos os babacas que não valorizam as mulheres! ;)

Já dizia minha avó que homem fala qualquer coisa pra levar uma mulher pra cama. Mas acho que o pior não é isso;na verdade, ele pensar que é o máximo porque coleciona orgasmos é o que mais me preocupa. Homem que é homem não come só uma vez. Se ele não tem capacidade pra manter um relacionamento saudável, com respeito e afeto... sinceramente, qual a graça?!
É claro que tem muita mulher que tem culpa no cartório também, afinal... relacionamento é a dois, e depende do comportamento tanto de um como de outro pra dá certo. Ou pra dá errado, e às vezes até muuuito errado.
A diferença está em quando os erros são cometidos por inexperiência de quando são propositais. No primeiro caso, tudo se resolve... com o tempo e depois de algumas tapas na cara, você começa a entender como lidar com seus impulsos/vontades/etc, aprende também a valorizar as pessoas que realmente merecem sua companhia.
Já quando é proposital, a melhor coisa que você faz é mandar a mina ou o cara tomar no furico e ficar beeeeeeem longe, porque em "relacionamentos" com essas pessoas um dos envolvidos sempre sai machucado... e quem você acha que vai ser? Quem obviamente não é o/a canalha da história, ?!
Fato é que cedo ou tarde você pode se decepcionar com as pessoas - amigos, líderes, professores, amorzinhos... o segredo é que não há segredo para ser feliz em nossos relacionamentos, mas uma maneira de deixar tudo menos difícil é não depositar sobre o outro muitas expectativas, se deixe surpreender!
As pessoas são mais do que aparentemente mostram, não tenha pressa em conhecê-las afinal, tudo que vem rápido e fácil, vai embora em um piscar de olhos, e nem precisa ter mais de cinquenta anos pra entender isso. Se você quer construir laços fortes, vá com calma! E nada de forçar nada, as melhores coisas da minha vida, aconteceram quando eu fui espontânea, e as piores quando eu tentei planejar ou ser uma pessoa que eu não era.
Ser você é fundamental! Não pense que os outros são superiores, porque são bem sucedidos ou porque isso e aquilo. Minha professora de teatro, Eliane, é uma pessoa altamente competente no que faz, em quatro letras ela é foda, saca?! E um dia, enquanto ela era elogiada pelo seu abundante conhecimento e pá... ela soltou a seguinte frase com uma voz bem suave: "que nada... eu só vivi mais que vocês e por isso tive mais tempo de aprender..." Eu não esqueço dessa frase, porque pra mim ela faz muito sentindo.
Às vezes colocamos as pessoas em um pedestal e esquecemos de olhar pra tudo que elas passaram pra poder chegar ali, admirar e ter bons exemplos para seguir é maravilhoso! Mas não devemos nos subestimar, nem muito menos nos definir como inferior. Lembro de outra frase que li, que dizia: "Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa o entendimento."(@oorganica) Viver ultrapassa o entendimento, você precisa se arriscar às vezes e por causa disso cometerá alguns, ou muitos erros... mas independente de qualquer coisa... você nunca vai entender completamente tudo que viveu.
Por isso é apenas importante que se viva, afinal, já dizia o grande Guimarães Rosa que as pessoas estão inacabadas. E estar inacabado significa, exatamente, dizer que não podemos nos compreender completamente. No entanto, isso não impede que sejamos felizes e muito felizes, apesar dos erros, dos/das canalhas, dos maus momentos... etc, etc, etc.

É preciso que de tudo que se perca nessa vida, a gente nunca perca a capacidade de amar. (Laryssa)

Sempre permita que seu sorriso mude o mundo, mas não o inverso.
(@oorganica - adaptado)

Laryssa
isso não foi um texto de auto-ajuda rsrs

domingo, 7 de novembro de 2010

seis de novembro

Meu aniversário não podia ter sido melhor.
Na verdade mesmo, comecei a comemoração na sexta indo a um show de trash metal onde a banda de uns amigos tocaram (www.myspace.com/warcursed). Apesar de um começo trágico com o Allan (@troglodita) preocupado com o money pra pagar o som e do Alisson querendo que eu usasse meu "carisma" pra vender cervejas ¬¬ depois que encontrei a Marcela e a adorável irmã dela: Clara e a noite foi ficando mais divertida.
Quando eu pensei que a noite já estava ótima por eu fazer amigas já que,acredite, mulher é bixo raro em show de metal hahahaha e de trash ainda xiiii. Emira veio me fazer surpresa junto com meu amigo Jubinha :)

Mas as emoções não pararam por ai, só que vou engolir essa parte da história. Fato é que comemorei meu último dia com vinte anos e o meu primeiro dia com vinte e um no meio de uma galera legal, que eu carinhosamente chamo de galera do mal rsrs.
Uhuuu!

Cheguei em casa com dia quase nascendo #exagerandoéclaro e pensei "Eu disse pro meu pai que voltava cedo" rsrs cai na cama e só conseguia pensar em duas coisas: ENEM e ENEM. rsrs Sério, eu fiz a prova no sábado e cheguei exausta em casa, mas imagina se eu ia deixar de comemorar meu aniversário por causa de NOVENTA questões super longas e de cansar o cérebro... magiiina. Não mesmo! Coloquei meu vestidinho nuevo e fui me embora pra um culto na casa de Thássita, isso mesmo, vc não leu errado não, eu fui pra um culto! rsrs
A Jhéssica de Abadá e eu de vestido novo :P

E o culto foi massa, o pr. Valentim trouxe a nós uma reflexão sobre a banalização do cristianismo e a imprestabilidade da religião como meio de nos aproximar de Deus, isso porque Jesus é o ÚNICO caminho para tal. Não é um templo bonito, ou um conjunto de filosofias interessantes que vão proporcionar nosso relacionamento com o criador, todos esses artíficios religiosos afastam, e muito, na verdade, o homem de Deus. (prometo que farei um post sobre isso em breve)

Depois do culto a gente ainda teve pique pra ir lanchar, e foi a parte mais engraçada do dia, porque o meu pedido demorou mais que o de todo mundo pra chegar, a pizza de Emira, o suco de laranja da Jhéssica e big-ultra sandubiche do Maribond chegaram antes do meu simples cupuaçuzinho rsrs e ainda veio sem mel! Um absurdo mesmo, uma falta de respeito para comigo cliente e aniversariante kkkkkkk eu não tenho sorte de ser bem atendida no "Açaí com Mel" #falomermo


Fala sério, você acha que é mais demorado fazer um cupuaçu ou isso aê?

Mas nem a demorabarramalatendimento comprometeram a alegria da noite, depois de barriguinhas forradas a gente ainda deu uma sacada na adega, um verdadeiro bar cristão, já que a galera pega descendo depois da igreja pra lá. Mas ironias a parte, sim a adega não é mesmo um bar cristão! Eu defendo a ideia de que não existe lugares que não podemos frequentar ou não, é como tava conversando com a Jhéssica: "a gente deve ser referencial de cristão - pessoa que segue a Jesus Cristo, em qualquer lugar". E depois, a própria Bíblia defende a ideia de que todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas nos convém... e cabe a cada um decidir o que convém pra si. (também vou fazer um post sobre isso, o lugar do cristão na sociedade)

Finalmente cheguei em casa novamente com o dia amanhecendo :P #exagero fui dormir e agora eu só pensava em uma coisa: TEMA DA REDAÇÃO kkkkkkkkkkkk mas consegui dormir e fiz um ótima prova no outro dia. O que me fez sentir muuuita raiva quando os parlamentares decidiram cancelar as provas por causa da burrice do povo, em parte e por outra: DE-SOR-GA-NI-ZA-ÇÃO! ¬¬

Aaaaaaaah, eu ia esquecendo. Pra completar a perfeição que foi esse aniversário eu passei no teste de habilidade pra desenho industrial! Sério, eu chorei na hora de taaanta felicidade... quem me conhece sabe que desde os 14 anos eu não falo de outra coisa se não desse bendito curso... em 2007, quando eu tentei a primeira vez e não passei, fiquei arrazada... tanto que só agora em 2010 tive coragem de fazer de novo, o fracasso inibe minha capacidade de tentar... mas ainda bem que consegui enfrentar o medo e com a ajuda de alguns amigos como o Eldon e a Lala que me deram dicas e pá... e de todo mundo que ficou mandando energia positiva pra mim eu passei! A vocês todos, o meu muito obrigado! rsrs

É isso pessoal. Boa madrugada a todos #melhorhoradodia.

Laryssa

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

pedaços.




A minha alma está em pedaços
quando meus olhos finalmente brilham
Vem tua realidade e me apaga
eu queria uma cola, não!
na verdade... queria mesmo uma chuva
pra levar logo esses meus fragmentos
deixá-los em bueiros bem imundos
onde ninguém mais quisesse propor ajeitar.
Laryssa

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Falsos amigos.




Quando eu vejo você
hajo feito idiota!
Sinto um monte de esperança
que eu sei que tão breve
verei morta
Sinto uma coisa ruim
e por isso tenho certeza
você não me faz bem, meu bem.

domingo, 31 de outubro de 2010

[Fêmeas] #1



de tanto em tempo atrás
as mulheres lutaram por mim
diziam-se FE-MI-NIS-TAS
mas tão frágeis quanto eu
lutaram pelo direito ao sufrágio
e eu luto pelo direito a ser frágil
Não é fácil!
Vez ou outra vem uns homens
se achando donos da iniciativa
e me condenam
vez ou outra vem uns mulheres
vatiocinadas por falsa moral
e engolem seu apetite natural
para satisfazer outréns.
MULHER!
Ah, como é trágico e bom
tão melhor seria se fôssemos
Fêmeas.
As gatas não se intimidam
as humanas tem essa coisa que atrapalha o livre arbítrio:
a preocupação com o que o irmão vai pensar.

Laryssa

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

como é bom ser eu.




Hoje percebi que não preciso ficar buscando ser coisa alguma... a maioria das pessoas não vai me notar, mas isso não importa! As pessoas que eu preciso que me notem, me encontraram (ou me encontrarão) sem que eu precise fingir ser qualquer coisa e é assim que deve ser. Que graça há numa verdade fabricada?
Falar de mim não adianta, eu sempre mudo alguma coisa minuto a minuto. Mudo de roupa, de cor de cabelo, mudo até de sentimentos. É por isso que é tão difícil me acompanhar, sou uma roseira em crescimento. Mas sou uma roseira, e é importante saber que ser isso siginifca ter coisas boas e ruins.
Às vezes firo com meus espinhos... e como firo! Noutras alguém consegue captar o melhor de mim... como se em um cheiro conseguisse prender dentro dos pulmões a essência Laryssa. E essa essência é complicada de definir, no entanto, gosto de uma frase da Clarisse que mais se aproxima do que sou: "Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, Depende de quando e como você me vê passar".
É interessante como estamos de alguma forma por buscar definições para o que somos, precisamos sempre de um título importante acompanhando o nosso nome para que se valorize a nossa opinião. Doutor fulano num sei das quantas, Profissão + Nome +Sobrenome Importante, Presidente da Organizações da Nações Unidas Beltrano, etc, etc, etc. Eu sou Laryssa. E ele é João meu amigo, ou Maria minha prima... ou Juracir, meu amor.
As pessoas deviam ser definidas apenas por duas palavras um pronome possessivo + um subtantivo ou adjetivo... até porque quem não gostaria de ser chamado assim: Severino, minha inspiração... eu adoraria (rsrs).
Títulos são importantes, todo mundo tem de aproveitar as oportunidades de estudo e crescimento profissional na vida, um ser-sem-ocupação é muito monótono e eu, pelo menos, só gosto da companhia de gente que faz alguma coisa na vida. Tipo... colecionar tampinhas de garrafas de bebidas alcóolicas! O mérito não está na ocupação propriamente dita, maaas em se ocupar! :D
Eu sou Laryssa, apaixonada pela escrita, por descobrir - mesmo as coisas que já existem e pelo céu (nuvens, estrelas e astros num geral), observadora de pessoas-e-qualquer-coisa-que-me-interesse, arquiteta de sonhos, aprendiz de corte&costura, fascinada por viver e aprender qualquer-coisa-que-me-interesse. Eu amo filmes *_* e ouvir músicas que podem ser tocadas em quatro acordes (vide ):P, mas você só precisa, realmente, saber... que sou Laryssa mesmo, o resto eu escrevi pra dar um ar de pessoa-excepcional (rsrs). Enfim... eu sou tanto, e como diria mais uma vez a Clarisse (sim, eu gosto das coisas que ela escreve) - eu já ultrapassei meus limites e sou coisas que não alcanço. Ela não disse exatamente assim, mas que seja, já ouviu falar paráfrase?!

Beijocas

Laryssa

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pra ser sincero.

Estou entrando na minha primeira crise pra escrever...

Sua cina

Menina, bonita passeando na praça
pelas esquinas ela passava acanhada
é que esses cantos são de puta às altas hora da noite,
(disseram pra ela)

Ai como ela queria ser puta então!
Na sua cabecinha, aos dez anos
ser puta era poder ficar até mais tarde na rua
e poder andar por qualquer lugar...

Hoje... mudou
ser puta virou tão relativo...
que ela nem sabe direito definir,
mesmo assim, ela ainda evita as esquinas
depois das 1 e 45 da madrugada, claro.


Laryssa Tertuliano

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Seja bem vinda, mas não demais.

Sabe, hoje senti que não sou bem vinda. Não de verdade. Acredito que a amizade é um sentimento que flui naturalmente entre as pessoas, não adianta forçar nada. Infelizmente, às vezes conhecemos as pessoas em fases ruins de nossas vidas, acabamos agindo mal com elas e assim deixando uma impressão que não é das melhores... quase sempre, o resultado é óbvio, liberdade demais + pouco diálogo = coração partido.
Fato que a gente sempre tenta lutar contra os preconceitos, e não me refiro aqui a racismo ou discriminação sexual, e sim ao literal da palavra, a julgar uma pessoa por um ato, por uma infeliz ação... e aí galera, quando isso acontece, você pode ser maravilhosa o quanto for, mas fudeu!
Ah Laryssa, quanto drama! Você é uma neguinha legal, dá pra notar numa primeira conversa... é, pode até ser, mas inventa de passar de uma conversa pra você ver como é que te classificam. Fácil é o elogio mais ameno.
Eu sei que importante é não se importar com o que os outros pensam de você, porque quando isso acontece você se torna uma pessoa insegura e fraca de espírito, mas venhamos e convenhamos, a gente nunca gosta de sair cagado de uma história... ainda mais quando você sabia todo protocolo de como agir e faz tuuuuudo o contrário, mas quer saber broder? Fuck You!!!
Às vezes a gente erra mesmo... e tentar contornar a situação só aumenta o fedor da bosta... enfim, melhor é aceitar que se foi ao pote com muita sede, como diria minha avó e acabou se engasgando... sabe aquela situação horrível que a água sai pelo seu nariz e você fica se passando nos cantos? Por mais que você saiba beber água direitinho, uma vez ou outra vai acontecer de se engasgar... e aí paciência! Ou vai morrer por um acaso?
Concluo essa minha reflexão escrevendo que quanto mais penso, mas vejo que não tem o que se fazer... acho que nem tempo resolve uma primeira má impressão deixada, mesmo assim, a vida continua e novas oportunidades de se beber água surgirão, mesmo que não seja do mesmo pote...

:)

Laryssa

É só uma fase.



Quando se tem uns quatro anos e as palavras nos são conhecidas, tudo que queremos é saber a razão das coisas, e a mamãe fala que estamos na fase do "porque". Porque o céu é azul? Porque quando eu espirro fecho os olhos? Porque a gente tem unha? Pra que serve a sobrancelha? Como foi que eu nasci? E por aí vai... a gente tem uma necessidade de descobrir o mundo e talvez por isso que as perguntas são infinitas.
Depois começamos a fase de querer mostrar o quanto somos espertos, ai a gente se amostra que é uma maravilha! Mostra o que fez na escola, o novo truque de mágica que aprendeu com o tio a pirueta que praticou na bicicleta... e ai de quem não nos der atençao!
Ai, a gente cresce mais um pouquinho e começa a se achar muito grande pra certas coisas, começa a exigir a roupa que vai vestir, e já diz que vai ser dançarina ou astronauta quando crescer. Bobagem, bem no fundo ainda somos crianças assustadas sem entender patavina sobre o mundo, mas a gente já não pode chorar por que é grandinho demais para isso, só que não pode brincar até mais tarde na rua porque ainda se é muito novo... antes da adolescencia, a gente vive uma fase em que não se sabe direito se é muito pequeno ou muito grande, e quando já estamos lidando com essa bipolaridade das permissões, ora podemos, ora não... entramos na fase onde tudo muda... fisicamente principalmente, porque o psicológico não pára de mudar nunca.
Depois que os hormonios se estabilizam um pouco, vem a fase de se preocupar com o que vamos ser daqui há dez anos, é chato pensar nisso quando se tem vinte anos... imagina pensar nisso com míseros dezessete?
Pois é... mas já não é denaçarino nem astronauta que queremos ser... escolhemos algo que tem mais a ver conosco, pelo menos eu tive a sorte de ter pais que não me impuseram nenhum curso, apesar de minha mãe querer que eu fosse médica e meu pai engenheira, eles aceitaram bem a ideia de que eu quero desenho industrial.
Sim, mas falando da fase que eu esotu, essa entre vinte e vinte um anos... que fasinha menina! É uma fase meio Roberta Miranda sabe, com um monte de coisa na cabeça? Verdade, queremos descobrir o mundo, viver todas as experiencias possíveis. Perdemos noites de sonos só pra está ao lado de quem reconhecemos como nossos irmãos... escrevemos poemas, contos histórias impossíveis. Vivemos amores, assistimos filmes, pulamos refeições, lemos, pensamos, questionamos... queremos uma revolução! Aos vinte anos, vivemos uma fase... que eu chamaria de decisiva... é mais ou menos com essa idade que você sente um desejo profundo de se jogar no mundo e absorver tudo quanto puder carregar com as mãos, bolsos e a ponta do nariz. Daqui há dez anos, tudo vai depender do que eu começar fazendo hoje... é por isso que é uma fase tão importante.
De todas as pessoas com mais de trinta anos que andei conversando, o conselho que mais ouvi foi o seguinte: "aproveite essa fase"... e é o que eu estou fazendo.

Beijocas

Laryssa, vulgo lala :)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Pipa - RN




Em umas dessas conversas numa mesa de bar, onde qualquer coisa é engraçada depois de umas cervejas ou qualquer ideia se admite, proporam a mim uma viagem: ir pra João Pessoa ver o sol nascer. Eu que estava de carro e doida por uma aventura se quer evitei... abastecemos o carro e fomos rumo às infinitas possibilidades.
Foi exatamente assim que o feriado começou pra mim na ultima sexta-feira.



No sábado pela manhã... depois de devolver o carro inteiro pra os meu pais, arrumei uma mochila e tomei rumo para PIPA, um lugar que vai ficar pra sempre na minha memória. Depois de uma viagem cheia de paradas pra descobrirmos o caminho correto chegamos ao refúgio das fadas, uma pousada liiiiiinda com um dono encantador, seu Ricardo tem uns quarenta anos ou mais, fala mansa e com uma aparência de homem muito íntegro nos chamou logo para uma roda de conversa onde nos aconselhou: curta a juventude de vocês, não liguem pra o que eles dizem... curtam bastante.


Apesar de não entender muito bem quem são o eles da conversa, tomei pra mim aquele conselho de curtir minha juventude... e principalmente de me curtir. Foi o que fiz.
Depois de um bom cochilo pra recompor as forças fui pra praia do amor onde vi o nascer do sol, vendo toda aquela natureza acordando diante de mim, agradeci a Deus por existi e pedi a Ele muita saude mental pra viver, porque uma pessoa que não se compreende é infeliz.





Os outros dias tiveram uma rotina semelhante... exceto pelo dia que quase morri afogada. Estávamos na praia e pensei em dá um mergulho no mar, só que as ondas estavam extremamente fortes e não conseguia sair do mar, pensei que ia morrer... quando o goinha -um amigo me ajudou a sair... ficamos os dois agradecendo a Deus por ter salvo nossas vidas, depois disso ficamos o tempo todo agradecendo e valorizando ainda mais o que temos de mais precioso que é a nossa existência.


Por está acompanhada de quatro amigos, acredito que os caras ficavam intimidados de chegar em mim, o que era motivo de risada pros meninos... mas não achei ruim não... meu objetivo em PIPA com certeza foi cumprido: descobrir mais de mim e me curtir, certamente voltarei aquele lugar pra conhecer as outras praias, pra conversar mais sobre as coisas da vida com o seu Ricardo e pra contemplar e agradecer a Deus por tudo que Ele criou.



O mar me ensinou meu limite
contra sua força eu não tenho chance
Pedi licença pra entrar nele outra vez
e suas águas brandas me acolheram
Diante do mar,
entendo meu valor, minha insignificância
se um dia eu amar,
vou entregar meu coração a ele
que tão natural me encantou
me fez sentir veneração e temor
e por isso, por isso só o mar me merece.

Lalazinha

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A liberdade da mulher.

Acredito que concordamos ao dizer que desde a revolução industrial e o surgimento dos movimentos feministas pelo mundo, a mulher não é mais a mesma, isso porque a cada dia ela vem conquistando seu espaço em diversos ramos, competindo quase de igual maneira com o homem. Eu digo de quase porque infelizmente em alguns assuntos a mulher ainda é julgada negativamente, enquanto o homem se safa fácil.
Não quero debater conceitos cristãos aqui, apenas um assunto que surgiu em uma rodinha de amigos e gostaria expor melhor minha opinião sobre a liberdade sexual da mulher.
Atualmente os tabus sobre sexo vem sendo superados eu ,por exemplo, tive um diálogo bem mais aberto sobre o tema com meus pais, do que eles tiveram com meus avós e certamente, quando eu tiver filhos, a conversa vai acontecer ainda mais direta e simples.
Mesmo com a abertura gradativa do diálogo sobre esses assuntos tão íntimos, as mulheres ainda "sofrem" debaixo da ideia de que se ela quiser sexo ela é fácil e portanto não será valorizada.
Na verdade mesmo, minha avó que raríssimo, raríssimo mesmo fala no assunto, defende a ideia que só da mulher querer sexo ela não será valorizada pelo homem. Isso porque existe uma nuvem negra pairando sobre esse assunto tão delicado. Como se desejo sexual fosse coisa de homem, e mulher que se preze não pode querer... fazer muito menos, e se for no primeiro encontro então! Danou-se.
Mas acho isso muito injusto, mulheres têm tanto desejo sexual quanto homens. Quem disse que a gente tem de ser o freio da relação está tão enganado quanto quem acha que os homossexuais vão deixar de existir por causa do barramento da legalização do casamento gay (falarei sobre homossexualidade em outro post).
Enfim, considero que a mulher, assim como o homem, tem uma coisinha chamada libido e que ele pode aflorar nelas tanto quanto neles. Não existe isso de a mulher ter de fazer doce pra ser valoriza, do mesmo modo que não é legal achar que um homem é viado só porque não tentou transar com a menina.
Convido a todos e todas a pensarem no assunto, e lembro que o equilíbrio é essencial. O próprio Paulo - seguidor de Jesus, nos ensina em 2 Timóteo capítulo 1 verso 7 a cerca da moderação: Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.

Beijo pra quem é de beijo

Laryssa Galdino Tertuliano


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Só eu e apenas.




















Não sou uma pessoa estática,
Tenho prazer em aproveitar o novo
e conservar o que me convém.
Meus dias foram cheios de extremos
portanto, anuncio minha retirada.
Quero saborear as experiências que tive.
Vou ficar diante do espelho por um tempo...
observando o que sou capaz de fazer,
não quero uma total compreensão de mim!
Que chato seria tudo saber!
Quero tão somente deliciar-me.


Laryssa Galdino

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Na vida

Me perdi
ou me encontrei
em algum lugar entre aqui
e logo alí.

Laryssa

a lâmpada




eu queria mesmo era a lâmpada desligada
e a luzinha azul da tevê cobrindo a gente.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

As mulheres e uma reflexão sobre a vida.

Emília era uma boneca que descobriu ser também gente, pelo menos ela tinha vontade e atitude para tal! Alice viveu uma realidade de sonho onde percebeu que não faria o que as pessoas esperam, mas o que ela considerasse interessante a ser feito. Amelie sentiu prazer em coisas simples, que às vezes nos passam despercebidas. Maria destacou-se dentre as mulheres pelo seu temor a Deus e se tornou mãe de Jesus - um homem, que dentre muitas características, nos instiga a revolução de pensamento.
Existem tantas mulheres para se observar! E curiosamente descubro um pouco de mim nelas e um tantão maior de mim no mundo.
Alguém certa vez me disse, que todas as respostas estão dentro de nós. Sentimentos de inquietação, angustia e desespero envolvem as escolhas que não devemos fazer. E paz, alegria e tranquilidade, as que devemos seguir.
Isso é verdade.
Ultimamente penso no que sinto se eu fizesse isso ou aquilo e se não for bom, não faço. Escrever isso faz o fato de decidir parecer uma coisa muito fácil, que na verdade não é, eu sei que não. Toda escolha implica em perdas e ganhos, nem sempre em uma balança equilibrada. Mas é preciso escolher, decidir, seguir, virar a página... em um dado momento qualquer um desses verbos torna-se indispensável de conjugar.
No entanto, não é preciso ter medo, como diz a canção: é preciso ter garra sempre, até mesmo para adimitir que queremos algo incomum, ou que somos diferentes. Ser diferente, para mim, significa ser uma pessoa que busca ir contra a maré de opiniões pautadas no que é seguro. Não estou falando que não gosto de segurança e de ter uma leve impressão do que o amanhã me reserva, isso é bom também; mas estou falando que sempre saber ou ter sempre tudo planejado não tem a mínima graça, e é nesse ponto que pessoas diferentes se destacam, elas promovem a mudança!
E mudar é muito bom. Mudar de caminho, de concepção, de plano... afinal a vida é passageira e tudo que é passageiro não é para sempre, não é eterno, não é constante e muito menos imutável. Por isso quando algo muda, ou toma outro rumo, está apenas realizando o curso natural da vida, que em essência é isto: renovação.

Laryssa Galdino Tertuliano

Eu e eu

Perguntaram-me na roda do teatro o que eu achava de tudo, do curso principalmente, respondi que estava descobrindo muitas coisas interessantes, sobre tudo a respeito de mim mesma. Quem é Laryssa Galdino? Você por acaso tem alguma ideia? Eu penso que não.
Desde que decidi correr atrás das coisas que considero importantes, como o curso de DI e os trabalhos sociais, percebi que eu sou muito diferente do que posso ter demonstrado até agora.
Não é mais uma leve impressão, trata-se de algo concreto: eu não sigo um padrão, não sei seguir os planos, por mais perfeitos que sejam, e acabo deixando tudo pra ser feito no ultimo minuto.
Não que eu seja relapsa, coisa e tal... mas é que aprendi que quando fazemos algo com paixão, esse algo fica muito mais bem feito, e eu sou apaixonada pela sensação de "tenho pouco tempo e preciso correr" vulgo: trabalho sobre pressão. A tranquilidade excessiva me inquieta, eu gosto do furdunço! Da reviravolta.
Hoje foi um dia muito massa. Desde o primeiro raio de sol, que eu vi quando estava indo dormir, até o lavar dos pratos que acabei de fazer. Pensar, pensar e pensar. Acho que tudo que penso vai me levar por aí no mundo, tenho tantos lugares-pessoas para conhecer, que às vezes me sinto uma gotinha de gente perdida no meu espaço entre quatro paredes.
A lâmpada do meu quarto não acende mais =/ nessas horas que um homem faz muita falta =P eu até me arrisquei a tentar trocar, mas acho que o problema é na instalação e não somente com a lâmpada, em todo caso resolverei amanhã.

Ingenuidade e sorrisos andam de mãos dadas
quando ela pensa ter começado a entender a vida
descobre como é pequena diante do mundo
e como tem muito a descobrir
um mapa e vontade já enchem uma possível mala
que vontade de me jogar nessas estradas e
viajar.

Ninguém pode compreender o outro, sem conhecer-se intimamente. Não adiante ler um manual e pensar que as complicações podem todas ter solução, um dia você se depara que certas coisas são simplesmente o fim do caminho, que não, por mais que você queira, não tem uma continuação depois desse ponto, que não tem um final feliz, por mais que insistam que no final tudo dará certo, algumas vezes é simplesmente o fim, nem tudo se encaixa naquela velha coisa e tal de bem e mal, algumas coisas vão ser mais ou menos mesmo, outras vão ser tão... tão... que não haverá definição!
O mundo não é uma caixinha de surpresas, mas não deixa de ser um lugar super interessante. Ser romântico e tudo mais não exige de fato as coisas que os filmes colocaram na sua cabeça, você pode absurdamente dizer tudo sem dizer nada, e não é porque faltaram palavras, mas sim porque nem sempre há necessidade de se dizê-las.

Dançar
minha alma e mente dançam
nos embalos da'segunda matinal
meu cabelo escorre em meu rosto
deixei pra lá esse tal sorriso angelical
meus lábios mordiscam-se
chega a ser sensual
mas eu termino a noite numa pilha de pratos
porque isso é um conto de fadas da vida real.

Não sinto mais medo do que está por vim, o amanhã pertence a si mesmo e chegará com seus acontecimentos se assim o desejar fazer. A gente se preocupa demais, nosso dever é viver! Um dia de cada vez, sem medo de repetições e também sem medo da próxima. Da próxima faixa musical.

E finalmente, entende-se que o que tem de ser, é.

Laryssa Galdino Tertuliano

domingo, 19 de setembro de 2010

Flores, eu vi teu corpo.

Despretenciosa,
uma conversa que mais parecia um passar de tempo
depois o beijo,
o subir das escadas
e por fim eu inteira tua.
Flores?
Não me lembro se eram mesmo flores
sei que foi lindo,
que foi delicioso.

Laryssa

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

segredo


-chega mais
deixa eu te contar um segredo
tem gosto de abacaxi
não, na verdade tem gosto de morango
estou meio confusa,
poderia me ajudar a descobrir?

ler para saber.Lar

O melhor de acordar em Fortaleza é o calor desse lugar, mal meus olhos se abrem meu corpo emerge do colchão e me sinto viva. Em Campina tem um frio que me dá preguiça, até me paralisa, mas eu não vejo a hora de voltar. Amanhã tem aula de teatro e estou muito empolgada, acho que é uma das poucas coisas que tenho me dedicado agora: teatro.
Ontem fiz a prova de um concurso pra técnico administrativo, e antes de ontem resolvi meus problemas como gente grande, estou muito feliz comigo mesma, apesar de não saber responder: O que eu quero? Acho que é difícil responder porque quero muitas coisas, mas hoje recebi um e-mail de um colega indiano que dizia que precisamos ter objetivo, foco e determinação. Acho que tenho objetivos e determinação, preciso desenvolver o foco.
Tenho pensando em muita coisa pra escrever, pra peça no teatro, pra um livro em algum dia, etc etc. Ontem assisti a um filme: Amor a distância, recomendo para quem, assim como eu, mantêm um relacionamento a distância.
O filme foi lindo e eu chorei horrores, porque fico pensando em como essa situação é difícil. Mas sabe, eu me lembro que sempre pedi a Deus meu próprio conto de amor real, quem sabe Ele não está me dando esse de presente?! Em todo caso, viver um dia de cada vez ajuda muito o casal ficar junto, porque o futuro é uma incógnita e há 750 km de distância o futuro é muito incerto e obscuro, ficar pensando nele pode atrapalhar, mais que ajudar.
Agora que sou uma pessoa que gosta de ler, vou ler o livro: comer, rezar, amar - de Elizabeth Gilbert. Acredito que é um livro muito bom, meu maior interesse surgiu por duas coisas: o livro conta a história real de uma mulher que sempre buscou um algo mais da vida e que decidi viajar e em um dos lugares de roteiro ela vai a Índia, qualquer coincidência comigo é mera especulação =P Enfim, quem sabe ler não me ajuda a responder essa perguntinha que há mais de vinte anos me acompanha: O que você quer Laryssa?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

beijo

ele sorri e é atencioso com todos
olhos se cruzam
ele sorri
quando parece que a todos deu um pouco de si
volta-se ao que importa
aos lábios dela
que sem cautela
reservou os beijos mais despreocupados da noite.

Laryssa

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Tudo que te faz especial.

O desenho na vidraça embaçada, por causa do nosso hálito ofegante ou simplesmente porque choveu lá fora, e aqui dentro enquanto viajo além da rota habitual do ônibus eu desenho carinhas na janela do transporte prismático de milhares de rodas que me carrega de um lado pro outro e eu faço o que mais gosto além de sonhar alto: observar as pessoas.
Dentro do ônibus, condutor de um montão de histórias diferentes, vejo rostos, vejo gente! Cada qual com um pensamento trasnportado na mente, dando vazão aos que sentem, para imaginarem o que quiserem a respeito das caretas, caras e bochechas que cada passageiro faz enquanto a mente ingênua se desfaz dentro de cada corpo.
Eu, pensador-poeta, descobrindo a mim mesmo através dos outros, percebo as delícias de observar os contornos, as reações e os pequenos gestos. Vejo o mundo diante de mim, enquanto vou alí, comprar passes invisíveis, passagens que me permitem viajar ao descontrangimento. Quando não percebem que estão sendo vistas, as pessoas fazem cada coisa!
Quieta, vejo o pássaro, sigo a canção do bater de suas asas, mas rapidamente mudo o foco, vejo uma mulher com a mão levantada. - um suco de goiaba sem leite por favor, e me viro pro calçadão. Sumiu a mulher, mas apareceu um vendedor. Aqui na praça não precisa de burocracia, seu desejo é realidade se tiver bunfunfa na mão te dou a mercadoria!
Uma velhinha, depois outra... um homem andando de quatro invertido, com a barriga pra cima e mãos e pés no chão, o menino ri, pede que ele continue andando. Eu também dou risada, essa gente faz de tudo por um trocado, até andar de quatro!
Celular, relógio, pulseira, água mineral! O que você precisa a gente arruma e por um precinho super em conta, o calçadão em Campina é assim, um amontoado de gente, pouco a pouco refrescado pelo o bom vento que não se cansa de passar por ali, de um lado, parao outro. Tem a lotérica cheia de filas com pagadores e apostadores de mega sena, mas prefiro chamá-los de sonhadores fidedignos, quem sabe um dia ricos! Não comprem o carro, a casa ou o sonho por quem tanto lutaram.
Tem a moça do sorvete, a farmácia e homem que conserta de panela de pressão a alicate de unha, e se você for educado, fazem cópia de chave e amolam sua tesoura com a maior prestatividade!
Ah, o calçadão de Campina é de longe um de meus lugares favoritos daqui.

Laryssa

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Feliiiiiiiiz

Hoje no seminário o Pastor Gideoni falou sobre trabalho realizados na Índia, onde meninas a partir de 7 anos de idade eram vendidas pelos próprios pais para serem prostitutas, e tinham de fazer de 20 a 25 relações sexuais por DIA! Foram resgatadas.
Um empresário de Belo Horizonte abriu uma fábrica de tecelagem que serve de exemplo para o governo indiano, pois lá as pessoas trabalham em troca de comida e um colchonete pra dormir, e ficam cerca de 50 pessoas em quartos pequenos, sem a menos privacidade. Esse empresário no entanto além de empregar as pessoas com salários justos, contrói também casas que possibilita uma vida mais digna para o povo indiano.
Além disso, eles visitam as casas conscientizando os pais a não venderem suas filhas para prostituição, em cinco anos já foram resgatadas da prostituição cerca de 3.000 meninas.
Estou feliz com iniciativas como essas, pois as notícias que recebo da Índia sempre são envoltas em muita perseguição e morte por parte daqueles que tentam enfrentar o governo e as religiões locais em defesa dos direitos do povo indiano.
Quando recebo notícias com iniciativas tão bonitas como essa, meu coração se alegra completamente e também me motiva, pois sei que um dia estarei somando forças com esses irmãos!
Que Deus possa continuar abençoando o trabalho da MCM povos, do trabalho das crianças e tudo o mais!

A Índia é um sonho que a cada dia parece mais pertinho de acontecer.

Laryssa

ps. visitem o site www.mcmpovos.com.br

Metáfora


...é uma fada majestosa que nos ajuda a dizer tudo, sem necessariamente dizer nada. É o recurso pomposo da gramática que dá aos literários o livre arbítrio no mundo das palavras, e faz de seus amantes e súditos os mais sinceros confessores de crimes e amores, sem lhe ser preciso a vergonha de revelá-los.

Minha definição - Laryssa


Do lado de cá!



Parece que a rádio sabia que eu precisa ouvir uma canção que soasse aos meus ouvidos como uma cafuné na alma. E a canção foi esta: Do lado de cá - Chimarruts.

"e o tudo não parece funcionar
vem pra cá
...
põe o teu melhor vestido
brilha o teu sorriso
e vem pra cá"

Fico feliz como a velha história de que o tempo cura tudo seja verdade, apesar de ter me sentido mal nesse último final de semana, por querer bancar quem não sou, sinto que todo erro, ou toda experiência - como insistem em definir, serve pra gente aprender mais de si mesmo, e eu aprendo tanto sobre mim, às vezes tenho a sensação que sou infinito, e talvez minha alma o seja.
Sorrisos e alívio, foi o que senti enquanto desci a ladeira que me leva a universidade, o vento brincou com meus cabelos e o sol me trouxe uma emoção de segurança, "do lado de cá" a música não saiu da minha cabeça no decorrer do dia, e agora também escrevo ouvindo os acordes que me fizeram perceber que meu coração ainda bate e que se arriscar é importante, desde que não seja pra fazer as coisas que, definitivamente, não combinam com você.
Eu prometo: nada. Eu apenas vivo. Se eu achar que é necessário, talvez eu pule de para quedas, mas não vou mais, espero mesmo, achar que duvidar de Deus e tudo mais é a saída pra tudo. Não vou seguir a onda de quem prefere as ilhas desertas, porque eu quero mesmo está na companhia de gente, nem quero viajar na fumaça que me pinta de verde por dentro, eu gosto do verde por fora, na minha roupa e nas folhas das árvores.
Não quero, nunca mais, dormir ao som de mensageiros do vento, que só me trazem mensagens de perigo e abandono, também não quero que meu café da manhã seja o adeus sem graça com um ósculo gélido na face.
Chega das caronas extraordinárias, que não levam a um lugar com cachoeira de verdade! Quero sentir o cheiro do ar, se é que ele tem um. E voltar pra casa de madrugada, pra me deitar no meu colchão e sonhar com os lugares do mundo que ainda não conheci.


Laryssa Galdino Tertuliano

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Histórias que não convém

Hoje eu tou em um daqueles dias em que tudo dá errado e preciso urgentemente escrever. Sempre escrevo muito quando as coisas estão complicadas.
Tenho a sutil impressão que o universo não está a meu favor. Pedi um água por telefone as 9 horas da manhã, o homenzinho do telefone falou que com meia hora ela chegava, daí estou esperando até agora.
Fui visitar meu orientador da universidade e confessei meu desitenresse do curso, todavia até Dezembro a minha alma pertence ao capeta, porque o taaaaaanto de coisa que tenho pra fazer, só pode ter sido um mandato lá de baixo!
O vestibular, o concurso e o fim do mundo vêm aí e eu não sei qual será o resultado dessa lógica. Pra completar minha linda vida, vamos dizer que cometi infrações no trânsito e estou sob como alcoólico, embora a verdade seja ainda mais embaraçosa.
Hoje é um daqueles dias que qualquer frase de efeito me faz chorar, e eu me pego pensando na vida que não sei que rumo vai tomar.
Amanhã tem aula de teatro e não estou muito feliz por isso, porque não sei como reagir diante de algumas coisas. Mesmo assim, declaradamente sendo uma idiota, enxergo possibilidades de mudança no fim das contas, ainda acredito que tudo dá certo, que tudo se resolve e que não há motivos pra entrar em pânico.
Enquanto isso, sigo o dia ouvindo Leoni pra fazer bonito no show sexta-feira. Espero sinceramente que eu pare com essa vacilância e decida logo o que eu quero, porque às vezes tenho a sensação de que essa sensação de não saber o que está por vim vai me acompanhar sempre.


Laryssa

Criado Mudo

No fim da tarde as sombras
sempre vêm deitar na minha cama
e nos meus pensamentos - Leoni

[Diálogo #6]

Se vocês não lembram, mas nossa história terminou em Louise e Mark apaixonadinhos e na decisão de Louise em não responder aos e-mail de Ramon, pois bem. Hoje voltamos com o dia a dia de nossa cara pra ver se ela realmente desistiu de Ramon, se ainda está bem com Mark, etc etc. Leiam a baixo!


-Bom dia Louise! Comprimentou a secretária do escritório assim que Louise colocou o pé na escadaria do prédio.
-Bom dia, Marta aconteceu alguma coisa pra você está me esperando aqui fora?
-éé, respondeu a secretária com um tom de preocupação, seu Eliberto quer conversar com você.
-Ah, pode ligar pra ele, estou com o dia bem light agora pela manhã. Louise respondeu sorrindo e continuou subindo, Marta a seguiu com a cara mais preocupada e sussurrou antes que Louise entrasse no elevador - ele a espera em sua sala.
A porta do elevador fechou e Louise estremeceu por um instante. Eliberto é o dono de uma importante empresa de objetos de decoração e eles pretendiam fechar um grande contrato na semana que vem, qual o motivo de sua visita? Será que ele encontrou uma outra empresa para lhe prestar consultoria?
O nervosismo aumentava a medida que ela se aproximava de sua sala, mas tentou manter a calma e uma aparência confiante.
-Bom dia senhor Eliberto!
-Bom dia Louise.
-Que bons ventos o trazem aqui? Não aguentou esperar até segunda que vem? Louise tentou fazer graça mas seu Eliberto apenas sorriu sem graça e fez sinal para que eles sentassem.
-Louise, estou aqui porque confiou muito em você, e estou passando por uma grande dificuldade em meus negócios.
-Entendo seu Eliberto. Agora Louise estava mais calma, mesmo assim preocupada com o problema dele.
-Sei que você está noiva de Mark e que pretendem se casar em breve, mas preciso muito de você no Texas.
-Texas?! Louise não conseguiu disfarçar a surpresa, era o lugar para onde Ramon fora morar há alguns meses e como são da mesma área ir para significa encontrar com ele na certa.
-Sim Louise, estou desconfiado que andam me passando para trás por lá, e gostaria de contratá-la para verificar isso para mim.
-Mas, seu Eliberto, e o contrato da Arte Design daqui?
-Não se preocupe, essa conta é sua e não abro mão de que a faça, mas antes preciso de você lá, é apenas por um mês. Por favor, converse com Mark e me ligue para combinarmos os detalhes de sua viagem.
Louise ficou um minuto em silêncio, Eliberto além de um importante cliente era também um grande amigo de sua família, praticamente como um tio.
-Seu Eliberto, a verdade é que não me preocupa viajar por causa de Mark, sei que ele entenderia. O que me preocupa são outras coisas, mas prometo que vou pensar com carinho na proposta.
Eliberto sorriu satisfeito, tinha um grande apreço por Louise e sabia que ela aceitaria ajudá-lo

Louise ficou ali sentada por uns minutos, quando viu em sua tela um novo e-mail de Ramon chegar.

Cara Louise

Tenho lhe escrito há meses, mas você não me responde. Gostaria de lhe informar que seu Eliberto ligou pra mim comunicando de sua vinda para o Texas, confesso que estou muito alegra em poder revê-la e ao que tudo indica você chegará na semana de meu casamento com Isabel. Então não esqueça seu vestido de festa, você será muito bem recebida em minha casa por mim e minha futura esposa.

Beijos
Seu amigo
Ramon.

-Casar?! Ramon vai se casar?!
Louise clicou desesperada nos outros e-mails e acompanhou toda história, dois meses depois de está no Texas Ramon conheceu Isabel, tiveram um romance avassalador e agora iam se casar, se ela tivesse ao menos lido os e-mails antes, não estaria sendo pega tão de surpresa! Mas estranhamente ela ficou muito feliz por seu amigo, talvez pelo tempo que não se viam aquela notícia não a abalou tanto, mesmo assim ela ficou enciumada e ligou para seu Eliberto aceitando ir para o Texas.
-O casamento do meu melhor amigo, foi exatamente como um filme! A diferença é que ela não tentaria impedir o casamento dele.

Um encontro com Mark e dez horas depois Louise estava no Texas seno recebida por Isabel e Ramon. Após as devidas apresentações Isabel levou Louise para se acomodar e Ramon foi trabalhar.

-O Ramon disse que vocês são muito amigos, vamos ficar muito felizes se vocÊ aceitar ser nossa madrinha.
-Madrinha?! Nossa, quanta honra... mas ele não avisou, eu não vim preparada.
-Não se preocupe, disse Isabel com uma voz tão doce que Louise não resistiu, vou levá-la a uma loja amanhã onde você pode escolher o vestido que quiser, e por nossa conta!
-Que posso dizer se não que aceito!
E as duas se abraçaram como se já fossem amigas. E na verdade Louise tinha essa sensação, de que Louise seria uma grande amiga.

Mais tarde, na casa de Isabel e Ramon, Louise deitou na cama e ficou olhando para o teto. "Que loucura é a vida", pensou consigo mesmo e adormeceu.

Laryssa

Juro

beijar teu corpo sem descanso - Leoni

Mas nem sempre é só de beijo que o corpo precisa.
Palavra no ouvido
a alma encanta.

Laryssa

domingo, 29 de agosto de 2010

Lembranças



Gandhi
disse, segundo o filme Remember me, que a maioria das coisas que fazemos são insignificantes, mesmo assim é importante que as facemos. Não entendo exatamente o que isso significa, mas garanto que mais importante que as coisas que fazemos, é o porque de as fazermos.
É difícil, muito difícil, empacotar um guia prático de sobrevivência no mundo, é possível que em nossas experiências sejamos confundidos com tolos ou arrogantes, prepotentes aspirando pela dominação do mundo contra o imperialismo e tudo mais que condenamos quando jovens e politizados.
No entanto, em vão são nossas lutas externas, se não entendemos que nossa maior batalha é aquela que acontece todos os dias em nossa mente. O que é certo? Até onde devo me permitir? E o que pode ser considerado um devaneio, anormal ou momentâneo? Qual a nossa medida, nosso ponto de comparação, nossa perspectiva, sobre qual aspecto sinto, sob qual coberta me deito?
Não é estranho que aprendamos tanto do mundo e tão pouco a respeito de nós mesmos? Na verdade acho um pouco de graça do mundo e de seus chavões. Todos têm sempre a solução pra tudo, a escalação ideal para a próxima copa e os conselhos infalíveis para evitar decepção. Mas não nos advertem contra o acaso, nem a respeito do incalculável, insondável e impremeditado: SE.
Se hoje fosse outro dia, então eu estaria provavelmente em outro lugar. Ao fim que, não me objetivo em questionar os fundamentos da humanidade ou a existência de Deus, porque, pelo menos da segunda não duvido. Provoco a mim mesma, quanto a busca irremediável das circunstânicas que me levam a questionar tais cousas. Tento relutante, porém com prazer, descobrir os propulsores de minha alma incessante em querer saber, o que me provoca, o que me faz ir além, o que me acorda.
Acho que o que realmente me motiva não é encontrar todas as respostas para as minhas raciocinações e sim poder fazê-las. Poder questionar e pensar a respeito do que me provoca, do que me movimenta, do que mantém meu espírito vivo é o que faz de mim um ser que vive e não meramente existe, é o que me diferencia, por exemplo, de uma folha seca que cai da árvore e é levada pelo vento, sem protesto, sem insatisfação.
As folhas seguem o vento e eu preciso descobrir o que quero seguir. Por enquanto me interto na sublime atividade de observar e aprender, talvez assim eu possa escolher bem como meus pais e todos os demais exigem que eu faça. Todavia, confesso que não é por mais ninguém, se não por mim mesma, que desejo fazer isto: descobrir-me.

Laryssa Galdino Tertuliano

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Que vida, não!?

Ano de 2010, acho que até aqui já foi o ano mais cheio de reviravoltas que eu tive, e só ontem eu comecei a entender porque. Acontece que quando eu entrei na universidade, estava certa do que eu queria, e na verdade, ainda quero a mesma coisa: ajudar às pessoas, em específico, os indianos. O problema é que depois desses quase três anos de vida académica, deixei de olhar pro meu foco, que é a Índia, desde que eu tinha 14 anos.
Comecei olhar para os lados, digamos assim. Fui me tornando uma pessoa desacreditada de que minha força e entusiasmo seriam mesmo útil, voltei minha atenção buscando uma realização no sentido de conquistar títulos, dinheiro, etc. E por isso comecei a me sentir um pouco frustrada, primeiro porque eu não estava no curso do meus sonhos e segundo porque minha realização está em contribuir positivamente no mundo que eu vivo, cuidando do meio ambiente, dos animais e das pessoas principalmente.
Acho que virei consumista, individualista, egoísta e a cada escolha errada eu me distanciava mais e mais daquela menina cheia de sonhos de quando entrou na universidade. Mas felizmente percebi os erros terríveis que eu estava cometendo. E ontem, enquanto eu entendia as raízes do meu desespero, da minha angústia, do sentimento de que eu não cabia no mundo porque eu não tinha um lugar... percebi que no mundo existe um lugar para o que eu sou, e não para essa pessoa totalmente distante de mim que eu estava me tornando.
O poeta Mario Quintana diz em um de seus textos, que a felicidade é uma coisa tão simples, que ás vezes a encontramos e a perdemos por não reconhecer a sua simplicidade. Eu me sinto feliz em coisas tão simples, como por exemplo quando sou útil. Quando escuto alguém e esse sente melhor só por isso.
Não deixo de querer muitas coisas, como ter um emprego e tudo mais... mas meu maior desejo é ir pra Índia um dia. Não espero ser compreendida ou aplaudida por isso, não gosto desse sentimento de esperar das pessoas uma reação, e por isso não espero. Afinal, esse é o meu desejo, ninguém é obrigado a entendê-lo.
Outra coisa muito interessante que eu percebi esses dias, é que a vida REALMENTE dá voltas. Algumas coisas que eu temia não chegaram nem perto de acontecer, e outras que jurei que não poderiam... aconteceram. A gente, digo a gente dizendo eu mesmo, se preocupa tanto com o futuro, mas a gente nunca sabe de fato como ele vai ser.
Você ficou, ele partiu, quem desprezava aprendeu a valorizar, ou talvez aprendeu a desprezar um pouco menos. Os medos parecem tão bobos agora e os sonhos deixaram de ser loucos para serem metas. A simplicidade passou a agradar mais, os filmes influenciam cada vez menos, percebe-se então que ser feliz é ser uma pessoa de carne e osso, com ideias próprias e coragem para fazê-las!
Ah! Comecei teatro também... e hoje temos que levar um textinho para aula, como eu nem gosto de escrever , fiz esse aii:

Peça: O que vai ser?!
I Ato - Cena 1

Ela estava sentada na sala quando o pai chegou, ela tremeu da ponta do dedo à ultima ponta do fio de seu cabelo. Ela já sabia o que ele ia perguntar:

-Oi filha! E ai, já escolheu o que vai ser no vestibular?

Passou um minuto, dois, três... o pai já estava ficando impaciente:

-Quer dizer que não escolheu hein?! Como vai ser filha!?

A garota em um ímpeto de coragem levantou o rosto, olhou nos olhos do pai e disse decidida:

-Não ensina em faculdade nenhuma o que eu quero aprender!

O pai não entendeu nada, achou estranho a maluquice da filha:

- E o que você quer aprender menina?

A menina ainda com o olhar confiante respondeu:

-Quero a prender a ser eu, a ser humano.

Ufa! pensou aliviado o pai, pelo menos ela não dissera que queria ser artista, mas para sua surpresa a menina ainda não terminara de falar:

-Pai, na verdade estive pensando em fazer teatro... quero ser artista!


[continua algum dia]

Laryssa Galdino Tertuliano