Vãs Definições

Esses dias eu percebi que por mais que a gente busque conhecer a si mesmo, há sempre uma parte de nós que ainda desconhecemos. Somos capazes de alguns atos que nem tivéssemos cogitado outrora. Eu pensava que era constante, ou que pelo menos eu tivera adquirido esta característica com o tempo. Mas percebi que a única coisa na qual consigo ser constante é nessa minha constante insatisfação com a vida. Não que eu não ame a vida, sou completamente facinada pelo exercício de nossa liberdade e liberdade em pensar, se expressar...enfim. Mas não sou assim um estudo de 30 anos, eu nem tenho 30 anos, como poderia eu mesma me conhecer? Não me conheço. Mas sabe, acho que não sou uma pessoa malvada como cogitei. Sou tão humana quanto essa minha carcaça de frieza e solidão, sou humana porque me preocupo com os outros, e sou humana porque choro também. Mesmo sem saber porque direito, eu adormeci outra vez com a roupa que estava desde amanhã, acordei porque me veio uma necessidade imensa de escrever, de me justificar ou simplesmente de compartilhar com o blog tudo que estou vivendo e sentindo. Só cheguei a uma pura conclusão hoje, que a melhor maneira de resolver as coisas é sendo sincera consigo mesma. E que nenhum sofrimento é maior, do que aquele que não causamos por medo. Eu penso assim, penso que todas as coisas que acontecem comigo tem um porquê. Nenhuma dor é por acaso, assim como nenhuma alegria também. E se tudo tem mesmo uma razão para existir, talvez um dia eu deixe de ser tão inconformada, e encontre a felicidade em coisas simples que qualquer um e qualquer momento pode nos proporcionar.

Laryssa Galdino