quarta-feira, 24 de março de 2010

E o Brasil comigo?

Há um tempo para imaginar e um outro para criar. Tempo de observar, inventar e dizer. Porque o olhar apreende, distrai-se e transfere. Há as regras esquecidas num grito que na tela se expande. Há o poder de criar sonhos. Um dia depois do outro.

Eu sempre fui patriota e defendi os interesses do meu país, mas daí deixar que ele decida o que eu quero ser quando crescer é demais! Quando eu tinha 14 anos, mais ou menos, fui a uma exposição no shoppinng, que na época era o Iguatemi ainda, e fiquei encantada com todos os trabalhos manuais e peças da exposição, procurei então a responsável, a artista na minha opinião, e perguntei qual o curso que ela tinha feito na universidade e ela respondeu : - Desenho Industrial, na UFCG. Foi então que pensei comigo - É isso que eu quero fazer!
Passou o tempo, cheguei ao terceiro ano do ensino médio ou 2° grau e prestei vestibular para : de-se-nho in-dus-tri-al na UFCG, mas para quem não sabe, o curso tem um teste de habilidade que é aplicado antes do teste do vestibular, aqueles que não passam nesse teste tem o direito a prestar o vestibular para um outro curso da mesma área, no caso EXATAS. E foi o que aconteceu comigo, minha segunda opção foi meteorologia.
Cá estou, dois anos depois, numa aula de probabilidade e a professora pergunta, em um questionário aplicado em sala para obtenção de dados que seriam usados nos exemplos posteriores, qual seu GRAU de satisfação com o curso? Como cheguei atrasada fui uma das últimas a responder e lógico, olhei a resposta dos outros... de 1 a 7 a grande maioria respondeu 7 - totalmente satisfeito (super satisfeito) e eu respondi 4 - satisfeito (APENAS satisfeito). E isso me pegou, fiquei a semana pensando em como eu podia me contentar com isso? Caramba eu sempre defendi a ideia de que devemos fazer o que amamos e eu estava ali, acomodada há tanto tempo por acreditar que se eu não passei, no teste de habilidade, era porque não era pra ser, mas de ONDE eu tirei essa explicação? Eu não passei porque não me sai bem na prova, mas quem sabe se eu tentar de novo e de novo até conseguir?
Saí da aula incomodadíssima com o fato de ter me impedido esse pensamento nos últimos semestres!
Logo, porque não tentar?! Mesmo que eu não aproveite quase nada do que cursei até agora, não ligo! e daí que o Brasil precisa de mais meteorologistas se na verdade o que o mundo precisa mesmo é de mais gente trabalhando com o coração!!! (Fazendo o que se gosta). Eu quero trabalhar em algo que eu ame fazer, e não simplesmente porque é preciso ou porque é o que esperam que eu faça, até porque mesmo, segundo uma amiga disign, eu nasci pra ser design e todo mundo já sabia, só que eu com minha mania de tentar encontrar uma conexão em tudo, convenci a todos de que eu tinha tudo a ver com meteorologia. Menti, mas chegou a hora de confessar o meu erro e correr atrás do tempo mal usado.
Não me arrependo de nada nesses dois anos, posso não querer ser meteorologista, mas sou profundamente grata a todos que interceptaram o meu caminho nesse tempo de curso. Acho que de fato tudo cooperou comigo de alguma forma, eu gosto do que me tornei. (Tá vendo que fico tentando achar uma conexão ou sentido nas coisas?!) rsrs
Bem, boa sorte pra mim, vestibular ai no fim do ano ?! fiquem na torcida por favor.

Laryssa Galdino

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