Ela decidiu que não queria mais ficar só pensando na conversa que tiveram, pegou um táxi e foi até a casa daquele que se fazia constante em seus pensamentos. Já chegou sem muitas palavras e o questionou quase como se o empurrasse contra parede:
-O que você pretende, sabe que não posso ceder?
-Eu não sei de nada - ele respondeu como se pedisse calma e fez sinal de que ela entrasse.
Seu nome era Ramon e o dela Louise, eles haviam se conhecido há uns 5 anos na estação de trem e desde então compartilhavam uma amizade que, segundo ele, só era amizade porque ela não o dava cabimento. Acontece que depois da faculdade de administração, que os dois cursaram juntos e haviam terminado há quatro anos e meio, Louise havia ido morar na capital e eles passaram a se ver com bem menos frequência. O que ela não sabia, até semana passada, era que seu amigo nutria por ela um romance desde o primeiro dia que se conheceram.
-O que você acha que eu vou fazer? Que vou largar toda vida que lutei esses cinco anos pra construir por causa dessa sua crise boba de saudade?
-Não é saudade Loi , como carinhosamente ELE a chamava, eu realmente a amo.
Como assim me ama, ela pensava quase descontrolada, ele teve CINCO anos para dizer isso e agora, que estou longe, ele resolve se declarar?
-Você não tem o direito de mexer com meus sentimentos desse jeito...
E um silêncio profundo se estabeleceu entre eles. O fato era que Louise havia começado a namorar com um rapaz há três meses, e sabia que era errado trair, mas ela conhecia Ramon há tanto mais tempo que a vontade de beijá-lo nem parecia tão ruim assim.
-Não, saia de perto de mim, eu nem sei porque estou aqui - falou ela enquanto ele tentava abraçá-la.
-Eu sei que você tem namorado, não vou fazer nada, mas será que eu não podia ao menos te dá um abraço...
E abriu os braços na esperança de que Louise cedesse, afinal de contas, ele não se tratava de um estranho e normalmente cumpria com suas promessas.
-É claro, um abraço não tem problema.
Ela se aconchegou em seus braços e por um instante esqueceu de toda boa vida que havia conquistado fora e pensou que podia ficar ali para sempre.
-Loi - interrompendo os pensamentos de Louise a voz doce de Ramon lhe pareceu irrecusável e enquanto ela pós o seu indicador nos lábios dele, como se pedisse silêncio, tirou sua jaqueta marrom de couro maleável e soltou ao chão.
-Não quero resistir a isso Ramon, eu não quero...
E ele a beijou, antes que ela concluísse qualquer ideia.
Quando isso aconteceu, foi como se seus pés flutuassem, e na verdade seu corpo estava nos braços daquele homem que ela enxergava apenas como amigo por tanto tempo, ele a levou cuidadosamente, mas não com tanto cuidado, até o seu quarto onde podiam ficar mais íntimos. A sua cama macia lhe pareceu tão convidativa quanto seus beijos doces e entorpecentes. Ele a soltou em cima dos lençóis de seda preto e ao som de "Misguided Ghosts - Paramore" - "O que eu posso fazer" ela pensou se rendendo completamente, esquecendo completamente e adorando completamente.
Cada botão de sua blusa fora praticamente arrancado, os beijos deixaram de ser doces e foram profundamente maliciosos deixando claro para os dois até onde iriam. Ele entrelaçou os dedos em seus cabelos longos e cacheados, sorriu enquanto apressadamente ela tirou-lhe o cinto. Ele gostou, não imaginava que fosse tão atrevida, chegou a pensar e gostou profundamente de ter descoberto em uma hora tão própria, a música já era outra, mas ela estava tão enlouquecida com as mãos tendenciosas de Ramon que passeavam com uma certa força e sensibilidade por suas costas que dificilmente se lembra qual era mesmo a canção, mas se não o conhecesse bem diria que ele teria reservado aquela play list para este fim: fazer amor com ela. Ramon dizia bem isso em seu ouvido: -Não quero que sejas como as outras, quero você pra sempre só minha e eu só seu, deixa? Talvez na hora estava tão cheia de prazer e êxtase que disse sim, sem pensar no que isso poderia implicar. E ficaram ali, ao som de outra e mais outra e até as músicas acabarem e o céu escurecer.
Enquanto ela dormia Ramon a olhava, examinava cada curvinha de seu rosto tão maravilhoso e no auge do gozo há meia hora. Mas não ousava tocá-la, tinha medo que ela acordasse e fosse embora, e tinha medo, principalmente, de que ela fosse embora.
-Está tudo tão perfeito - e riu ao pensar que foi um gostoso acaso aquelas músicas, a luz dentro de seu quarto e tudo mais, como se alguém tivesse preparado o encontro dos dois.
por - Laryssa Galdino
-O que você pretende, sabe que não posso ceder?
-Eu não sei de nada - ele respondeu como se pedisse calma e fez sinal de que ela entrasse.
Seu nome era Ramon e o dela Louise, eles haviam se conhecido há uns 5 anos na estação de trem e desde então compartilhavam uma amizade que, segundo ele, só era amizade porque ela não o dava cabimento. Acontece que depois da faculdade de administração, que os dois cursaram juntos e haviam terminado há quatro anos e meio, Louise havia ido morar na capital e eles passaram a se ver com bem menos frequência. O que ela não sabia, até semana passada, era que seu amigo nutria por ela um romance desde o primeiro dia que se conheceram.
-O que você acha que eu vou fazer? Que vou largar toda vida que lutei esses cinco anos pra construir por causa dessa sua crise boba de saudade?
-Não é saudade Loi , como carinhosamente ELE a chamava, eu realmente a amo.
Como assim me ama, ela pensava quase descontrolada, ele teve CINCO anos para dizer isso e agora, que estou longe, ele resolve se declarar?
-Você não tem o direito de mexer com meus sentimentos desse jeito...
E um silêncio profundo se estabeleceu entre eles. O fato era que Louise havia começado a namorar com um rapaz há três meses, e sabia que era errado trair, mas ela conhecia Ramon há tanto mais tempo que a vontade de beijá-lo nem parecia tão ruim assim.
-Não, saia de perto de mim, eu nem sei porque estou aqui - falou ela enquanto ele tentava abraçá-la.
-Eu sei que você tem namorado, não vou fazer nada, mas será que eu não podia ao menos te dá um abraço...
E abriu os braços na esperança de que Louise cedesse, afinal de contas, ele não se tratava de um estranho e normalmente cumpria com suas promessas.
-É claro, um abraço não tem problema.
Ela se aconchegou em seus braços e por um instante esqueceu de toda boa vida que havia conquistado fora e pensou que podia ficar ali para sempre.
-Loi - interrompendo os pensamentos de Louise a voz doce de Ramon lhe pareceu irrecusável e enquanto ela pós o seu indicador nos lábios dele, como se pedisse silêncio, tirou sua jaqueta marrom de couro maleável e soltou ao chão.
-Não quero resistir a isso Ramon, eu não quero...
E ele a beijou, antes que ela concluísse qualquer ideia.
Quando isso aconteceu, foi como se seus pés flutuassem, e na verdade seu corpo estava nos braços daquele homem que ela enxergava apenas como amigo por tanto tempo, ele a levou cuidadosamente, mas não com tanto cuidado, até o seu quarto onde podiam ficar mais íntimos. A sua cama macia lhe pareceu tão convidativa quanto seus beijos doces e entorpecentes. Ele a soltou em cima dos lençóis de seda preto e ao som de "Misguided Ghosts - Paramore" - "O que eu posso fazer" ela pensou se rendendo completamente, esquecendo completamente e adorando completamente.
Cada botão de sua blusa fora praticamente arrancado, os beijos deixaram de ser doces e foram profundamente maliciosos deixando claro para os dois até onde iriam. Ele entrelaçou os dedos em seus cabelos longos e cacheados, sorriu enquanto apressadamente ela tirou-lhe o cinto. Ele gostou, não imaginava que fosse tão atrevida, chegou a pensar e gostou profundamente de ter descoberto em uma hora tão própria, a música já era outra, mas ela estava tão enlouquecida com as mãos tendenciosas de Ramon que passeavam com uma certa força e sensibilidade por suas costas que dificilmente se lembra qual era mesmo a canção, mas se não o conhecesse bem diria que ele teria reservado aquela play list para este fim: fazer amor com ela. Ramon dizia bem isso em seu ouvido: -Não quero que sejas como as outras, quero você pra sempre só minha e eu só seu, deixa? Talvez na hora estava tão cheia de prazer e êxtase que disse sim, sem pensar no que isso poderia implicar. E ficaram ali, ao som de outra e mais outra e até as músicas acabarem e o céu escurecer.
Enquanto ela dormia Ramon a olhava, examinava cada curvinha de seu rosto tão maravilhoso e no auge do gozo há meia hora. Mas não ousava tocá-la, tinha medo que ela acordasse e fosse embora, e tinha medo, principalmente, de que ela fosse embora.
-Está tudo tão perfeito - e riu ao pensar que foi um gostoso acaso aquelas músicas, a luz dentro de seu quarto e tudo mais, como se alguém tivesse preparado o encontro dos dois.
por - Laryssa Galdino
2 comentários:
Eita guria tas escrevendo casa dia melhor. Me senti lendo um filme famoso...kkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkk eh o objetivo dos proximos n diálogos, colocar por aqui todas as histórias românticas e conflitos que muitas vezes meus personagens vivem =)
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