terça-feira, 30 de março de 2010

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Hoje foi uma dia ruim, em muitas partes, e me reservei ao direito de ignorar o mundo, desliguei o celular e depois de muito choro adormeci, acordei depois de umas quatro horas com o eletricista, batendo na porta, enfim uma coisa boa acontecera: meu chuveiro elétrico funciona! Estou muito triste mas ao mesmo tempo aliviada, ultimamente aprendi a tomar decisões por serem necessárias e não apenas pelo coração. Mas prometo que em meus diálogos escreverei algo mais romântico que nos faça ter vontade de amar alguém.
Sabe, eu não ligo em ouvir o que têm a me dizer, mas acho que jogar um balde de agua fria em cima do sonho de alguém é ruim. Eu nem sei se vou conseguir realizar tudo que pretendo, mas adoraria tentar. Eu não tenho medo de vagar de um curso a outro, eu tenho medo de não tentar e me sentir frustrada depois. Afinal, nós não temos um mapa de nosso futuro e eu não sei o que vai me acontecer... mas obrigada por se preocupar comigo, mesmo sem sermos nada de importante uma para outra ;)
Não aguento mais lutar contra o que eu quero! Quero ajudar os pobres, os sem teto, os sem perspectiva, quero está no meio de um monte de gente cuja a aparência enoja, para so olhos sofisticados acostumados com os quadros do Louvre, quero ser útil, quero ser amável com gente que só conhece o lado duro da vida. Chamem de loucura ou falta do que fazer, a cada dia me empenharei mais em descobrir como ajudar os que precisam. Tenho milhões de ideias, mas como diz meu amigo Jorginho : "Todas as grandes coisas começam com um pequeno passo" e eu vou dá pequenos e pequenos passos até alcançar minha realização pessoal que será fazer alguma coisa boa para o meu próximo.
Estou cansada de ver mendigos e desabrigados em todo lugar, meu coração já está tão partido ao ver tantos passando fome e sendo descriminados por sua condição social que minha alma grita: CHEGAAA! Eu não posso ficar aqui "sofrendo" por coisas tão pequenas enquanto tem gente morrendo de fome do outro lado da rua.
Todos os dias peço a Deus quase que numa súplica desesperada que me use de alguma forma, Ele certamente terá uma boa ideia de como ajudar às pessoas e eu gostaria muito de poder fazer isso com Ele e pra honra dele, porque não quero méritos por fazer caridade, quero diminuir o sofrimento dos outros e para isso pretendo fazer o que Jesus faria, Ele não julgava as pessoas, não as traltava mal por causa da classe ao qual pertenciam, contudo era bom com todos e acho isso tão maravilhoso.
Eu sei que a igreja tantas vezes frusta a gente, e dá raiva ver que tem muita gente egoísta e ruim dentro das mesmas, mas como disse, Ele não veio para julgar os outros, e eu também não pretendo o fazer... quero fazer o que me for possível, mesmo que envolva uma parcela de sofrimento, que louvor há em amar os que te amam? Não aguento mais, todos os dias meu coração arde desejando fazer algo para diminuir o caos aqui do bairro e quem sabe um dia poderei dizer que consegui deixar o mundo um pouco melhor com minha estadia por ele.
Sabe, não sou dona da verdade e não pretendo me meter em discurssões filosóficas sobre qual era a cor do cabelo de Paulo ou quantas cartas ele realmente escreveu! Quero fazer algo mais significativo, em minha opinião, como ser menos egoíta e dividir com os outros a alegria que recebi gratuitamente de Deus.

Laryssa Galdino

domingo, 28 de março de 2010

[Diálogo #2]

-Meu Deus, eu só posso ser muito cruel e falsa, falsa, falsa... - repetia Louise em seus pensamentos enquanto franzia a testa por não sentir o menor arrependimento pelo que fizera, no entanto, sabia que tinha dado muitas esperanças a Ramon, o que tornaria seus próximos dias muito mais complicados do que já eram até a tarde em que decidiu vê-lo.
Ela saiu de manhã cedo enquanto ele ainda dormia, sem imaginar que tão breve o veria de novo.

-Atenda Louise! Ateenda.
-Sua chamada está sendo encamin...
-Droga! Porque você não me atende Louise? Você acha que fugindo desse jeito vai me manter distante de você? Não mesmo!
Esbravejou Ramon enquanto tentava pela e-nésima vez falar com Louise pelo telefone. Ele conhecia muito bem sua amiga, o bastante para saber que ela se escondera dele por está totalmente confusa e sem saber o que fazer, mas ele não estava disposto a esperar que o romance entre eles virasse um roteiro digno de novela mexicana, onde seu nome seria Carlos Emanuel e o dela Vitória Cristina! E, enquanto andava apressado pela casa calçando os sapatos e segurando a gravata com a boca e uma caneca de café com a outra mão foi até a garagem e viu seu ford Maverick 79 vermelho, presente de seu pai quando completou 18 anos. Tomou o último gole de seu café e disse:
amigão, vamos buscar a Louise! Entrou no carro e colocou seus óculos escuros que o deixavam incrivelmente sexy, pegou a auto estrada e seguiu os aproximadamente 330 km que o separavam de Bauru até escritório de sua amada em São Paulo. Seu coração estava muito confiante e ele tinha certeza de que voltaria com Louise ao seu lado. Ele poderia ter pego um ônibus, mas pensou que de carro chegaria mais rápido, uma hora mais cedo do que o google maps lhe mostrara.
E quase conseguiu, trinta minutos antes do que queria, chegou a grande São Paulo e mesmo exausto não quis perder um minuto se quer, foi direto ao escritório de administração onde Louise trabalha.
-A senhorita Louise se encontra?
-Ela está em uma reunião, mas você pode aguardá-la na saleta ao lado - sugeriu gentilmente a secretária do escritório.
Ele aceitou sem ter totalmente certeza do que estava fazendo e enquanto pegava um cafezinho na bandeja que estava estendida em sua frente, pela mesma secretária, ele só conseguia pensar em duas coisas: a primeira era em como Louise estava bem sucedida nessa empresa e a segunda que deveria escolher com cuidado as palavras que usaria, mas se detera principalmente ao segundo pensamento, afinal de contas ele admistrava três empresas em Bauru e ganhava mais que razoalvemente bem, Louise porderia habilmente ajudá-lo em seus negócios e até montar um próprio se assim preferisse! Uns quinze minutos depois Louise surgiu no corredor que dava da sala de reuniões a sua sala, passando pela parede de vidro da saleta onde ele a aguardara ansioso.

- O senhor pode vim comigo? A senhorita Louise irá recebê-lo agora - sorriu.
E ele a acompanhou até a entrada de sua sala.
-O que você está fazendo aqui Ramon? perguntou meio brava mas sem conseguir disfarçar os batimentos acelerados que ele provocara nela por sua presença inesperada.
-Bom dia Loi, ultimamente você tem esquecido as boas maneiras não é mesmo - fez graça pelo fato dela não cumprimentá-lo.
-Não me venha com suas piadas, não estou em um bom momento...
-Talvez se sinta melhor em meus braços ... falou quase sussurrando enquanto andava lento pela sala com a mão esquerda metida no bolso e a outra passeando, quase num tom de provocação , por sobre a mesa.
-O que disse? Eu não acredito que atravessou mais de 300 km só para brincar comigo...
-Não - ele a interropeu, atravessei para dizê-la que não estou disposto a esperar mais cinco anos por você... Louise - ele se aproximou mansinho e envolveu seus braços em volta a cintura dela, que não tentou resistir nenhum um pouco, eu te amo, mas conheço o meu valor e não vou insistir se você realmente não quiser levar nossa história adiante...
Voit la! ele conseguiu transferir o poder de decisão para as mãos dela, afinal, mulheres adoram se sentir no controle das coisas. ¬¬
-Ramon, é melhor você me soltar. Disse Louise com a voz mais seca que conseguira fazer.
Como quiser, disse Ramon se afastando cordialmente, e antes que alcançasse a porta voltou seu rosto misterioso para ela e quase disse uma úitima frase, desistiu olhando a figura daquela mulher desejável e inquieta em seus próprios pensamentos amorosos, achou melhor sair.
A história não era mais um conto de fadas, ele sabia que teria de se empenhar muito para tê-la totalmente. Enquanto descia as escadarias do belo prédio pensou que o difícil seria saber por onde começar, mas de uma coisa ele tinha certeza: ela é uma mulher muito exigente, e que bom que ele preferia se deter às tarefas do tipo, afinal, pensou sorrindo, que ter Louise era de fato a melhor das tarefas a qual um homem interessante podia realizar.

por - Laryssa Galdino

[Diálogo #1]

Ela decidiu que não queria mais ficar só pensando na conversa que tiveram, pegou um táxi e foi até a casa daquele que se fazia constante em seus pensamentos. Já chegou sem muitas palavras e o questionou quase como se o empurrasse contra parede:
-O que você pretende, sabe que não posso ceder?
-Eu não sei de nada - ele respondeu como se pedisse calma e fez sinal de que ela entrasse.
Seu nome era Ramon e o dela Louise, eles haviam se conhecido há uns 5 anos na estação de trem e desde então compartilhavam uma amizade que, segundo ele, só era amizade porque ela não o dava cabimento. Acontece que depois da faculdade de administração, que os dois cursaram juntos e haviam terminado há quatro anos e meio, Louise havia ido morar na capital e eles passaram a se ver com bem menos frequência. O que ela não sabia, até semana passada, era que seu amigo nutria por ela um romance desde o primeiro dia que se conheceram.
-O que você acha que eu vou fazer? Que vou largar toda vida que lutei esses cinco anos pra construir por causa dessa sua crise boba de saudade?
-Não é saudade Loi , como carinhosamente ELE a chamava, eu realmente a amo.
Como assim me ama, ela pensava quase descontrolada, ele teve CINCO anos para dizer isso e agora, que estou longe, ele resolve se declarar?
-Você não tem o direito de mexer com meus sentimentos desse jeito...
E um silêncio profundo se estabeleceu entre eles. O fato era que Louise havia começado a namorar com um rapaz há três meses, e sabia que era errado trair, mas ela conhecia Ramon há tanto mais tempo que a vontade de beijá-lo nem parecia tão ruim assim.
-Não, saia de perto de mim, eu nem sei porque estou aqui - falou ela enquanto ele tentava abraçá-la.
-Eu sei que você tem namorado, não vou fazer nada, mas será que eu não podia ao menos te dá um abraço...
E abriu os braços na esperança de que Louise cedesse, afinal de contas, ele não se tratava de um estranho e normalmente cumpria com suas promessas.
-É claro, um abraço não tem problema.
Ela se aconchegou em seus braços e por um instante esqueceu de toda boa vida que havia conquistado fora e pensou que podia ficar ali para sempre.
-Loi - interrompendo os pensamentos de Louise a voz doce de Ramon lhe pareceu irrecusável e enquanto ela pós o seu indicador nos lábios dele, como se pedisse silêncio, tirou sua jaqueta marrom de couro maleável e soltou ao chão.
-Não quero resistir a isso Ramon, eu não quero...
E ele a beijou, antes que ela concluísse qualquer ideia.
Quando isso aconteceu, foi como se seus pés flutuassem, e na verdade seu corpo estava nos braços daquele homem que ela enxergava apenas como amigo por tanto tempo, ele a levou cuidadosamente, mas não com tanto cuidado, até o seu quarto onde podiam ficar mais íntimos. A sua cama macia lhe pareceu tão convidativa quanto seus beijos doces e entorpecentes. Ele a soltou em cima dos lençóis de seda preto e ao som de "Misguided Ghosts - Paramore" - "O que eu posso fazer" ela pensou se rendendo completamente, esquecendo completamente e adorando completamente.
Cada botão de sua blusa fora praticamente arrancado, os beijos deixaram de ser doces e foram profundamente maliciosos deixando claro para os dois até onde iriam. Ele entrelaçou os dedos em seus cabelos longos e cacheados, sorriu enquanto apressadamente ela tirou-lhe o cinto. Ele gostou, não imaginava que fosse tão atrevida, chegou a pensar e gostou profundamente de ter descoberto em uma hora tão própria, a música já era outra, mas ela estava tão enlouquecida com as mãos tendenciosas de Ramon que passeavam com uma certa força e sensibilidade por suas costas que dificilmente se lembra qual era mesmo a canção, mas se não o conhecesse bem diria que ele teria reservado aquela play list para este fim: fazer amor com ela. Ramon dizia bem isso em seu ouvido: -Não quero que sejas como as outras, quero você pra sempre só minha e eu só seu, deixa? Talvez na hora estava tão cheia de prazer e êxtase que disse sim, sem pensar no que isso poderia implicar. E ficaram ali, ao som de outra e mais outra e até as músicas acabarem e o céu escurecer.
Enquanto ela dormia Ramon a olhava, examinava cada curvinha de seu rosto tão maravilhoso e no auge do gozo há meia hora. Mas não ousava tocá-la, tinha medo que ela acordasse e fosse embora, e tinha medo, principalmente, de que ela fosse embora.
-Está tudo tão perfeito - e riu ao pensar que foi um gostoso acaso aquelas músicas, a luz dentro de seu quarto e tudo mais, como se alguém tivesse preparado o encontro dos dois.

por - Laryssa Galdino

Bom dia Campina.



O dia começa, vi o céu aparecendo aos poucos por causa da luz do sol que se intensificava, o que me fez pensar em como amo a vida e em como amo poder fazer algo, mesmo que eu ainda não saiba exatamente o que :)

Como um beija flor.

Ontem a tarde a última coisa que me lembro de ter feito foi fechar o livro na página setenta e alguma coisa e me deixar levar por pensamentos de porque coisas do tipo acontecem? No livro que estou lendo uma menina de menos de 10 anos é estuprada e assassinada, não muito longe de nós Isabella também foi morta, e imagino quantas outras tantas crianças não o são dia após dia.
Isso me fez até chorar enquanto eu lia o livro, pensando na dor dos pais, nos questionamentos que acabamos fazendo a Deus e em um tudo mais. Às vezes, quase sempre na verdade, eu não gosto de pensar nas coisas ruins que acontecem no mundo, porque elas me deixam deprimida. Enquanto vivo com tanta liberdade e tendo tudo que preciso, muitas pessoas estão enfrentando situações de risco, à saúde, ao emocional, não importa de fato o perigo que correm, mas que o correm. E me sinto pequeniníssima quando contemplo minha completa incapacidade diante da miséria, da dor, das doenças que afligem tantos como eu: seres humanos.
É por isso que muitas vezes tento não pensar nisso, porque quando penso fico assim, buscando uma solução para isso. Eu penso que a culpa é de muitas coisas, mas principalmente da falta de escolas de qualidade. Acho que uma escola deveria formar uma criança em vários aspectos, não ensinar apenas os conteúdos pragmáticos do vestibular, mas incentivá-las a pensar, sobre como podem evitar situações catastróficas quando se tornarem adultas e responsáveis por si. Entre as coisas que acho que deveriam ser ensinadas na escola, uma deveria ser a pensar nas consequências de suas atitudes.
Eu vejo, praticamente todos os dias, mulheres com muito mais filhos do que poderia ter, e acho que a ordem em sequência do que isso gera todos conhecem muito bem, o que eu ainda estou tentando descobrir, é como em um mundo tão carente de cuidados eu posso fazer algo, na verdade sei que posso, só me resta descobrir o que, o que eu posso fazer?
Eu tenho muitas ideias e todas precisam de dinheiro, infelizmente não tenho tato para medicina muito menos estômago para a política, acredito mais na iniciativa privada mesmo, na minha iniciativa em particular, porque sei que um banco ou empresa só me apoiaria se fosse lucrativo ou bom para imagem deles. Enfim, chego sempre a mesma conclusão, que o negócio é eu estudar, ter um emprego lucrativo e investir nos planos que tenho, e de ante mão vou avisando: nos meus negócios são bem vindos os que têm vontade de ajudar ao próximo.
E que Deus nos ajude, porque é muito difícil mudar o que está ruim a tanto tempo, mas para Ele não há nada impossível. E eu acredito mesmo naquela história do beija flor, que sozinho tentava conter o incêndio na floresta e quando questionado pelo trabalho vão que fazia, respondeu : -se cada um fizer a sua parte, não será em vão. Talvez eu seja como esse beija flor, ainda não sei. Mas vou fazer a minha parte.

=)

Laryssa Galdino

quarta-feira, 24 de março de 2010

E o Brasil comigo?

Há um tempo para imaginar e um outro para criar. Tempo de observar, inventar e dizer. Porque o olhar apreende, distrai-se e transfere. Há as regras esquecidas num grito que na tela se expande. Há o poder de criar sonhos. Um dia depois do outro.

Eu sempre fui patriota e defendi os interesses do meu país, mas daí deixar que ele decida o que eu quero ser quando crescer é demais! Quando eu tinha 14 anos, mais ou menos, fui a uma exposição no shoppinng, que na época era o Iguatemi ainda, e fiquei encantada com todos os trabalhos manuais e peças da exposição, procurei então a responsável, a artista na minha opinião, e perguntei qual o curso que ela tinha feito na universidade e ela respondeu : - Desenho Industrial, na UFCG. Foi então que pensei comigo - É isso que eu quero fazer!
Passou o tempo, cheguei ao terceiro ano do ensino médio ou 2° grau e prestei vestibular para : de-se-nho in-dus-tri-al na UFCG, mas para quem não sabe, o curso tem um teste de habilidade que é aplicado antes do teste do vestibular, aqueles que não passam nesse teste tem o direito a prestar o vestibular para um outro curso da mesma área, no caso EXATAS. E foi o que aconteceu comigo, minha segunda opção foi meteorologia.
Cá estou, dois anos depois, numa aula de probabilidade e a professora pergunta, em um questionário aplicado em sala para obtenção de dados que seriam usados nos exemplos posteriores, qual seu GRAU de satisfação com o curso? Como cheguei atrasada fui uma das últimas a responder e lógico, olhei a resposta dos outros... de 1 a 7 a grande maioria respondeu 7 - totalmente satisfeito (super satisfeito) e eu respondi 4 - satisfeito (APENAS satisfeito). E isso me pegou, fiquei a semana pensando em como eu podia me contentar com isso? Caramba eu sempre defendi a ideia de que devemos fazer o que amamos e eu estava ali, acomodada há tanto tempo por acreditar que se eu não passei, no teste de habilidade, era porque não era pra ser, mas de ONDE eu tirei essa explicação? Eu não passei porque não me sai bem na prova, mas quem sabe se eu tentar de novo e de novo até conseguir?
Saí da aula incomodadíssima com o fato de ter me impedido esse pensamento nos últimos semestres!
Logo, porque não tentar?! Mesmo que eu não aproveite quase nada do que cursei até agora, não ligo! e daí que o Brasil precisa de mais meteorologistas se na verdade o que o mundo precisa mesmo é de mais gente trabalhando com o coração!!! (Fazendo o que se gosta). Eu quero trabalhar em algo que eu ame fazer, e não simplesmente porque é preciso ou porque é o que esperam que eu faça, até porque mesmo, segundo uma amiga disign, eu nasci pra ser design e todo mundo já sabia, só que eu com minha mania de tentar encontrar uma conexão em tudo, convenci a todos de que eu tinha tudo a ver com meteorologia. Menti, mas chegou a hora de confessar o meu erro e correr atrás do tempo mal usado.
Não me arrependo de nada nesses dois anos, posso não querer ser meteorologista, mas sou profundamente grata a todos que interceptaram o meu caminho nesse tempo de curso. Acho que de fato tudo cooperou comigo de alguma forma, eu gosto do que me tornei. (Tá vendo que fico tentando achar uma conexão ou sentido nas coisas?!) rsrs
Bem, boa sorte pra mim, vestibular ai no fim do ano ?! fiquem na torcida por favor.

Laryssa Galdino

terça-feira, 23 de março de 2010

Um laço bem notável.

Quem disse que a amizade é um laço invisível está muito enganado, eu acho que a amizade é um laço super descolado, colorido e notável. Afinal, de loooooooonge já se percebe quando duas pessoas são amigas, e eu só queria te dizer, a todos os meus amigos, que eu tenho laço de cores diferentes,e sabores inconfudíeis com você.

ps.: Um beijo especial pra Ellori ^^

Laryssa

segunda-feira, 22 de março de 2010

Jogar-se-ia?

Uma única maneira de chegar a você é seguir por uma caminho onde minha vontade precisa tornar-se a SUA, e estou tentando desesperadamente fazer tudo quanto me pediu. Mas sinto medo, eu sinto medo todos os dias, fico pensando se estou mesmo seguindo o seu caminho ou se apenas acho que estou.
O que Você quer de mim afinal? Porque me faz amar as cores, as formas e os sabores... no entanto estou metida com livros de cálculo? Porque me fez assim, amante das artes, da sobriedade e da intuição... no entanto estou metida em meio a loucos? Sabichões? Onde é o meu lugar?
Sinto que sou um pote de algo muito valioso jogado ao vento, não seria melhor se eu fizesse outra coisa? ou se eu estivesse em outro lugar? Acho, apenas desconfio na verdade, que todos os questionamentos serão em breve respondidos, e que de alguma forma eu O agrado mesmo cometendo tantos equívocos. Só queria que soubesse... que mesmo quando erro, gostaria de acertar, e que quando duvido preciso que me faças crê outra vez que é pra isso que eu existo. Então, por favor, se não for pedir muito: mostra-me depressa o lugar que devo ir e o que tenho de fazer, quero encarar minha vida como um objetivo semelhante a este: encontrar o ponto perfeito e me atirar, de cabeça, naquilo que terei certeza de que nasci para fazer! Mas por favor, se não for pedir muito, mostra-me depressa o que tenho de fazer, pois tenho medo de me perder nesse círculo de questionamentos e findar em nenhum fim. Mas eu não quero ser diferente das outras coisas do mundo, quero que haja um fim para mim também, um objetivo em minha vida que só eu possa cumprir, porque tenho certeza que não permitirei que outro faça aquilo que planejastes pensando em mim. Mas por favor, por favor me diga. Eu sinto medo todos os dias, de está caminho oposto a tua direção. Por favor, eu quase imploro, diga-me.

Laryssa Galdino

quinta-feira, 18 de março de 2010

Violência

Em uma semana assaltaram a minha colega de apartamento, uma senhora na entrada do prédio e um apartamento do outro bloco. De todos eu presenciei da minha janela o assalto a uma senhora aqui no estacionamento do prédio onde moro há sete meses.
Sabe, quando alguém me conta que foi assaltado fico comovida, mas nada se compara a ver algo tão de perto.
Era tudo ou nada, o assaltante parecia não ter nada a perder e é exatamente o que mais me assusta, saber que suas mãos estão dispostas a matar ou morrer, tanto faz, ele não tem mais pelo que lutar se não pela sobrevivência. Mas o que é sobreviver?
Será que é só a falta de oportunidade que transforma a cara de alguém como a que presenciei, um rosto vazio de esperança e morto de sonhos, só se destacava nele os olhos vermelhos por causa de alguma droga e a voz firme ordenando: "me passe o dinheiro! me passe o dinheiro!".
Não sei o que foi pior, presenciar o assalto ou ficar frente a frente com a minha finitude. Meu Deus! eu não pude fazer nada! eu se quer tentei fazer alguma coisa, diante daquele medo que me travou eu só conseguia pensar que se tratava de um pesadelo, que aquilo não era real.
Mais tarde, no entanto, desci as escadas e vi gotas de sangue no chão que escaparam da senhora machucada pela faca que o rapaz trazia na mão. Então não houve dúvidas, aconteceu.
Mas por que aconteceu, eu nem tento responder, aquele rosto é tão distante da minha realidade que eu se quer posso me por no lugar dele, eu não conheço o lugar dele.
É muito fácil culpar alguém, político, pelos problemas de violência. Mas acho que a culpa é minha também, afinal... o que eu fiz para tentar deixar as coisas um pouco melhores? Eu se quer sei o que fazer, tenho medo de entrar na favela cheia de ideias para levar educação e sair com um tiro em qualquer lugar do corpo. Afinal, o que é corpo para eles?
Um lugar pra sentir agulhas, um pedaço de pele, ossos e qualquer coisa que caiba muito desengano e falta de fé? Se eles soubessem o que é um corpo, não se auto-destruiriam. Mas será que é só culpa do prefeito ele está desse jeito? Não, acho que é culpa minha também. O problema é que não faço a menor ideia de como mudar minha rua ao lado, mas vivo fazendo planos sobre como mudar o monte de ruas que é o mundo.

Laryssa Galdino - vãerso mradua.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Mudei.

“A linguagem é inseparável do homem, segue-o em todos os seus atos. A linguagem é o instrumento qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade, seus atos, o instrumento graças ao qual ele influencia, e é influenciado; a base mais profunda da sociedade humana.” (Louis Hjelmslev, lingüista dinamarquês)

Quando li esse pensamento acima, tive certeza de que ele estaria em meu próximo post aqui no blog. Acho que porque ele resume muitos dos valores que tenho sobre o ato de escrever, me transmito ao outro, mesmo que subjetivamente, através de meus textos.
Ultimamente tem acontecido tanta coisa na minha vida, que eu poderia resumir em uma palavra: mudança.
Mudei a maneira de tomar decisões, pensando sempre naquilo que é necessário a ser feito e deixando um pouco de lado o sentimentalismo que tantas vezes me aprisionou em círculos solitários e egoístas, onde só eu parecia me importar com o que os outros pensariam e esqueci tantas vezes de pensar em mim, no que EU penso.
Mudei, escuto de outra forma os conselhos de pais e avós. Aprendi a admirá-los mesmo que sejamos tão diferentes em alguns aspectos, entendi que não adianta buscar uma certa perfeição porque de alguma forma seremos sempre falhos e eu preciso amá-los como são e não como eu gostaria que fossem, se bem que agora, eu gosto deles como são.
Mudei em relação a minha reação às pessoas e situações. Não me magoa tanto uma cara feia, uma mentira, uma besteira. Se sei que não vale a pena tal causa eu simplesmente não sofro por ela tentando entender as razões dos fatos. Quer me tratar mal? Ser egoísta e mentiroso(a)? tudo bem, isso demonstra falhas em seu caráter e não no meu!
Mudei como julgo quem me importa. Me importa mais quem em silêncio me aprova do que quem com gritos me condena.


Porque o essencial é invisível aos olhos e é importante que eu faça as coisas para cumprir com um determinado propósito que eu tenha, do que viver para deixá-los satisfeitos.

Laryssa Galdino - vãerso mradua.