quarta-feira, 20 de maio de 2009

Uma palavra em desuso.

Odeio todas as conversas, todas as mensagens e todas as sílabas e até mesmo o nosso silêncio
Odeio as lágrimas escondidas, as nossas despedidas e até os reencontros
Odeio o fato de tudo ter acontecido, de não sermos mesmos só amigos, de ter te querido
Odeio todos os olhares, as músicas e os toques
Odeio todas os batimentos acelerados, tudo que foi inevitável
Odeio saber que estou de certa forma na sua vida
(porque eu não me desintegro?!)
Odeio todos os carinhos, tudo que não foi planejado, o nosso separar de mãos
Odeio as coisas como aconteceram, os obstáculos, os sentimentos
Odeio até os pensamentos, as possibilidades que não existiram (será mesmo?)
Odeio o modo como me trata, odeio como fico sem graça, odeio tudo que você declarou pra mim
Antes não tivesse dito nada, antes não tivéssemos nem ido
Odeio você ser tão maravilhoso, odeio seus defeitos, odeio tudo e até o simples fato de você existir
Odeio termos o número um do outro, o msn, o desejo de está perto
Odeio todas as entrelinhas, todos os questionamentos, todas as dúvidas
ODEIO
Em um dia em que tudo ocorreu basicamente tão bem, eu não deveria,
mas odeio tudo, mais que tudo: hoje
odeio principalmente o fato de ser tudo quase absolutamente mentira
Mas mesmo assim, eu precisava dizer que odeio tudo
que odeio você! Que odeio nem sei porquê...
mas hoje eu só odeio, todos os momentos que agi feito idiota
odeio como fecho a porta
odeio como acordo de manhã
odeio como sou tão infantil
odeio como sou boba
odeio tudo que fiz, faço e odeio até o que farei
odeio todos os comentários, todas as fotos e até as mais simples lembranças
odeio todos os passeios, as mãos dadas, os abraços
odeio tudo e tudo que não escrevi, odeio tudo que escrevi
odeio, odeio, odeio.

Laryssa Galdino
(a-dor-odeio)

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