Aleatoriamente, "nada" foi a primeira palavra que pensei para enfatizar que eu acabara de dizer n (ene) e não m (eme) "ene de nada" ou algo do tipo, enfatisei... logo um colega, ao qual dedico este texto, incentivou-me a escrever algo sobre o nada... e é o que estou fazendo ou pelo menos a tentar nesse momento.
Enquanto minha consciência me condena por eu não ter feito a lista de exercícios de ICC (por ter ficado fazendo nada), eu estou cá com esses benditos números binários, que eu não sei se quer por onde vai, ou seja: eu não sei nada. Decidi que não tirarei minhas dúvidas mais pessoalmente com o monitor... vou enviá-las por e-mail. Sério mesmo, eu perguntei uma coisa tão óbvia a pouco, que certamente ele deve ter pensado que eu só perguntei porque o quero perto de mim. Ou talvez, ele não tenha pensado nada.
Sabe, não importa o quanto eu tente fazer esses programas corretamente, meu professor sempre vai encontrar uma coisa aonde eu poderia melhorar,mesmo que seja em quase nada, e é exatamente por isso que gosto dessas aulas aqui. Porque me sinto cobrada a fazer algo que eu posso. Ainda que eu não saiba de nada. Gosto de quando me exigem algo que sou capaz de fazer. Acredito que coisas fáceis demais de serem conseguidas perdem seu encanto. E que deva ter sido por isso que não consegui namorar com alguns garotos, por que eu facilmente me apaixonava, e definitivamente... não dava em nada, porque homem que é homem não gosta de mulher fácil. Eu não sei porque, mas acho que finalmente aprendi. De uns tempo pra cá eu realmente acho que "solteiro" vai ser meu status no orkut por um longo tempo. Ou quem sabe, eu deixarei nada por lá, um espaço em branco, "sem resposta".
Nada contra os homens, acho até que eles são uma espécie bem interessante e alguns realmente atraentes após anos de evolução. Mas é que, sinceramente, não quero estar com alguém por está, quero sentir falta do amigo tão presente, e não simplesmente me acostumar com sua presença. Quero acordar pensando nele, e ficar feliz quando ele me ligar. Quero desejar seu bem, mesmo que este não esteja ao meu lado. Mas não sinto nada parecido no momento, portanto, não tenho motivos fortes o bastante para estar com alguém. E não penso que esteja perdendo nada com isso.
Não estou decepcionada, nem nada. Acredito mesmo que todas minhas experiências contribuíram para que eu aprendesse a querer alguém pelas suas características, por ser especial para mim e não por que é legal compartilhar a vida com um ser do sexo oposto e ainda poder beijá-lo sempre que me der vontade. Se bem que, beijar realmente é bom, e naquela universidade tem muitos lugares que realmente seria maravilhoso ser beijada por um cara. Mas não quero alguém por carência. Não o quero nos momentos em que eu não tiver nada pra fazer.
Posso resumir todo meu esforço em explicar o nada, a dizer que este realmente é importante-especial para mim, por isso eu prefiro o nada agora, e quem sabe algo depois.
Engraçado porque o nada por aqui teve várias funções, de sujeito a advérbio, e talvez tenha até tornado meu texto um tanto patético, e mesmo que tenha sido um tanto nada a ver, em meu íntimo quis apenas mostrar que o nada é tão importante quando o tudo, e que ter nada às vezes é diferente e talvez melhor que não ter tudo, ou que o ter.Como não se pode de fato saber, desejo um bom nada pra você hoje, e que este venha sutilmente como o bater das asas de uma "manada"de borboletas coloridas em câmera lenta.
Viva o nada de cada dia.
Laryssa Galdino