quinta-feira, 28 de abril de 2011

Abraço.

Nesse meu contentar paladino
eu fico certo!
que teu abraço,
vale o tempo
que por ele espero.

Laryssa

domingo, 24 de abril de 2011

A versão dela.

Se minhas palavras entrassem em você como um sutil raio de sol quando atravessa as folhas e toca o chão, ou como uma gota d'agua que evapora antes mesmo de alcançar a superfície, ficando pelo caminho, deixando-o mais úmido, eu diria: não me esqueça. Como um sussurro sensual nos teus ouvidos, tão próximo o bastante para te fazer respirar pausadamente.

Não permita que eu saia da sua vida... não me deixe escapar do que sinto quando você me toca. E até mesmo quando você só me olha meu corpo inteiro deseja o seu. E quando você me diz que sou bonita eu dou risada, penso totalmente segura de que seria ótimo sairmos daqui e ir para outro lugar.

Termine o que está fazendo, eu vou na frente preparar nosso quarto, quando você chegar, eu vou está esperando por você, pelas promessas que nunca me fez e mesmo assim as cumpriu todas, quero você perto, em cima, dentro... não me deixe apenas imaginando o quanto seria bom um momento com você.

E quando você chegar, não precisa me perguntar nada... e mesmo se perguntar, responderei sempre atenta com palavras doces que serão o presságio a minha língua em toda sua pele, em todo você.

Não se preocupe, você não precisa parar, se eu morrer será uma morte feliz com certeza, mas se me permitir que eu viva, não me quase mate só dessa vez. Faça do seu jeito, eu gosto muito do jeito que você faz tudo, me sinto tão especial e fecho os olhos, sinto sua respiração, mais e mais perto de mim, por favor não pare, e se parar me convide a te ajudar a continuar.

Sim, como eu quero isso, eu não tenho nenhuma dúvida agora que estamos aqui, e tudo que eu faço é pra fixar teus olhos em mim, quero que essa noite seja inesquecível, porque eu não me arrependo do que estamos fazendo, não penso em nada lá fora, o mundo acabou quando passamos pela entrada e eu só quero você, mais perto, em cima, dentro.

Você me deixa louca, não, você não me acalma, você me acelera, você faz meu sangue correr pelas veias, eu sinto meu corpo inteiro agora e eu quero dá-lo a você, mesmo que só por hoje, e é por não ter certeza de nada que vou me permitir, essa noite eu sou fruto do nosso querer.

Aperfeiçoa-me em teu ritmo, ajeita-me em teu corpo, eu não quero mais nada, eu não quero está em outro lugar, só aqui é o que importa, só agora e você me pegando toda, se perdendo em mim e eu te deixando fazer o que quisermos.

Não me sinto mais uma nem puta... tudo que sinto é o teu corpo quente compactuando com o meu um segredo, tudo que sinto é a maciez dos teus lábios em mim, deslizando... me provando, me gostando, me deixando mais e mais louca por você.


Laryssa

domingo, 17 de abril de 2011

Comentário filmelístico.

Acredito que se sentir importante é a coisa pela qual todos procuram, acabei de assistir ao filme Bruna Surfistinha... e como vocês sabem a parte mais importante pra mim do filme são os créditos... gosto de ficar ouvindo aquela musica final, e as letrinhas subindo, como se o diretor me convidasse a pensar sobre tudo que ele acabou de me permitir assistir... e eu fico ali, pensando... Tudo bem que muita gente vá pensar besteira com esse post, e se você for uma dessa pessoas palavras torpes pra você, mas eu gostaria de dizer que eu entendo ela... entendo esse desejo de não querer que ninguém seja seu dono, que ninguém lhe salve... que ninguém tire de você o gosto de ter nas mãos as rédeas da própria vida.

Talvez eu não tenha a coragem dela, no que desrespeito a dá pra um monte de homens, feios e nojentos... etc etc, de sair da casa de meus pais e virar puta... porque ao contrário da Raquel - a Bruna Surfistinha, eu acredito que a melhor maneira de conseguir essa independência é através dos meus estudos e de ser a melhor na profissão que eu escolhi. Não a melhor no sentido de passar por cima dos outros, mas de se empenhar no que me for pedido pra fazer e fazer o melhor. Sempre pensei assim, que não importasse o que acontecesse eu iria estudar, eu iria ter boas notas, e que vencerei pelos meus próprios esforços, provando por A mais B que sou capaz.

Mas voltando a ela, a menina mimada que vira prostituta... eu entendo ela, acho que até completamente. Um dos motivos pelos quais deixei de ser evangélica, foi por buscar sempre entender as pessoas antes de julgá-las, muitos dos evangélicos que conheço simplesmente diria que ela é perturbada e tem o demônio no corpo... mas eu não penso assim, ela só queria ser dona da própria vida, discordo dos métodos, mas entendo a intenção.

E acho que não devo gastar minhas palavras falando mal de ninguém, todo mundo está tão cansado de receber criticas, que se criticar for tudo que eu souber fazer, melhor não fazer nada. Mas eu não sou assim, eu não sei apenas ver o lado ruim das coisas, nem apenas reclamar porque tudo tá uma merda, eu vejo esperança em tudo, mesmo que você me ouça reclamar, logo em seguida me verá falando algo positivo, eu sou assim, otimista em tudo, e não adianta me chamar de sonhadora ou boba porque isso não vai me abater, nenhum um pouco.

Mesmo assim, sei ter os pés no chão também, aprendi que nem sempre idealizar e criar expectativas é bom, na verdade... tirando os filmes de ficção científicas e a literatura não me arriscaria idealizar nem expectativar demais em nenhuma outra área da vida.
Bom Domingo (: Laryssa ;)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

sessão da tarde.

eles gozaram
e depois ela atravessou a rua
como se atravessar a rua fosse
a coisa mais simples do mundo.
eles se olharam
eles saltearam um ao outro
tem um pouco de mim em você
tem marcas de você em mim.

Laryssa

sábado, 9 de abril de 2011

Ser mãe.

Quando eu tinha mais ou menos uns doze anos, assisti aquele filme "10 coisas que odeio em você" e decidi que não compraria nenhuma calcinha preta! Pra quem assistiu o filme vai entender porque. A ideia de fazer sexo meio que era repudiada na minha cabeça, ter um filho então?! Nem pensar... uns cinco anos depois conheci Steffany, a menina mais linda do mundo que na época ainda era um bebezinho. Eu dei banho nela, cuidei de seu corpo frágil e delicado, fui mãe por uns meses... pelo menos nessa parte de cuidar de um ser tão pequeninho!

É inexplicavél o que você sente vendo alguém tão inocente e sem menor noção do que é o mundo dependendo de você pra tudo!

Ontem, fui dormir na casa da minha amiga e reencontrei a Tété *__* ela tá com uns 4 aninhos já... a coisa mais linda e esperta do mundo (: E tive de novo aquela sensação de ser mãe enquanto eu convencia ela a escovar os dentes comigo, pro monstrinho não comer nossos dentes e depois quando convenci ela de que o celular precisava dormir tanto quanto a gente e por isso ela devia deixar ele quietinho rsrs

Sim, ela escovou os dentes depois de eu subornar ela com uma balinha e deixou o celular quetinho pra dormir ^^ A gente lá abraçadinha... de uma certa forma me fez sentir a responsa de ter uma criança... hoje uma ideia mais cabível, MAS NÃO AGORA rsrsrs.

Enfim, ser mãe é algo tão especial, não entendo como muita gente não valoriza essa benção. Ou como tem tanta gente que tem filho só pra receber o bolsa pré-natal ¬¬ alguém explica pra essas "mães" que o bebe cresce depois ok?!

Enfim, foi muito muito bom ter visto a linda da tété ontem, e ter pensado um pouco na vida (:


Beijo pra quem é de beijo e aperto de mão pros demais.
Laryssa

Livros não são encontrados na Farmárcia.

Eu sei o que quero


mas talvez devesse procurar em outro lugar.


Eu não vou achar livros em farmárcias


nem felicidade em você.


Laryssa

terça-feira, 5 de abril de 2011

Você

Não sei porque tou chorando se foi eu mesma quem causou isso essa minha pressa essa minha impaciência Errei e não nego, querendo que o tempo passasse logo querendo mais que o que eu podia ter Errei. E agora eu fico aqui chorando relembrando os momentos simples que conversamos que vi em você uma coisa que pensei que não ia mais encontrar: verdade. Não era um título que eu queria era você seu abraço de novo sua companhia mesmo que quandodessesó E agora parece que nada pode me consolar nada nem um monte de gente me dizendo que sou linda especial e que alguém vai querer me namorar. Estou inconsolável eu nem queria um namorado eu queria mesmo era você. Até enquanto a gente se quisesse e eu ficaria feliz. Laryssa Eu gosto de te surpreender, mas eu queria mesmo te superter.

domingo, 3 de abril de 2011

Completo Estranho.

Ela estava no mesmo bar de sempre, o Glame, um lugar simples pacato de cores fortes e meia luz onde ia pra desparecer e tomar umas cervejas. Mas naquele noite foi diferente, tssss, ela se virou atraída pelo som da latinha de cerveja recém aberta e vio um homem atrente sentado há uns dois metros, tssss, ela abriu também a sua e eles se fitaram por um instante como se brindassem com os olhos.

Era um homem que não dava para passar despercebido e, tssss, a cada nova latinha aberta se olhavam, como já se querendo mais que aquela contemplação. Ele levantou-se para ir ao banheiro e passou próximo o bastante para que ela percebesse o seu perfume excitante, ela ficou pensando a respeito daquele cheiro, como se imaginasse com o nariz o cheiro completo do corpo dele, como se imaginasse ele inteiro... foi quando ele voltou e sentou ao lado dela, com um olhar penetrante a encarou, como se já suspeitasse os pensamentos da mente dela, e concordasse.

Não foi preciso uma palavra, ele ofereceu a mão como se fosse convidá-la para dançar, e ela quase que num relfexo imediato aceitou a mão dele, levantaram-se das cadeiras de pernas longa de madeira e caminharam juntos até a porta do bar, ela sabia que a música seria ouvida apenas pelos dois, estava tão vidrada na ideia de possuí-lo que não se importou em para onde era levada.

Em algum lugar onde se ouvia apenas vestígios da música do Glame e a luz apenas da lua que entrava por uma frecha de umas das janelas eles se tocaram a primeira vez, pela respiração. E quando juntos parecia puxar o ar para os pulmões num mesmo rítmo a dança começou. Ele venceu a distância do ar entre eles e a beijou demoradamente. Um beijo libertador.

A mãos delas ainda trêmulas se desvencilharam do corpo e avançaram sobre o dele, primeiro por cima da camisa, como que reconhecendo a fina fronteira de roupa e corpo, depois meteu as mãos por dentro do espaço do primeiro botão entregue e o tocou pele a pele, costas, ombro, tórax, e arrancou a camisa, fazendo alguns botões voarem para longe deles e outros ficarem segurados por um pequeno pedaço de linha na camisa clara, incrivelmente cheirosa. E a boca alcançava logo depois cada parte que a mão apalpava, e num gesto de redenção ela se ajoelhou e o olhou como se pedisse perdão pelo prazer que o proporcionava e libertando-o das amarras de cinto e calça esfregou seu rosto como quem se esfregava em um travesseiro, em uma cama quente, como uma bebê em um prato de papa.

Agora era ele inteiro dela e apenas uma lembrança musical do Glame. Chegou a vez dele não desapontá-la, não que isso fosse possível na cabeça dela, ele a ergueu como quem resgata alguém das profundezas do inferno e a abraçou e a beijou com tanto desejo que seu corpo estremeceu e ela ficou totalmente entregue a ideia de deixá-lo tocá-la por dentro. Ele meteu as mãos por debaixo de sua saia e percebendo o seu sexo molhado puxou ela para mais perto como quem livra alguém de ser atropelado e enraizou-se no corpo frágil dela. Ela o invadiu como um primeiro raio de sol em seu mundo vazio. E ali experimentaram aquilo que facilmente confundem com amor, naquele momento podiam jurar qualquer coisa movidos pela felicidade de suas entranhas, até a eternidade efêmera do mundo real.

Laryssa

Porque amar na prosa e nos poemas é possível.