domingo, 31 de outubro de 2010

[Fêmeas] #1



de tanto em tempo atrás
as mulheres lutaram por mim
diziam-se FE-MI-NIS-TAS
mas tão frágeis quanto eu
lutaram pelo direito ao sufrágio
e eu luto pelo direito a ser frágil
Não é fácil!
Vez ou outra vem uns homens
se achando donos da iniciativa
e me condenam
vez ou outra vem uns mulheres
vatiocinadas por falsa moral
e engolem seu apetite natural
para satisfazer outréns.
MULHER!
Ah, como é trágico e bom
tão melhor seria se fôssemos
Fêmeas.
As gatas não se intimidam
as humanas tem essa coisa que atrapalha o livre arbítrio:
a preocupação com o que o irmão vai pensar.

Laryssa

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

como é bom ser eu.




Hoje percebi que não preciso ficar buscando ser coisa alguma... a maioria das pessoas não vai me notar, mas isso não importa! As pessoas que eu preciso que me notem, me encontraram (ou me encontrarão) sem que eu precise fingir ser qualquer coisa e é assim que deve ser. Que graça há numa verdade fabricada?
Falar de mim não adianta, eu sempre mudo alguma coisa minuto a minuto. Mudo de roupa, de cor de cabelo, mudo até de sentimentos. É por isso que é tão difícil me acompanhar, sou uma roseira em crescimento. Mas sou uma roseira, e é importante saber que ser isso siginifca ter coisas boas e ruins.
Às vezes firo com meus espinhos... e como firo! Noutras alguém consegue captar o melhor de mim... como se em um cheiro conseguisse prender dentro dos pulmões a essência Laryssa. E essa essência é complicada de definir, no entanto, gosto de uma frase da Clarisse que mais se aproxima do que sou: "Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, Depende de quando e como você me vê passar".
É interessante como estamos de alguma forma por buscar definições para o que somos, precisamos sempre de um título importante acompanhando o nosso nome para que se valorize a nossa opinião. Doutor fulano num sei das quantas, Profissão + Nome +Sobrenome Importante, Presidente da Organizações da Nações Unidas Beltrano, etc, etc, etc. Eu sou Laryssa. E ele é João meu amigo, ou Maria minha prima... ou Juracir, meu amor.
As pessoas deviam ser definidas apenas por duas palavras um pronome possessivo + um subtantivo ou adjetivo... até porque quem não gostaria de ser chamado assim: Severino, minha inspiração... eu adoraria (rsrs).
Títulos são importantes, todo mundo tem de aproveitar as oportunidades de estudo e crescimento profissional na vida, um ser-sem-ocupação é muito monótono e eu, pelo menos, só gosto da companhia de gente que faz alguma coisa na vida. Tipo... colecionar tampinhas de garrafas de bebidas alcóolicas! O mérito não está na ocupação propriamente dita, maaas em se ocupar! :D
Eu sou Laryssa, apaixonada pela escrita, por descobrir - mesmo as coisas que já existem e pelo céu (nuvens, estrelas e astros num geral), observadora de pessoas-e-qualquer-coisa-que-me-interesse, arquiteta de sonhos, aprendiz de corte&costura, fascinada por viver e aprender qualquer-coisa-que-me-interesse. Eu amo filmes *_* e ouvir músicas que podem ser tocadas em quatro acordes (vide ):P, mas você só precisa, realmente, saber... que sou Laryssa mesmo, o resto eu escrevi pra dar um ar de pessoa-excepcional (rsrs). Enfim... eu sou tanto, e como diria mais uma vez a Clarisse (sim, eu gosto das coisas que ela escreve) - eu já ultrapassei meus limites e sou coisas que não alcanço. Ela não disse exatamente assim, mas que seja, já ouviu falar paráfrase?!

Beijocas

Laryssa

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pra ser sincero.

Estou entrando na minha primeira crise pra escrever...

Sua cina

Menina, bonita passeando na praça
pelas esquinas ela passava acanhada
é que esses cantos são de puta às altas hora da noite,
(disseram pra ela)

Ai como ela queria ser puta então!
Na sua cabecinha, aos dez anos
ser puta era poder ficar até mais tarde na rua
e poder andar por qualquer lugar...

Hoje... mudou
ser puta virou tão relativo...
que ela nem sabe direito definir,
mesmo assim, ela ainda evita as esquinas
depois das 1 e 45 da madrugada, claro.


Laryssa Tertuliano

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Seja bem vinda, mas não demais.

Sabe, hoje senti que não sou bem vinda. Não de verdade. Acredito que a amizade é um sentimento que flui naturalmente entre as pessoas, não adianta forçar nada. Infelizmente, às vezes conhecemos as pessoas em fases ruins de nossas vidas, acabamos agindo mal com elas e assim deixando uma impressão que não é das melhores... quase sempre, o resultado é óbvio, liberdade demais + pouco diálogo = coração partido.
Fato que a gente sempre tenta lutar contra os preconceitos, e não me refiro aqui a racismo ou discriminação sexual, e sim ao literal da palavra, a julgar uma pessoa por um ato, por uma infeliz ação... e aí galera, quando isso acontece, você pode ser maravilhosa o quanto for, mas fudeu!
Ah Laryssa, quanto drama! Você é uma neguinha legal, dá pra notar numa primeira conversa... é, pode até ser, mas inventa de passar de uma conversa pra você ver como é que te classificam. Fácil é o elogio mais ameno.
Eu sei que importante é não se importar com o que os outros pensam de você, porque quando isso acontece você se torna uma pessoa insegura e fraca de espírito, mas venhamos e convenhamos, a gente nunca gosta de sair cagado de uma história... ainda mais quando você sabia todo protocolo de como agir e faz tuuuuudo o contrário, mas quer saber broder? Fuck You!!!
Às vezes a gente erra mesmo... e tentar contornar a situação só aumenta o fedor da bosta... enfim, melhor é aceitar que se foi ao pote com muita sede, como diria minha avó e acabou se engasgando... sabe aquela situação horrível que a água sai pelo seu nariz e você fica se passando nos cantos? Por mais que você saiba beber água direitinho, uma vez ou outra vai acontecer de se engasgar... e aí paciência! Ou vai morrer por um acaso?
Concluo essa minha reflexão escrevendo que quanto mais penso, mas vejo que não tem o que se fazer... acho que nem tempo resolve uma primeira má impressão deixada, mesmo assim, a vida continua e novas oportunidades de se beber água surgirão, mesmo que não seja do mesmo pote...

:)

Laryssa

É só uma fase.



Quando se tem uns quatro anos e as palavras nos são conhecidas, tudo que queremos é saber a razão das coisas, e a mamãe fala que estamos na fase do "porque". Porque o céu é azul? Porque quando eu espirro fecho os olhos? Porque a gente tem unha? Pra que serve a sobrancelha? Como foi que eu nasci? E por aí vai... a gente tem uma necessidade de descobrir o mundo e talvez por isso que as perguntas são infinitas.
Depois começamos a fase de querer mostrar o quanto somos espertos, ai a gente se amostra que é uma maravilha! Mostra o que fez na escola, o novo truque de mágica que aprendeu com o tio a pirueta que praticou na bicicleta... e ai de quem não nos der atençao!
Ai, a gente cresce mais um pouquinho e começa a se achar muito grande pra certas coisas, começa a exigir a roupa que vai vestir, e já diz que vai ser dançarina ou astronauta quando crescer. Bobagem, bem no fundo ainda somos crianças assustadas sem entender patavina sobre o mundo, mas a gente já não pode chorar por que é grandinho demais para isso, só que não pode brincar até mais tarde na rua porque ainda se é muito novo... antes da adolescencia, a gente vive uma fase em que não se sabe direito se é muito pequeno ou muito grande, e quando já estamos lidando com essa bipolaridade das permissões, ora podemos, ora não... entramos na fase onde tudo muda... fisicamente principalmente, porque o psicológico não pára de mudar nunca.
Depois que os hormonios se estabilizam um pouco, vem a fase de se preocupar com o que vamos ser daqui há dez anos, é chato pensar nisso quando se tem vinte anos... imagina pensar nisso com míseros dezessete?
Pois é... mas já não é denaçarino nem astronauta que queremos ser... escolhemos algo que tem mais a ver conosco, pelo menos eu tive a sorte de ter pais que não me impuseram nenhum curso, apesar de minha mãe querer que eu fosse médica e meu pai engenheira, eles aceitaram bem a ideia de que eu quero desenho industrial.
Sim, mas falando da fase que eu esotu, essa entre vinte e vinte um anos... que fasinha menina! É uma fase meio Roberta Miranda sabe, com um monte de coisa na cabeça? Verdade, queremos descobrir o mundo, viver todas as experiencias possíveis. Perdemos noites de sonos só pra está ao lado de quem reconhecemos como nossos irmãos... escrevemos poemas, contos histórias impossíveis. Vivemos amores, assistimos filmes, pulamos refeições, lemos, pensamos, questionamos... queremos uma revolução! Aos vinte anos, vivemos uma fase... que eu chamaria de decisiva... é mais ou menos com essa idade que você sente um desejo profundo de se jogar no mundo e absorver tudo quanto puder carregar com as mãos, bolsos e a ponta do nariz. Daqui há dez anos, tudo vai depender do que eu começar fazendo hoje... é por isso que é uma fase tão importante.
De todas as pessoas com mais de trinta anos que andei conversando, o conselho que mais ouvi foi o seguinte: "aproveite essa fase"... e é o que eu estou fazendo.

Beijocas

Laryssa, vulgo lala :)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Pipa - RN




Em umas dessas conversas numa mesa de bar, onde qualquer coisa é engraçada depois de umas cervejas ou qualquer ideia se admite, proporam a mim uma viagem: ir pra João Pessoa ver o sol nascer. Eu que estava de carro e doida por uma aventura se quer evitei... abastecemos o carro e fomos rumo às infinitas possibilidades.
Foi exatamente assim que o feriado começou pra mim na ultima sexta-feira.



No sábado pela manhã... depois de devolver o carro inteiro pra os meu pais, arrumei uma mochila e tomei rumo para PIPA, um lugar que vai ficar pra sempre na minha memória. Depois de uma viagem cheia de paradas pra descobrirmos o caminho correto chegamos ao refúgio das fadas, uma pousada liiiiiinda com um dono encantador, seu Ricardo tem uns quarenta anos ou mais, fala mansa e com uma aparência de homem muito íntegro nos chamou logo para uma roda de conversa onde nos aconselhou: curta a juventude de vocês, não liguem pra o que eles dizem... curtam bastante.


Apesar de não entender muito bem quem são o eles da conversa, tomei pra mim aquele conselho de curtir minha juventude... e principalmente de me curtir. Foi o que fiz.
Depois de um bom cochilo pra recompor as forças fui pra praia do amor onde vi o nascer do sol, vendo toda aquela natureza acordando diante de mim, agradeci a Deus por existi e pedi a Ele muita saude mental pra viver, porque uma pessoa que não se compreende é infeliz.





Os outros dias tiveram uma rotina semelhante... exceto pelo dia que quase morri afogada. Estávamos na praia e pensei em dá um mergulho no mar, só que as ondas estavam extremamente fortes e não conseguia sair do mar, pensei que ia morrer... quando o goinha -um amigo me ajudou a sair... ficamos os dois agradecendo a Deus por ter salvo nossas vidas, depois disso ficamos o tempo todo agradecendo e valorizando ainda mais o que temos de mais precioso que é a nossa existência.


Por está acompanhada de quatro amigos, acredito que os caras ficavam intimidados de chegar em mim, o que era motivo de risada pros meninos... mas não achei ruim não... meu objetivo em PIPA com certeza foi cumprido: descobrir mais de mim e me curtir, certamente voltarei aquele lugar pra conhecer as outras praias, pra conversar mais sobre as coisas da vida com o seu Ricardo e pra contemplar e agradecer a Deus por tudo que Ele criou.



O mar me ensinou meu limite
contra sua força eu não tenho chance
Pedi licença pra entrar nele outra vez
e suas águas brandas me acolheram
Diante do mar,
entendo meu valor, minha insignificância
se um dia eu amar,
vou entregar meu coração a ele
que tão natural me encantou
me fez sentir veneração e temor
e por isso, por isso só o mar me merece.

Lalazinha

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A liberdade da mulher.

Acredito que concordamos ao dizer que desde a revolução industrial e o surgimento dos movimentos feministas pelo mundo, a mulher não é mais a mesma, isso porque a cada dia ela vem conquistando seu espaço em diversos ramos, competindo quase de igual maneira com o homem. Eu digo de quase porque infelizmente em alguns assuntos a mulher ainda é julgada negativamente, enquanto o homem se safa fácil.
Não quero debater conceitos cristãos aqui, apenas um assunto que surgiu em uma rodinha de amigos e gostaria expor melhor minha opinião sobre a liberdade sexual da mulher.
Atualmente os tabus sobre sexo vem sendo superados eu ,por exemplo, tive um diálogo bem mais aberto sobre o tema com meus pais, do que eles tiveram com meus avós e certamente, quando eu tiver filhos, a conversa vai acontecer ainda mais direta e simples.
Mesmo com a abertura gradativa do diálogo sobre esses assuntos tão íntimos, as mulheres ainda "sofrem" debaixo da ideia de que se ela quiser sexo ela é fácil e portanto não será valorizada.
Na verdade mesmo, minha avó que raríssimo, raríssimo mesmo fala no assunto, defende a ideia que só da mulher querer sexo ela não será valorizada pelo homem. Isso porque existe uma nuvem negra pairando sobre esse assunto tão delicado. Como se desejo sexual fosse coisa de homem, e mulher que se preze não pode querer... fazer muito menos, e se for no primeiro encontro então! Danou-se.
Mas acho isso muito injusto, mulheres têm tanto desejo sexual quanto homens. Quem disse que a gente tem de ser o freio da relação está tão enganado quanto quem acha que os homossexuais vão deixar de existir por causa do barramento da legalização do casamento gay (falarei sobre homossexualidade em outro post).
Enfim, considero que a mulher, assim como o homem, tem uma coisinha chamada libido e que ele pode aflorar nelas tanto quanto neles. Não existe isso de a mulher ter de fazer doce pra ser valoriza, do mesmo modo que não é legal achar que um homem é viado só porque não tentou transar com a menina.
Convido a todos e todas a pensarem no assunto, e lembro que o equilíbrio é essencial. O próprio Paulo - seguidor de Jesus, nos ensina em 2 Timóteo capítulo 1 verso 7 a cerca da moderação: Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.

Beijo pra quem é de beijo

Laryssa Galdino Tertuliano