terça-feira, 31 de março de 2009

O pequeno garoto Sty.

Era uma manhã de sábado, e seus olhos brilharam ao ver sobre o sofá uma caixa que dizia, pelo menos para ele, SONHO REALIZADO!, eu nem sei como ele conseguiu conectar todos os fios e entender como aquela máquina funcionava, fato é que seus dedos, um pouco trêmulos diante da novidade, buscavam de qualquer forma colocar aquilo tudo pra funcionar. Uau! Acho que foi o que ele pensou quando tudo estava finalmente instalado e pronto pra ser usado.
Ao ligar o seu computador e conectá-lo a Internet ele entendeu que tinha mesmo o mundo inteiro em seu quarto, agora ele poderia viajar na fascinante descoberta dos monstros e personagens de RPG, e de outros tantos jogos que hoje ele lembra orgulhoso que conseguiu zerar. Que fique bem grifado aqui, que essa é uma narração de como eu acho que foi o passado desse cientista da computação.
Certamente em sua mente, eu nem existia. Laryssa Galdino não seria nem de longe uma pretensão daquele garoto estudioso e encantado por jogos. Eu o chamei de pequeno Sty, pois ele só tinha 13 anos, mas ainda assim acredito que ele já era tão determinado e esperto como hoje. Sabe-se lá o que se passa na mente de um garoto com essa idade, e no último sábado depois de ele me explicar o advindo desse apelido estranho, tentei mergulhar em sua realidade e imaginar o que realmente se passava na mente dele.
Confesso que é difícil fazer isso, imaginar uma pessoa a quem não conheci nessa época, tenho um desejo de acertar e ao mesmo tempo sinto medo de fazer definições pomposas demais. Mas verdade seja dita, eu acho que o Sty era esperto desde pequeno. Às vezes ele fala que se tivesse me conhecido nessa época não teria me dado importância, já que eu teria só 9 anos, certamente se acharia mais legal que eu para se envolver de alguma forma comigo. Então, por ai eu imagino que o Sty não tinha senso de reconhecer uma beldade, já que eu sempre fui linda e maravilhosa. (risos) Brincadeiras a parte, eu imagino que se a gente tivesse se conhecido nessa época, talvez, eu seria aquela menina que ele ia puxar o cabelo de vez em quando ou dizer que eu não fosse em tal lugar porque um monstro poderia me comer viva e aprisionar minha alma (risos). É, eu acho que ele era um pouco malvado com as crianças menores que ele.
Por outro lado, acho que ele também era bonzinho, ou bondoso. Visto que certamente sua cabeça já borbulhava de sonhos, como o de se formar e comprar uma jóia pra mãe. Certamente o pequeno garoto já tinha traçado um monte de planos perfeitos pra atingir seu objetivo de ser um vencedor.
Seus dedos agora nem são mais trêmulos diante do teclado e do monitor. Hoje... "muitos anos depois" um monte de coisa mudou na vida dele - menos a reforma interminável da casa (e por isso ele é o único que me entende quando eu digo que não quero nunca reformar uma casa, mas ele também me entende em n outras coisas ^__^) alguns sonhos ele realizou, outros deixou aguardando e um, que ele nem tinha pretensão, conseguiu : o amor daquela garotinha de 9 anos que ele conheceu nove anos depois. Uma garota cheia de sonhos também, que se sente a pessoa mais especial do mundo ao lado dele. Sty, Hugão ou simplesmente MEU-BEM, quero dizer que é engraçado imaginar o que se passou na sua mente durante todos esses anos, mas quero dizer o que se passou na minha nesse momento enquanto eu escrevia sobre você: se passou em minha mente que todos os nossos caminhos se entrelaçaram em um ponto, naquela sala de aula, e foi mágico, foi o acaso, foram os deuses, o universo a conspirar, foi o que tinha de ser. Tudo que aconteceu em nossas vidas nos fizeram encontrar um ao outro, e é isto que se passa em minha cabeça: que eu sou a pessoa mais feliz do mundo por ser a sua namorada, e que você a cada dia tem se tornado mais grandioso do que imagina.
Te amo gatão ;)
Laryssa Galdino
em
Declaração de amor [morrendo de vergonha, mas espero que goste] :P

segunda-feira, 23 de março de 2009

Now is Autumn.

Nem tudo sai como planejamos. A frustração é uma coisa que aprendi cedo e talvez ela me impeça de arriscar em algumas coisas, não é só o medo de errar que me cerca, mas também o medo do que poderia vim depois. Aprendi nesse curtíssimo passeio pela vida, que eu não sei quando há de chegar a seu fim, que não devemos ter muitas expectativas com os outros, nem com nós mesmos, nem com nada.
Às vezes sinto que exijo demais de mim, ao meu redor admitem meus erros, mas eu sempre faço questão de os relembrar. Não é o medo de fracassar que me rodeia, é o medo de não ser boa o bastante. Há sempre uma competição entre eu X eu mesma, não é engraçado, é até absurdo. Sinto que me pressiono demais.
Gostaria mesmo de não me preocupar tanto, o que há de acontecer não me pertence. Então porque eu insisto em pensar em questões que eu não posso responder agora? Dizem que o que é bom dura o tempo necessário para ser eterno, então porque o que é eterno não dura o bastante para mostrar que é bom? Porque estamos sempre ameaçados de que nossa felicidade é passageira?
Não gosto de perguntas sem respostas, então vou dizer apenas aquelas que consegui encontrar em um curto tempo-espaço de inspiração... eu não devo me preocupar com o amanhã, contudo... eu não devo deixá-lo entregue ao deus-dará. Tenho de me esforçar, dá o meu melhor. Fazer a parte que me cabe.
Dizem que pessoas honestas não conseguem o que querem, que num país de corruptos só se consegue riqueza na ilegalidade. Mas eu não vou acreditar em conceitos de comodismo. Vou tentar, mesmo que sozinha e de modo absurdo, contra minha preguiça, meu desejo de explodir, minhas motivações imaturas. Se ao fim de minha vida eu tiver crescido ao menos como ser humano, estarei grata.
Estou cansada de discursos que me cobram uma atitude, que põem a culpa da fome e do mal sobre minhas costas, EU NÃO FIZ NADA! Eu tenho minha própria mente pra entender, e talvez se eu conseguir me tornar um centímetro melhor, quem sabe assim eu poderei ajudar o meu próximo. Eu acho que é bobagem tentar concertar os erros dos outros se eu não conseguir nem consertar os meus. Acho que é tolice, falar e defender coisas que eu ainda não entendo.
Sozinha, vagando... fico na dependência de minhas conclusões... e eu ainda não conclui muita coisa, nem o bastante para ser suficiente.
Já ouvi dizer também que leva uma vida inteira pra gente se encontrar, mas acho que todos os motivos de minhas incertezas e medos giram em torno do amanhã que eu não sei. Planejar é tão fácil, agora mesmo posso dizer minha vida inteira daqui dez anos. Mas eu não sei como será, e o fato de não saber me traz um pouco de inquietação, e ao mesmo tempo fico feliz, pois entendo que só assim o amanhã poderá me surpreender.
Eu só acho que é querer demais mudar o mundo com 8 jeitos ideais. Porque é que cada um não desliga o monitor antes de dormir ou então tira o raidinho da tomada? Se a gente não sonhasse coisas tão hipotéticas seríamos mais felizes. Estou cansada de sonhar com o improvável. Eu quero ter uma casa, um cachorro, quero terminar a faculdade, quero ter um marido que me ame e quero poder ensinar para os meus filhos a não desperdiçarem água. Eu não quero perder os cabelos porque a temperatura está mudando, afinal de contas é outono! Deveria está fazendo um pouco de frio lá fora.





Laryssa Galdino
em
Alguém Salve o Planeta Por Mim.

Quem você é?

Não estou falando daquilo que você gosta, do que você acha ou de qualquer coisa relacionada aos seus desejos. Minha pergunta é bem mais profunda, e minha verdadeira questão é? "Quem você é para julgar os outros?", mas não entenda como uma afronta, meu objetivo também não é fazer você queimar seus miolos com questões do tipo "de onde vim?" ou "porque nasci nesta cidade?". Hoje eu quero compartilhar sobre as coisas que venho pensando a algum tempo.
Ontem, enquanto eu estava lendo a bíblia, perguntei a Deus o que eu deveria fazer a respeito de uma situação, estou chateada com uma amiga e não sei como agir, logo me veio a resposta no livro de João: "Ame uns aos outros". Fiquei estática, lendo e relendo aquele versículo, pensei que Deus me diria uma outra coisa, no entanto ele me disse apenas para amar, e quando penso nisso, entendo que amar é totalmente oposto a indiferença.
Geralmente quando não gostamos de algo ficamos indiferente a esse algo. Mas Deus não nos diz isso, devemos questionar, buscar entender, devemos ser autênticos em pensamentos e conduta. No entanto alguns de nós prefere a indiferença, porque é muito fácil criticar.
Quando penso em amor, entendo aquilo que A Bíblia também nos ensina em Corintios 13, que o amor não se regozija com a injustiça. E quando penso em o que é ser injusto vejo que é fazer algo que nos foge a competência. Somos injustos quando julgamos os outros segundo nosso ponto de vista, quando tornamos o mundo ainda pior com nossas críticas cruéis, quando fazemos perguntas que não nos fazem refletir, e somos ainda mais injustos quando não amamos uns ao outros.
Não estou dizendo que vou sair por aí dizendo "I Love You" para todas as pessoas que eu conheço, a Bíblia diz em Provérbios que não devemos ser tolos. Estou dizendo que devemos viver nossa vida de modo que nossa presença seja agradável e que Deus seja louvado em todas nossas ações.
Eu me considero muito falha, já fiz coisas das quais não me orgulho, mas hoje entendo que Deus está mais preocupado com o lugar onde eu coloco o meu coração, do que com o que estou fazendo. Porque quando meu coração está no centro de sua vontade, minhas atitudes vão ao menos tentar agradá-lo.
Que ninguém é perfeito é fato! Então porque nos enchemos de razão para abrir nossas bocas e julgar, julgar, julgar? Acredito que é muito fácil idealizar as coisas ou dizer como elas deveriam ser, mas não podemos atingir essa idealização se estivermos sempre mais preocupados com os erros dos outros. Se cada um tentasse corrigir seus próprios erros, talvez a vida fosse um pouco mais prazerosa, você não acha?
Que fique bem claro que não sou contra a liberdade de expressão, contra a argumentação ou qualquer maneira que possa existir de verbalizar o que pensamos-sentimos-achamos. Mas sou, profundamente contra ao julgamento. Ele não deve ser feito por nenhum de nós, porque não somos perfeitos, e por isso podemos ser injustos naquilo que decidimos.

Laryssa Galdino

=)

(arrumando as coisas)

sábado, 21 de março de 2009

Feliz Equinócio pra Todo Mundo.

O E-QUI-NÓ-CIO é uma palavra originada do latim que significa "noites iguais" isso quer dizer, que hoje por exemplo, o dia terá a mesma duração da noite. Em um ano acontecem dois equinócios, eles marcam, dentre outras peculiaridades meteorológicas, a mudança de uma estação para outra. No Brasil estamos dando boas vindas ao outono, que embora seja considera uma estação sem graça para alguns, já dizia Sandy na canção quatro estações "no outono é sempre igual, as folhas caem no quintal", considero uma estação de reflexão e tão propícia para o amor ou qualquer coisa que se queira fazer quanto as outras, no campo subjetivo. Na perspectiva meteorológica as temperaturas sofrem queda, isso quer dizer que o tempo fica mais friozinho ideal para programas como um chocolate quente ou assistir filme com o namorado ou os amigos.
Já no Hemisfério norte, o equinócio de março marca o início da primavera.
Pra falar a verdade, neste século XXI, os equinócios tendem a acontecerem mais cedo que o esperado, o nosso verdadeiro equinócio foi ontem, dia 20 de março, mas como eu ainda não tinha assistido aula de meteorologia básica essa semana, eu não sabia disso. Então, só por esse ano fica valendo que ainda é hoje ok?
Cientistas esperam que o próximo equinócio a ocorrer exatamento no dia 21 de março seja no ano de 2040, talvez alguns de nós ainda estaremos lúcidos o bastante para lembrar deste texto. Bem, mas equinócio ou não, como diz meu orientador, tempo é ouro! E aproveite o seu pra fazer tudo que você gosta. E se alguma coisa der errado, não se preocupe, poderia ter sido pior. E no final mesmo, tudo passa, equinócio passa, uva passa e tudo fica bem, ou não, como diria meu pessismista amigo Madson, pessimista, porém amigo e dedico esse post pra ele, porque quando eu for uma grande meteorologista eu vou escrever um livro e presenteá-lo com um exemplar pra ele corrigir antes de eu publicar (risos) - ele nem sabe disso ainda. E por último, mas não menos importante, dedico o verdadeiro equinócio, que foi ontem, ao meu amozinho. Já são oito meses juntos e eu não consigo abusar dele - nem quero. Te amo Hugão! E que venham muito mais meses e equinócios felizes como o de ontem, obrigada por tudo!
Laryssa Galdino
em
A meteorologia de forma descomplicada.

terça-feira, 17 de março de 2009

Nem pessoa ruim, nem boa pessoa.

A vida é engraçada, mas essa observação não me faz ri e sim pensar. A minha vida é tão cheia de escolhas, às vezes gosto de abrir a página do google e pesquisar por fotos de palavras como paz, amor, beleza, finitude, etc, etc, etc. Cada olho tem sua maneira de enxergar as coisas e eu gostaria de enxergar diferente, imaginar diferente. Nesse momento, talvez, eu busque até ser outra pessoa. Mas não uma distante, e sim alguém que as mágoas e o medo me fizeram escondê-la dentro de mim.
Sabe aquele eu-ingénuo que crê indubitavelmente no amor, porque ainda não se feriu com ele? É essa pessoa que quero resgatar nesse momento. Um alguém que não se prendia aos problemas porque eles ainda não existiam. Não estou tentando fugir de nada, eu precisaria mais que correr ou sumir para isso, estou apenas tentando viver de uma maneira que muitos criticam mas não estou me importando muito nesse momento.
As pessoas me mandam ser mais cruel e dura, a não crê em outras pessoas para que assim eu evite me magoar. Mas hoje eu cansei! Vou acreditar sim no amor e em tudo mais que eu quiser. Porque descrente, EU sofro muito mais. Dúvidas de fato não combinam comigo, então vou passar a ter mais certezas do que quero, do que sou e do que tenho.
Não vou permitir que um monte de mágoas, minhas e do mundo inteiro, tirem de meu olhar o brilho intenso da verdade, nem que notoriamente apodreçam meu coração com sentimentos de ódio e não, muito menos, destruam minha mente com incertezas de coisas que não vi e não sei como foram.
Eu vou pensar naquilo que eu posso fazer, no meu futuro de possibilidades variantes, mas existentes. Quero embarcar numa viagem rumo ao mundo, quero conhecer todos os distritos e comidas. Pouco me importa as pessoas do lugar, pouco me importa o que estão pensando ao meu respeito. Eu quero ser feliz, e quero acreditar que amar é possível! Eu não ligo, se eu quebrar a cara dessa vez também, eu sei que um dia ela se recompõe outra vez.
Tem mais de seis bilhões de pessoas no mundo, eu não posso querer ser a única pessoa maravilhosa, não posso querer ser a única em nada... mas isso não significa que minhas atitudes vão depender das atitudes que têm comigo. Serei autêntica e sincera, mesmo que eu erre e por vezes falhe. Mesmo que no caminho em busca do meu lugar ao sol eu cometa certas coisas ruins ou passe por momentos difíceis,não perderei o que tenho de belo.
Eu não vou permitir que o meu medo me trancafie em meus pensamentos absurdos, não vou deixar minha vida passar pela janela de minha alma, que são meus olhos, apenas porque algumas pessoas foram más comigo ou porque alguém não me amou como mereci.
Desistir? Isso certamente não combina comigo também, eu vou crê no amor mesmo que eu banque a tola, mesmo que amanhã ou depois eu odeie todo o mundo, eu sei que quando a tempestade passa a gente pode encontar a calmaria.
Não vou ouvir conselhos rancorosos, vingativos ou fúteis. Hoje, amanhã e depois eu só quero ouvir palavras doces de amor e esperança. Meus ouvidos traduzirão tudo para mim, seu mau-humor, suas tolices, mundo vil! Não irão me desanimar, não irão de modo algum me fazer abrir mão do que tenho de mais precioso. Eu não vou me entregar, não vou me contaminar com os língua-dedos afiados dos alheios, não serei mais uma vítima das minhas próprias questões existenciais, não serei exemplo de mais uma afetada pela auto-piedade e compulsividade. Não! Eu não sou uma pessoa ruim, e eu também não sou uma pessoa boa. EU SOU APENAS UM PESSOA buscando viver um dia de cada vez. Amanhã eu não sei, depois de amanhã também não e o passado tem perdido seus efeitos sobre mim.

Laryssa Galdino
em
A dor e a boa conduta.

sábado, 14 de março de 2009

Pensamento só um pensamento.

Quando amamos uma pessoa
devemos deixá-la ir,
ser livre e seguir
...


seus próprios planos.

Laryssa Galdino

terça-feira, 10 de março de 2009

Pare para ler-pensar um pouco.

Às vezes acho que se eu fosse Deus ficaria louca com a quantidade de seres humanos que tem no mundo! São mais de seis bilhões de pessoas! Seis bilhões?! Dá pra imaginar? Eu nem consigo. Cada lugarzinho desse mundão, cada cantinho lotado de gente muito diferentes em seu modo de ser, falar, sentir. Cada cabeça é um mundo particular, já dizia algum poeta, e no coração de ninguém se pode pisar, isso minha avó quem dizia.
Vejo que somos tantos, e pensamos de maneiras tão distintas... mas certamente o que nos laça em comum é a busca pela felicidade. Alguns entendem que a felicidade pode ser tratada de maneira muito tradicional, como se a vida seguisse mesmo um roteiro com início, efeitos especiais, meio e fim. Outros, como Cazuza, preferem que a vida seja tão duradoura quanto um trago num cigarro, porém intensa. Mas não importa como cada um defenda seu ponto de vista acredito que no mundo ficou muito difícil de defender alguma ideia e ao mesmo tempo muito fácil.
Difícil porque tudo acaba, de alguma forma, se entregando ao relativismo, aos dependes de cada opinião, de cada um. Porém fácil, porque já que cada um é livre, ou pelo menos deveria, para defender o que bem quiser, acabo por poder propagar qualquer ideia, assunto, rascunho, afinal... podemos falar o que quiser, temos o direito a tão sonhada liberdade-de-expressão.
Hoje eu ouvi uma pergunta de uma amiga minha: -Lala, você iria para Índia mesmo? respondi obviamente que sim (para os que me conhecem sabem que meu sonho de conhecer a Índia é antigo, desde que eu tinha uns 14 anos encasquetei com essa ideia). A verdade, que o difícil não foi responder a essa indagação, e sim imaginar ,ou pelo menos supor, o que eu realmente gostaria de fazer por lá.
Sonhos são coisas das quais não devemos desistir, não pretendo desistir desse, mas preciso redescobrir os motivos que me levam a sonhar com um lugar tão distante que tem tantas cores e pessoas diferentes de mim (tantos pensamentos percorrem minha mente nesse momento).
Tem dias que eu penso que o mundo é mágico, algo que jamais compreenderei por completo. Eu vejo as pessoas na rua, nos barzinhos enquanto passo de carro. Eu vejo uma cidade inteira através da minha janela, dos meus pensamentos, dos meus olhos. Parece que nunca conhecerei tudo, e que apesar de ter o mundo a escrever, eu também ainda tenho eu por inteira a descobrir. No momento o que sei sobre mim, com muito interesse, é que sou aquilo que desejo.




Laryssa Galdino
em
Encontre-me-ei.

quinta-feira, 5 de março de 2009

A gente tenta esconder.

Ela não foi perfeita, nunca foi. E mesmo que muitos, ou um bocado de gente, insistissem em dizer que seu futuro estava completo, com direito a tudo que haveria de ter, ela afirmava, para si mesma afirmou muitas vezes, que ainda estava tudo para acontecer e que não era mesmo tão bonita, que não era perfeita e que apesar de ingénua também chegou a cogitar maldades no profundo de seu ser.
Quando ficava sozinha no intervalo do colégio ,que estudou por dois anos, tentava se livrar sozinha daquele bando de gente que não lhe valia por nenhum vintém. Amigos? Foram mesmo muito poucos e citá-los não lhe convém, mas o importante da vida, pelo menos dessa fase, ela aprendeu: Não importa a quantidade, desde que os amigos que tenham permanecido sejam vivos, sejam pra valer.
Defeito todo mundo tem, tire logo de sua cabeça essa idéia de garota-perfeita que cogita-se por aí. Ela não foi tão boa assim, ela já mentiu, iludiu e até partiu o coração de "alguéns". Ela foi ausente e, para quem nem mereceu, foi presente demais. Cometeu erros, resumindo, como qualquer mortal não se sobressaiu em nada que lhe valha algum honra-ao-mérito.
A diferença, talvez, não estava em tantas coisas comuns que ela fez, mas em quem tentou ser e continua tentando, afinal, enquanto há vida deve-se continuar tentando ser alguém melhor. Mas não melhor do tipo que passa por cima dos outros, que é o mais bem-sucedido ou qualquer coisa do mesmo calibre. Melhor no sentido de se olhar no espelho e saber que decidiu bem, que pensou claramente e que ama alguém que lhe corresponde, e não virou capacho de seu-ninguém. Melhor, no fato de que se sente feliz sendo e agindo como se está.
A vida não vai parar e muito dificilmente alguém que lhe machucou voltará para reparar os danos que possa ter lhe causado, então ela entendeu que cada dia tem sua porção de dor e alegria, e ao somar dos anos isso torna-se em experiência e por assim ser lhe deixa sábio e até mais hábil, embora no corpo não ocorra o mesmo efeito.
E os anos ensinam o que é necessário, e cada um tem seu conceito de necessário. Para ela, necessidade é está com quem se adora a companhia, é lutar contra todas as barreiras (vencendo sempre de alguma forma). Seja algo bom ou ruim, o importante é que no fim as coisas acabam sendo como devem ser. E nos cabe viver, não julgar.



Laryssa Galdino
em
Talentos da meia-fina-idade