domingo, 10 de agosto de 2008

Quero escrever sobre saudade.

Apenas quero, porque não faço mesmo muita noção do que escrever. A gente pode sentir tanta coisa na vida. Eu me sinto só às vezes, como hoje mesmo: todo mundo saiu pra passear, comprar algumas coisas... e me senti meio abandonada, senti inveja da felicidade deles, me senti tão ausente. Acho que não sou devidamente apegada aos meu familiares.
Eu não sei se é errado, se sou mesmo uma pessoa difícil de conviver. Sei apenas que eu não tenho O MARAVILHOSO relacionamento com meus pais. Sabe, estava dizendo a umas amigas hoje a tarde:"Se você tenta sempre dizer a verdade, e não se mete em encrencas, eles não valorizam isso". Estão sempre cobrando coisas que não fazem muito sentido.
Talvez eles sintam que me tornei independente demais, sentem medo na verdade de não fazer mais parte da minha vida, e por isso tentam DESESPERADAMENTE fazer parte dela de alguma maneira, e infelizmente da pior possível. De um modo que me sufoca às vezes.
Eu gosto de pensar no futuro, gosto das possibilidades que reluzem nele. O futuro não é assustador para mim, não como parece ser para outros tantos.
Será que eu sou normal? me questiono um pouco sobre isso, é que eu encontro as falhas dos outros tão rápido, e quando falo "outros" me refiro aos meus pais, mas será que o erro não está em mim?
Penso que de tanto fingir não me importar com as coisas que eles fazem, acabei mergulhando fundo nesse meu mundo particular, nessa minha visão fantástica de futuro, nesses meus sonhos... de tal modo que eles não sabem como entrar aqui.
Eu me sinto longe da vida deles, mas talvez eu mesma os tenha excluídos... não sei se é triste, não consigo sentir muito além de saudade. Saudade dos bons momentos em família que não tive e dos que tive também, e dos abraços que evitei dar e das vezes que preferi me isolar em meu quarto e acreditar que tudo acaaria em algum dia.
Não sei também se encará-los seria a melhor saída, os pais quase sempre se acham mais sabidos que a gente, ignoram nossa capacidade de formar conceitos e fica quase que impossível debater alguma coisa civilizamente. Pelo menos meus pais são assim. Não que eles sejam OS CHATOS, eles sao pessoas maravilhosas e muito liberais eu diria.
Acho que desisti da minha família, mas não desisti de mim. Isso porque eu tenho a minha vida nas mãos, ela pode ser de qualquer forma, basta batalhar por isso. É claro que nem sempre as coisas darão certo, mas não posso fazer algo já pensando que vai dá errado, é preciso acreditar... acreditar que os problemas podem ser solucionados, que na vida a gente pode ser feliz de verdade.
E eu tava com saudade de sentir isso, de sentir que tudo é possível (que eu tenho o mundo a escrever). Que a gente aprende com a dor. E que fracasso acontece, mas que a gente pode escolher ficar mergulhado no erro ou MUDAR, levantar-se e seguir! E eu quero seguir, mesmo que eu tenha cometido erros, mesmo que eu não tenha a família mais legal do mundo e mesmo que... sei lá... que eu leve pau nas benditas provas dessa semana.
Porque quando a gente segue, pode encontrar alívio adiante.
Laryssa Galdino

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