sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Afeto.

Talvez se eu usar referencias meus textos ganhem credibilidade, é o que eu aprendi na matéria de redação no colégio, o professor chamou de argumento de autoridade. Porque é mais fácil as pessoas me levarem a sério se eu citar Platão, Freud ou o Barack Obama. Talvez se eu citar o Lula, o Lulu Santos e o System of Down... talvez assim mais gente ainda creia no que eu escrevo. Mas sabe, não estou com paciência de ser intelectual hoje. Não quero agrupar frases, boas frases, para que me deem algum crédito. Levem em conta se quiser, mas o que eu digo é isto: valorizamos por demais o que está distante de nós.
E é verdade. Quantos conheceram Freud na vida? Eu sei de um psicanalista do diretor de cinema Win Wenders e só, você sabe de mais alguém? Enfim, nenhum vizinho meu, nenhum colega da universidade, nenhum mestre que admiro conheceu a maior parte dos autores dos mais notáveis pensamentos, que muito me impressiona, mas nem por isso os desdenho, pelo contrário, talvez por serem assim tão humanos é que meus amigos são as pessoas que mais me inspiram.
São por suas falhas, indelicadezas e pelos momentos de intolerância que quando as feridas se fecham e os ânimos se acalmam que eu percebo que eles são as verdadeiras estrelas do meu céu. É fácil ter como ídolo alguém distante, que talvez nunca vá decepcioná-lo, e citar autores renomados em textos, passando uma impressão de pessoa influenciada pelos melhores pensadores... não estou criticando você ser uma amante da literatura, não, mas critico onde você tem depositado sua fé e valores. Eu prefiro os "pobres mortais" mesmo que falhem comigo uma vez ou outra, eu ao menos sei que posso contar com eles. Sabe, os filósofos que você cita já estão mortos e não vão oferecer colo, abraço ou enviar uma sms quando você estiver sozinha. Meus amigos vão.

O laços dependem mais de afeto que da genética.

Laryssa Galdino

Um comentário:

Anônimo disse...

"O laços dependem mais de afeto que da genética"...que lindo!
Vou postar isso e entre os parenteses não vai esta Ghandi, embora ter lido sobre a vida dele me faça ver o quanto ele foi um grande homem, mesmo sua luta só tendo sido reconhecida depois de sua morte.O que não é muita novidade...
Lá vai esta (Laryssa Galdino) pois a profunda verdade nas suas palavras!
Te amo visse...mesmo quando eu não demonstro.xero

Ass.: Camilinha