Tenho sessenta anos e não me arrependo do que fiz nesses longos anos, algumas muitas vezes fui incostante e altruísta, embora eu não entenda até hoje o real significado desta palavra. Com o tempo eu entendi que às vezes coisas que gostariamos que acontecessem não acontecem, mas isso não me frustou, apenas me ensinou a confiar no percurso natural da vida e na certeza das coisas que são pra ser. Quando eu era mais jovem chorei muito, por ciúme e por medo. Até quando eu era infeliz em uma prova eu chorava. Mas também não me arrependo disso, pois cada gota de lágrima foi sincera e me trouxe alívio a alma. Sempre fui muito teatral, sempre não, mas muitas vezes sim, talvez eu devesse ter sido mais simples, ter discutido menos com a minha mãe e tentado entender nossas diferenças, mas ainda aissim não tenho do que reclamar, mesmo não correspondendo às minhas espectativas, hoje muito do que sou também devo a ela. Quebrei a cara muitas vezes, passei noites em claro. Enfrentei situações que achei tão difíceis e insolúveis e hoje até posso sorrir ao me lembrar delas. É uma pena que quando somos jovens não temos o dicernimento de quando somos velhos. Mas também, acho que não teria muita graça se o tivéssemos, pois perderíamos todo nosso desejo de tentar algo novo, nossa impussividade e "arrogância" de pensar que podemos TUDO, e de fato descobri que podemos mesmo qualquer coisa, basta querer! Hoje percebo que todas as coisas da vida têm seu tempo de acontecer, e nada do que eu fiz diminuiu o prazer das coisas boas ou a dor das coisas ruins. Posso dizer que fui feliz e ainda sou, pois encontrei alguém que me cativou muito e me ensina que amar vai além de palavras. Talvez quando eu realmente estiver com sessenta anos, o meu texto seja diferente desse, mas pelo menos hoje eu o imagino assim (com alguns feitos omitidos obviamente). Contudo com a convicção de que não apenas passei pela vida.
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Couple old people
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Sinto que quando a gente for bem velhinhos,
ainda vai existir a mesma alegria em está ao seu lado
de agora enquanto somos jovens.
Afinal, quanto mais velhos,
mais experientes ficamos em quase tudo em nossa vida,
quem sabe você e eu não iremos aprender mais e mais
o que o outro gosta
e assim o fazer com excelência.
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Uma estória e um poema pra dizer que eu te amo,
(dedicado a: Hugo de S. Marques)
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Laryssa Galdino Tertuliano
em
A vida não passa "de pressa".
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