segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Confissão.

Tem muita gente por aí escrevendo-dizendo muita coisa a respeito das mulheres. Mas o que posso dizer é que não podem nos colocar todas em um mesmo saco de farinha. Assim como defendo que cada homem tem suas características individuais, e que alguns realmente são bem cachorros, entendo que cada mulher é de um jeito, e eu confesso que tem dias que nem eu mesma me entendo.
Eu sou birrenta, sou sim. Se você faz alguma coisa que eu não entendo bem ou mal entendo do meu jeito: a briga vai ser feia. Mas também não é sempre, quando eu não estou nesse "maravilhoso" período-menstrual... eu sou um pocinho de compreensão. Mas, infelizmente, e não entendo muito porque, em alguma semana do mês eu fico EXTRA-sensível. Entãoporfavortenhapaciênciacomigo.
Não é que eu queira está sempre certa, afinal, eu sei que erro um bocado, mas é que em dias de muitos hormônios eu não sou totalmente meiga como geralmente, acabo bancando a garota chorona sem razão aparente. É bem verdade que às vezes as coisas estão muito bem que nem me ocorrem tais ataques, mas hoje foi uma exceção.
Em um dia normal eu entenderia que você só queria ver seus amigos e que eu devia aproveitar a "folga" pra fazer algo com minhas amigas, ou simplesmente ficar em casa, mas LOGO HOJE, eu entendi está sendo tratada como um ser dispensável e de companhia não desejada, portanto, se você queria mesmo está comigo tinha de deixar isso bem claro. (Talvez na sua cabeça você deixou, e bem no meu íntimo eu sei que você tem razão, se não eu não estaria escrevendo esta confissão)
Talvez eu esteja pedindo demais, mas eu só estou pedindo que tenha um pouco mais de paciência. Não que você não tenha. Confesso também que na minha lista das muitas coisas que admiro em você, a paciência é um destaque. E estou tão arrependida por ter sido tão birrenta no sofá da sua casa.
Se eu pudesse voltar atrás (eu odeio o se, mas vou usá-lo) eu teria tentado ser menos brava sem motivo e teria dito que queria muito sair com você. Mas isso não é possível, no entanto só queria que soubesse que eu odeio está aqui, chorando até pelo seu tom de voz firme, chorando porque não estou com você, chorando porque me sinto sozinha, chorando porque já estou com saudades, chorando porque estou com frio, chorando porque está frio e chorando porque... porque eu estou EXTRA-sensível.
Droga! Eu não queria está agindo assim, mas estou. =/ Ainda bem que isso não dura para sempre. O mais engraçado ou idiota de tudo, é que se alguém me perguntasse: -Porque você realmente está chorando? Eu não saberia responder.
Laryssa Galdino
em
Sim, eu (e)s(t)ou complicada hoje.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sonhar é permitido.

Tenho sessenta anos e não me arrependo do que fiz nesses longos anos, algumas muitas vezes fui incostante e altruísta, embora eu não entenda até hoje o real significado desta palavra. Com o tempo eu entendi que às vezes coisas que gostariamos que acontecessem não acontecem, mas isso não me frustou, apenas me ensinou a confiar no percurso natural da vida e na certeza das coisas que são pra ser. Quando eu era mais jovem chorei muito, por ciúme e por medo. Até quando eu era infeliz em uma prova eu chorava. Mas também não me arrependo disso, pois cada gota de lágrima foi sincera e me trouxe alívio a alma. Sempre fui muito teatral, sempre não, mas muitas vezes sim, talvez eu devesse ter sido mais simples, ter discutido menos com a minha mãe e tentado entender nossas diferenças, mas ainda aissim não tenho do que reclamar, mesmo não correspondendo às minhas espectativas, hoje muito do que sou também devo a ela. Quebrei a cara muitas vezes, passei noites em claro. Enfrentei situações que achei tão difíceis e insolúveis e hoje até posso sorrir ao me lembrar delas. É uma pena que quando somos jovens não temos o dicernimento de quando somos velhos. Mas também, acho que não teria muita graça se o tivéssemos, pois perderíamos todo nosso desejo de tentar algo novo, nossa impussividade e "arrogância" de pensar que podemos TUDO, e de fato descobri que podemos mesmo qualquer coisa, basta querer! Hoje percebo que todas as coisas da vida têm seu tempo de acontecer, e nada do que eu fiz diminuiu o prazer das coisas boas ou a dor das coisas ruins. Posso dizer que fui feliz e ainda sou, pois encontrei alguém que me cativou muito e me ensina que amar vai além de palavras. Talvez quando eu realmente estiver com sessenta anos, o meu texto seja diferente desse, mas pelo menos hoje eu o imagino assim (com alguns feitos omitidos obviamente). Contudo com a convicção de que não apenas passei pela vida.
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Couple old people
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Sinto que quando a gente for bem velhinhos,
ainda vai existir a mesma alegria em está ao seu lado
de agora enquanto somos jovens.
Afinal, quanto mais velhos,
mais experientes ficamos em quase tudo em nossa vida,
quem sabe você e eu não iremos aprender mais e mais
o que o outro gosta
e assim o fazer com excelência.
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Uma estória e um poema pra dizer que eu te amo,
(dedicado a: Hugo de S. Marques)
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Laryssa Galdino Tertuliano
em
A vida não passa "de pressa".

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Será que alguém poderia entender?


O mais difícil de falar sobre os outros, é que não conseguimos ser totalmente imparciais, sempre atrelamos a nossa versão nosso ponto de vista.
Queria que pudesse me entender, mas parece que quanto mais eu falo mais injusta e mimada eu pareço, quanto mais eu tento me justificar cometo o erro de tentar me explicar através dos erros dos outros, e é o que eu sempre faço: "Mas eu só fiz isso porque ela fez aquilo", "Eu só pensei isso porque você fez aquilo", "Eu... eu...". Então em algum momento eu parei pra pensar que eu não posso fazer isso pela vida inteira.
Um vez uma psicóloga falou na TV, que as pessoas são livres para sentir raiva, para falar coisas desagradáveis, para demonstrarem amor, etc etc etc mas que cada um deve ter consciência da consequência de suas atitudes, que não importa o que o outro disse que lhe magoou, não importa que o mundo mate-roube-minta, você não precisa e nem deve agir do mesmo jeito, não precisa permitir que suas atitudes sejam reflexos das dos outros. Ame intensamente, grite pro horizonte, ande até se cansar, beba uma água-de-coco bem gelada, respire o mais fundo que puder, evite as palavras de ódio impensadas. Não se justifique, mas faça com que sua vida mostre a todos quem você é, vai levar um bom tempo, mas eu tenho certeza que vai valer a pena.
E o mais importante não é que os outros te intendam, mas que você se entenda, se goste, se cuide e se sinta feliz. Afinal o passado passou, hoje ele não é mais importante que o futuro de sorrisos a minha espera. Um futuro que não permite bagagem extra, por levarei só o necessário... papel e caneta pra escrever tudo de novo de hoje em diante.
Não me importo se não entende, se eu não consigo lidar com todos os meus problemas e se é incompreensível a minha realidade, não me importo porque aprendi que o tempo tudo mostra e tudo ensina. Vai mostrar pra mim também, e me ensinar muito ainda.


Laryssa Galdino Tertuliano
em
Quem está falando a verdade?




segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Eu preciso escrever!

Talvez poucos entendam quando eu digo da absoluta necessidade que tenho de escrever. Confesso que tentei algumas vezes formular alguma idéia com um pouco de sentido e que nos trouxesse algum tanto de reflexão considerada, mas enquanto eu pensava diante da tela do computador, apenas frases feitas e figurinhas repetidas me vieram aos dedos.
E por pensar tanto, mergulhei numa descoberta de o quanto eu sou e de o que sou e das quantas coisas que eu apenas escrevo-falo-penso... mas se perdem logo depois. As palavras, as pessoas... eu gosto tanto de observá-las. (É, se você me pegar de olhos vidrados para algum lugar não estou fazendo nada, se não observando). E mesmo apesar de tanta sabedoria e observação, percebi como sou hipócrita em alguns tantos momentos da minha vida.
O objetivo do post não é me expor, nem me difamar, é só escrever e isso me será o bastante. Olhando as pessoas eu aprendi-descobri algumas coisas, a mais importante, eu considero nesse momento, é que somos todos muito diferentes e não importa o quanto eu me policie e evite, sou capaz de cometer os mesmos erros de qualquer um que eu possa ter criticado. Mas não é por dizer que os posso fazer que eu os farei... se é que me entendem.
Não fui falsa com as pessoas, por favor, se algum amigo meu estiver lendo isso, não me interprete mal... a verdade é que só fui hipócrita comigo mesma. Já perdi as contas de quantas vezes me substimei, me tranquei em vão, até decidi não usar palavras como: nunca, jamais ou qualquer uma que me comprometa com algo que eventualmente eu não possa cumprir, e confesso também que andei errando menos depois que troquei as loucas juras de amor por sinceros "eu adoro está perto de você e gostaria de sempre poder sentir isso", me sinto mais aliviada em não dizer algo que foge da minha habilidade de mortal.
Outras frasezinhas que pretendo eliminar é "como isso pode acontecer?!" (cara de espanto) "como fulano permitiu isso?!" (cara de horror) ... e sabe porque? porque todo mundo é feito tão de carne quanto eu. E não é por reconhecer meus limites que eu deixo de lado minhas virtudes, mas acredito que no dia que eu entender que eu sou humana e posso errar vou viver mais em paz comigo mesma, mais relaxada como tantos me pedem para agir.
A coisa que quero com muita garra neste momento, é redescobrir o amor de escrever as coisas como elas são, como eu as vejo e como eu acredito que sejam... não quero mais confabular nada, nem morrer de culpa ou remorso, quero apenas viver, e que seja um dia de cada vez e cada hora com seu encanto ou com sua dor. Experimente fazer o mesmo, entender que é maravilhoso aprender sobre si mesmo.