Nunca assinei tantos abaixo assinados em minha vida, pra salvar a mulher de ser apedrejada, as focas, as baleias, contra a corrupção... Se por um lado as pessoas pareciam mais preocupadas em consertar o mundo, por outro eu acho que só houve um explosão de pseudoprotestos pelo mundo virtual.
Quando percebi que não poderia salvar as crianças da África, nem os mendigos em frente a Catedral de minha cidade, confesso que me tornei meio insensível ao mundo. Foi um ano de busca por mim mesma, e isso teve um preço bem difícil de pagar. Abandonei um curso, uma religião, uns amigos e um ideia de amor... troquei tudo por muita cachaça, ressaca e música, à noite; e durante o dia: Estudo, Estudo e mais Estudo (Quantos vezes eu disse não pros amigos porque tinha prova ou trabalho pra entregar né?). Se por um lado derramei um bocado de lágrimas por "perder" muita coisa, e tentar me mudar por mim mesma, por outro eu sorri, sorri tanto que minha barriga doeu.
É que mudar é extremamente difícil, quem nunca ler dorme nas primeiras páginas do romance, música clássica parece enfadonha e clássicos do cinema fazem adormecer... mas se você insiste, aprende a admirar Jane Austen (Pride and Preduce), Vivaldi (As quatro estações) e Igmar Bergman (O sétimo selo). Esse parágrafo foi só pra mostrar que fiquei mais culta :P que 2011 não foi só perdição como aparentemente alguns tenham julgado. Mas e daí se me julgaram? A auto-avaliação é a opinião mais importante que podemos ter, e acredite, aquela frase de efeito "Se forem falar de mim me chamem, eu sei coisas terríveis ao meu respeito" diz tudo que eu gostaria de dizer aqui.
Em alguns momentos fui paralisada pelo medo, em outros descobri uma força que nem imaginava. Mas se eu pudesse resumir tudo em uma palavra, essa seria: vinteedois. O meu número preferido, por se assemelhar a dois patinhos em uma lagoa :P e minha idade atual, embora como sempre ouço por aí: "não parece"
A minha expressão mais repetida nesse blog esse ano foi: "viver não e exato" ela veio de uma reflexão que me ocorreu, a maioria de meus erros foi devida a minha tentativa de controlar as coisas, em brincar com o curso natural da vida... quando entendi que só posso controlar o tempo que passo na internet e meu cartão de crédito, ficou mais claro minha finitude diante do acaso, do que tem de ser, e finalmente... do que é. Viver não é uma fórmula, e por mais que a gente faça planos pro amanhã, amanhã pode não ser nada do que a gente espera - "Amanhã pode acontecer tudo, inclusive naaaadaaaa". Exatamente como foi meu 2011, nada do que eu esperei.
Eu não continuei em meteorologia, e passei em Desenho Industrial e em Moda, eu não me casei e acabei um namoro, o que não foi fácil no início...Eeu tomei meus porres, e isso foi legal. Eu voltei pra casa, antes eu morava sozinha, e isso foi ruim e bom ao mesmo tempo. Eu comecei a namorar de novo, com a pessoa que eu menos pensava que poderia acontecer, e isso merece um texto a parte. Eu conheci novos amigos, e mantive antigos também e fiz um bocado de coisas que eu gostaria de fazer, e hoje eu não faria nem a metade dessas coisas... mas me conhecendo como conheço bem, eu não pensaria assim se não as tivesse feito :P
2011, eu preciso respirar pra falar de você, sei que isso vai soar bem clichê e discurso de colação de grau: Eu entrei uma menina e sai uma mulher :P um pouco abestaiada, mas 2012 vem aí né seu lindo?! rsrs
E além do meu jargão "viver não é exato", eu diria que sentiréisso: coisas que só você sabe. Planos? Sim, dormir muito nas férias, estudar muito, estudar muito, e estudar mais rsrs e agora que eu sei as respostas de um monte de perguntas que fiz nesse ano, que mudem as perguntas! Porque eu odeio uma monotonia :P e adoro um mimo, portanto muitos beijinhos do namorado e abraços dos amigos. HOHohOhoO :P
Beijo gente, muita luz pros que se "foram" e ficaram, que Deus nos dê um ótimo Natal com nossa família, e que 2012, se o mundo acabar mesmo, a gente esteja perto de um kit de sobrevivência ao fim do mundo :P ou não né?! enfim... que eu veja muitas luzinhas de natal ainda :D
Laryssa Tertuliano
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