Percebi que de Maringá só sei que foi onde nasci, mas não sei em que bairro foi, sei que foi a tarde. Sou mesmo é Campinense, não o time, eu só torço pro Brasil, e acredito que só em tempos de copa, e olhe olhe. Resolvi, ou ainda estou resolvendo que chegou minha hora de enfrentar um novo desafio: sair de casa.
Algumas pessoas defendem que devemos aproveitar ao máximo o conforto de nosso lar e a harmonia de nossa família até ter-se dinheiro e maturidade para deixá-los. Não tenho muito dinheiro, e com certeza estou longe de ser uma mulher madura, acredito que sou razoavelmente madura e portanto, apta para encarar o desafio.
É claro que não pensei nisso do dia pra noite, tenho pensado em sair de casa desde do primeiro ano do ensino médio, quando decidi prestar vestibular para João Pessoa. Passei, mas as coisas não fluíram, a verdade é que as coisas na minha vida só acontecem com a permissão de Deus.
Muita coisa precisa ser acertada, mas nessas últimas semanas eu tenho visto mais do que nunca o cuidado de Deus comigo, e tenho certeza que tudo dará certo, se assim O permitir. Estou confiante, com um pouco de medo, mas empolgada.
É difícil conviver com os pais, somos tão diferentes e às vezes me sinto tão sufocada pelo seu cuidado com coisas sem importância como se já comi ou não, ou se lavei os pratos ou não. Sabe, viver é mais que isso, e se querem que eu tenha responsabilidades domésticas, que ao menos seja em minha própria "casa".
Se alguém quiser preparar um chá de cozinha pra mim, vou adorar... as únicas coisas que vou levar de casa mesmo é a minha cama e colchão e meu guarda roupa (talvez) rsrs. Engraçado como crescer é inevitável, quem diria mesmo que eu faria uma coisa dessas.
A verdade é que não quero sair de casa por que detesto meus pais, eu os amo muito, mas não aguento mais ter de acordar quase sempre com os dois brigando por coisas que acho tão tolas. Não quero mais ter de responder mil perguntas que para mim soam tão superficiais. Cansei da ausência de diálogo e do excesso de preocupação com o que ando fazendo, e na verdade não faço.
Sabe, não me considero a pessoa mais independente e segura do mundo, eu sei que tenho muito a aprender, e talvez... quanto mais cedo melhor. Tenho certeza de que Deus tem planos para comigo, e que em nenhum momento minhas aflições têm sido em vão... porque Deus não desperdiça meu sofrimento. Deus me ama, e tem preparado o melhor para mim. Se daqui a uns dois meses eu continuar morando em casa, então saberei que estou debaixo da vontade dEle, se não, também.
Afinal, a única pessoa que pode adiar ou impedir os planos de Deus para mim, sou eu mesma... e não pretendo deixar isso acontecer. (orem por mim)
Laryssa Galdino Tertuliano
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