quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eu não sei levar as pessoas para o inferno.

Alguns de nós como crentes em Deus, ou evangélicos como preferem nos intitular, gostamos muito de esquecer o evangelho proposto pela pessoa de Jesus Cristo, para pregar nossa própria vontade. Não são poucas as vezes que escuto em meio aos "irmãos" uma alfinetada aqui e outra acolá. É realmente comum, e muito me entristece, o grandioso número de "fiscais da fé" que contemplo. Estamos muitas vezes tão preocupados com a vida do próximo que esquecemos de amá-lo.

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mateus 22:37b).

Sempre pensei em Jesus como o exemplo possível de seguir para qualquer pessoa, afinal, acredito que mesmo sendo Deus se fez homem e habitou entre nós, não quero me deter às discussões teológicas que implicam essa lógica, mas ao fato de que sendo ele Deus é também poderoso e, mesmo assim, abdicou-se de sua glória e poder por uma vida simples e para mostrar aos homens como serem felizes.

"E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo." (João 12:47)

"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10:10)

Penso que se o próprio Jesus não veio para julgar, porque você ou eu o devemos fazer?

Jesus veio para dá vida aos homens, para ensiná-los a aproveitar essa vida e para expressar o amor de Deus por nós, afinal, ele morreu por amor de cada um de nós.

Quando olho para alguém criticando outra pessoa, meu coração se entristece. Não somos melhores por pertencer a uma religião ou acreditar que Deus existe. Não chegaremos a lugar algum enquanto, como cristãos, ficarmos em queda de braço dentro e fora da igreja, como se quiséssemos provar quem é o mais santo ou quem é o melhor!

Amar a Deus e a amar ao próximo, foi o que Jesus nos deixou como mandamento, porque se os seguimos não iremos ser capazes de ser: egoístas, arrogantes, corruptos, prepotentes, falsos, desumanos, incoerentes, vazios, solitários, carentes, desprezados, mentirosos, covardes, viciados ou qualquer outra coisa que comprometa nosso encontro com a felicidade.

Quando tentamos, DE FATO, ser como Jesus foi, deixamos de: pregar um evangelho vazio e cheio de regras, apontar os erros do outro, ser mesquinhos, achar que somos superiores e, principalmente, condenar as pessoas para o inferno!

Eu não sei como você faz para ir para o inferno, porque Jesus me propõe ensinar o caminho, a verdade e a vida. Em nenhum momento me foi dada a incumbência de julgar, muito menos a de dizer quem vai ou não para qualquer lugar.

Amor: é disso que eu gosto de falar, de alguém que nos amou de tal maneira que entregou seu próprio filho para nos salvar, se você acredita nisso ou não, se você segue isso ou não, não me compete fiscalizar. Minha única missão é falar, falar a toda criatura. Não sou eu quem muda o coração, nem quem salva o homem de seus pecados.

Não me surpreende o fato de um monte de gente não gostar da igreja ou vê-la como sinônimo de cadeia, alienação e falsa santidade. Até me conforta o povo perceber isso, quer dizer que as pessoas estão pensando e decidindo de acordo com o que veem.

Eu não quero, simplesmente, agradar aos membros da igreja, não quero servir a pastores nem aos colegas de seminário, mesmo os amando muito eu quero unicamente seguir a Cristo, mesmo que para isso eu precise desagradar a um bocado de "irmãos".

Laryssa Galdino Tertuliano

2 comentários:

Anônimo disse...

perfeito laryssa,maravilha d etexto,add nos favoritos.THIAGO RIBEIRO JOAO PESSOA PARAIBA

Somnambulist [999th Night... ] disse...

Legal, Lala! Acho que o 999thNight merece algo do gênero. Já está na pauta.