segunda-feira, 27 de julho de 2009

Decisões

Percebi que de Maringá só sei que foi onde nasci, mas não sei em que bairro foi, sei que foi a tarde. Sou mesmo é Campinense, não o time, eu só torço pro Brasil, e acredito que só em tempos de copa, e olhe olhe. Resolvi, ou ainda estou resolvendo que chegou minha hora de enfrentar um novo desafio: sair de casa.
Algumas pessoas defendem que devemos aproveitar ao máximo o conforto de nosso lar e a harmonia de nossa família até ter-se dinheiro e maturidade para deixá-los. Não tenho muito dinheiro, e com certeza estou longe de ser uma mulher madura, acredito que sou razoavelmente madura e portanto, apta para encarar o desafio.
É claro que não pensei nisso do dia pra noite, tenho pensado em sair de casa desde do primeiro ano do ensino médio, quando decidi prestar vestibular para João Pessoa. Passei, mas as coisas não fluíram, a verdade é que as coisas na minha vida só acontecem com a permissão de Deus.
Muita coisa precisa ser acertada, mas nessas últimas semanas eu tenho visto mais do que nunca o cuidado de Deus comigo, e tenho certeza que tudo dará certo, se assim O permitir. Estou confiante, com um pouco de medo, mas empolgada.
É difícil conviver com os pais, somos tão diferentes e às vezes me sinto tão sufocada pelo seu cuidado com coisas sem importância como se já comi ou não, ou se lavei os pratos ou não. Sabe, viver é mais que isso, e se querem que eu tenha responsabilidades domésticas, que ao menos seja em minha própria "casa".
Se alguém quiser preparar um chá de cozinha pra mim, vou adorar... as únicas coisas que vou levar de casa mesmo é a minha cama e colchão e meu guarda roupa (talvez) rsrs. Engraçado como crescer é inevitável, quem diria mesmo que eu faria uma coisa dessas.
A verdade é que não quero sair de casa por que detesto meus pais, eu os amo muito, mas não aguento mais ter de acordar quase sempre com os dois brigando por coisas que acho tão tolas. Não quero mais ter de responder mil perguntas que para mim soam tão superficiais. Cansei da ausência de diálogo e do excesso de preocupação com o que ando fazendo, e na verdade não faço.
Sabe, não me considero a pessoa mais independente e segura do mundo, eu sei que tenho muito a aprender, e talvez... quanto mais cedo melhor. Tenho certeza de que Deus tem planos para comigo, e que em nenhum momento minhas aflições têm sido em vão... porque Deus não desperdiça meu sofrimento. Deus me ama, e tem preparado o melhor para mim. Se daqui a uns dois meses eu continuar morando em casa, então saberei que estou debaixo da vontade dEle, se não, também.
Afinal, a única pessoa que pode adiar ou impedir os planos de Deus para mim, sou eu mesma... e não pretendo deixar isso acontecer. (orem por mim)

Laryssa Galdino Tertuliano

sábado, 18 de julho de 2009

Eu duvido que você (não) duvide.

Hoje eu mal tomei café da manhã e já me veio uma consumidora e inadiável vontade de escrever.

Quando ela acordou hoje, naturalmente as seis e cinquenta e cinco da manhã agradeceu a Deus pelos pedreiros não terem chegado ainda e se apressou a arrumar a mala, queria mesmo era voltar a dormir, mas seu namorado ficaria muito chateado com um segundo atraso consecutivo, mas agora quem está atrasado é ele, normal... sabe que ela nem se importa muito com os atrasos dele, ao menos sobra-lhe tempo de acrescentar algo ao visual. Saudade do tempo em que eu ouvia "valeu a pena esperar." (risos).
Pra ela sempre foi difícil entender a sua mãe, quando ela jogava algo no lixo a mãe pegava quase tudo de volta com a desculpa de que teria uma espécie de propósito, isso a irrita tanto! Se ela jogou no lixo é por não queria mais, concorda?! Porque que a outra tinha de ir lá e pegar as coisas e fazer uma confusão. Às vezes ela dá uma geral no guarda roupa e separa umas roupas, das quais ainda gosta muito, para doar. Uma vez um pastor disse a ela que não devemos dá as coisas só porque não as queremos mais. E ela mesma pensa, "eu não gostaria de receber algo que não pode mais ser utilizado, se não serve mais pra nada jogue no lixo então!"
Mas a mãe dela apronta de outras também, talvez as pessoas achem que ela não tem paciência ou que é arrogante, sei lá... não ligo! Também não vou ficar aqui tentando convencer ninguém de um sentimento que é meu e não precisa ser de mais ninguém, afinal... a mãe não é de vocês (risos).
Tem gente que adora bater nas pessoas ou coisas, ou então vai ao shopping fazer compras, ou vai pintar um quadro, ouvir uma música... tudo para aliviar o stress. Mas posso contar um segredo que talvez não seja mais novidade alguma? Eu adoro escrever.
É como uma terapia, quando escrevo as coisas que sinto acabam sendo transferidas pro papel. Na verdade, eu adoro escrever em todos os momentos de minha vida e ela também.
Ultimamente não tem sido muito fácil existir, algumas pessoas lhe disseram que quando se tem vinte anos, "escolhemos as coisas porque nos parecem mais seguras" mas ela ainda tem dezenove e não sabe muito bem se tem escolhido, ultimamente, por paixão ou por segurança. Outro dia deu até vontade de mudar de curso! Ir fazer uma coisa que ela sempre gostou de verdade, e ela sempre adorou: decoração.
Sabe ela quer fazer algo porque é apaixonada por aquilo, sem precisar colar. Enfim. Mas percebi que gosto do que faço, ou pelo me acostumei com a rotina de ter sempre mil coisas pra calcular, e ter de ler como que as nuvens se formam, ou sobre massas de ar, atmosfera, atmosfera, e atmosfera. Gosto da ideia de ser meteorologista, acredito que vou ser feliz com isso, mas isso não me garante que não terei dúvidas de novo. Afinal, quem pode ter certeza de tudo?

Laryssa Galdino

rumo à Pedra Lavrada :)