domingo, 27 de fevereiro de 2011

minha consciência sugere

Bob Marley disse uma vez que: são as atitudes e não as circunstâncias que determinam o valor de cada um. O que você diz, com todo respeito, é apenas o que você diz. Quando leio isso penso que realmente ele tinha razão. Quantas vezes falei coisas que soaram tão magníficas e por dentro eu matutava comigo mesmo em como estava sendo falsa.
Inúmeras vezes toquei o coração das pessoas com minhas palavras, mas ao voltar pra casa eu nem me lembrava do que tinha dito. Meditei, nesse não fazer nada desse final de semana, em porque eu agi assim, em qual razão me levava a ser tão desprezível? Cheguei ao esboço de uma conclusão, percebi que não é com tudo, nem com todos, que eu não sou confiável, mas apenas com aquilo que pra mim tem pouco valor, ou não estou emocionalmente envolvida. Não demorei muito pra entender que dedico o pior de mim para os homens. Não fui sempre assim, na verdade fui ao contrário a maior parte de minha existência, fui a parte que se doava mais, que acreditava em tudo, que se dedicava, que agia sinceramente pelo bem do outro... fui assim e algumas vezes fui recompensada com o mesmo que me doei, mas na maior parte das vezes... fui tratada como boba e acho que isso me magoou, de uma forma errada aprendi que para ter alguém eu não podia ser eu mesma, não podia agir com doçura... acho que foi dessa percepção triste e imatura que comecei a tratá-los com arrogância, desconsiderando seus sentimentos, e subestimando a sua capacidade em perceber que eu não era amável de fato.
Achei que se eu não acreditasse neles, nunca me entregaria completamente, nunca entregaria o meu coração e assim, não me machucaria mais e mais... de fato funcionou, funcionou para alguns idiotas, que eu deveria até ter sido pior. Mas nem todo mundo é um idiota, e talvez o meu erro maior foi ter tratado a todos como igual. Ninguém é igual a ninguém. Ninguém vai me amar como você me amou, muito menos me odiar ou me querer de um mesmo modo e embora eu já soubesse disso... só agora entendo que é verdade.
Outra coisa que me fez agir assim nos últimos tempos foi a minha necessidade em me descobrir, precisei, ou pelo menos senti que precisava, fazer algumas coisas, que precisa passar por umas experiências, e não me arrependo, talvez eu faria tudo de novo... digo talvez porque na vida não temos certeza de nada. Decidir o que quero sempre foi um problema pra mim, talvez porque eu quero muitas coisas, ou talvez porque eu idealizo demais as coisas. Outro dia vi na TV um homem falando que as mulheres nunca querem o que realmente dizem, e começo a suspeitar que isso é verdade. Antes o meu ideal de homem era alguém legal, que gostasse de viajar, com um bom relacionamento familiar, evangélico e ambicioso. Hoje percebo que quase tudo acima da lista é bobagem, eu só quero um homem que me faça sentir desejo e admiração por ele. E quando digo isso já caio no que o carinha disse na TV, nem isso é realmente o que quero.
É aí que a minha consciência sugere:
-Que tal, Laryssa, você arrumar as coisas da sua mudança, ir pra aula e prestar atenção em tudo que os professores falarem, assistir filmes apenas por hobby e não como um exemplo de histórias românticas e perfeitas e dá uma chance pra alguém que realmente queira fazer você feliz?
-Sugestão aceita.

Laryssa

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Retratação

"-Você às vezes fala umas coisas bonitas, mas age diferente. Eu nem falo tanto, mas não faço certas coisas" Resumindo, eu sou mesmo uma contradição. Passo tanto tempo me preocupando se o que estou vivendo é mesmo sincero, que me abstenho de viver com sinceridade. Não me lembro, e falo sério, um único momento que agi sem esperar nada em troca, ou um ato que não tivesse sido previamente pensado para causar uma certa impressão.
Ao invés de me orgulhar por esbanjar uma aparência confiável etc e tal, eu devia me olhar no espelho mais vezes e perguntar "quem eu sou" ... ou como a psicóloga do seminário me aconselhou certa vez : "Laryssa, a questão não é pra que ou quem você faz certas coisas, mas porque as faz." Acho que o grande dilema de minha vida, e que alguém finalmente me mandou a real, é "até quando vou buscar a aprovação dos outros?" Até quando vou falar uma coisa, e agir totalmente ao contrário. Dane-se se nenhum homem realmente presta, de onde vem esse medo em permitisse descobrir alguém que valha a pena. Não, não existem homens perfeitos, não existe nada perfeito, mas quem foi que disse que por causa disso você deveria se tornar essa pessoa manipuladora, falsa e cheia de medo. Medo de tudo que pode abalar essa sua imagem, que agora parece tão repugnante.
Diferentes, sim... totalmente talvez. Eu não sou tão genial como você, nem tão quieta, nem tão coerente. Eu sou louca, insensata, imprevisível, indecisa, inconstante, evasiva, mentirosa e insegura, talvez de tudo de ruim que sou, o que mais sou é insegura, e por todo esse medo em ser eu, e de ser verdadeira é que finjo, idealizo, minto pra mim mesma, machuco as pessoas, falo coisas que não sinto e tenho atitudes bem menos poéticas e mais dançantes.
O interessante de tudo é que quando finalmente tenho coragem pra "dizer em voz alta que não presto" sinto uma coisa que nunca senti senão superficialmente, um carinho, pequeno e tímido que pode ser até confundido com apenas uma leve simpatia por esse monstro que eu sou. Obrigada a você que mesmo sem me dizer muito, me disse tudo que eu precisava ouvir essa noite.
Eu subi naquela caixa d'água pra conversar com Deus, eu que nem achava se nele ainda acreditava, e não sei porque eu chorei. Me senti vazia, e triste... mesmo enquanto ando por aí a esbanjar sorrisos. Mas não é falta de liturgia que sinto, é saudade de um pouco de verdade na minha vida de mentirinha... quando eu falava com Deus, pelo menos o amor que eu dizia sentir por Ele, eu sentia mesmo... e hoje lamento ter perdido isso.
Mas não lamento a maneira irracional que vivi, aprendi um bocado do infinito que ainda tenho pra aprender, principalmente... que é bobagem o que a gente fala com as palavras se as atitudes são tão disparates, se o que você faz não tem nada a ver, se não tem honestidade consigo mesmo e com as pessoas que casualmente ou não... participam da sua história. Obrigada, a você que mesmo tão diferente de mim, me deu noites, momentos e conversas tão boas. Obrigada por não ter sido como os outros, os outros se apaixonaram de mentira por mim, e eu sinto que você de verdade se quer gostou, mas pelo menos foi sincero. E sinceridade é tudo que desejo pra mim, independente se é segunda-feira, meia-noite ou ano novo.

Laryssa

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

texto hum...

É incrível como uma decisão muda todo o resto da história. Naquela sexta a noite o plano era arrumar-se e encontrar com o carinha que estava mexendo com seus sentidos fazia algumas semanas, mas ele não foi vê-la... talvez por preguiça com fez ontem (alfineto). Mesmo assim, ela decidiu que a noite seria divertida!
Entre um reencontro com um homoafetivo que dança muito bem e um barraquinho de leve por causa do selinho que ele, o homoafetivo, deu nela, ela concedeu uma dança a um cara legal, que não teve preguiça de vê-la ontem e mesmo sem tocá-la fez ela sentir-se a garota mais especial do mundo.
Não sei porque as mulheres no geral esperam sempre que alguém as valorize, o maior reconhecimento deve vim de nós mesmas, às vezes brinco com meus colegas de trabalho e afins, enquanto beijo meu braço digo o quanto me amo e me considero linda, todos riem. Mas é incrível como é só um cara chegar e "partir meu coração" pra eu me sentir a garota mais idiota do mundo e esquecer o quanto sou demais!
Não é achismo ou arrogância, se eu não notar minhas qualidades devo mesmo esperar que alguém o faça por mim? Devo mesmo depositar nas mãos de um homem ou de quem quer que seja a tarefa de lidar comigo e com meus problemas? Devo mesmo esperar que alguém me salve sempre que eu estiver em apuros e me lembre o quanto sou bonita, inteligente, amiga, legal, etc e etc?
NÃO!
E não espere que te darei o prazer de ver minhas lágrimas, ou te darei a responsabilidade de manter minha auto-estima em alta. Não! Deixe que disso eu dou conta, mesmo que em alguns dias eu ainda me sinta feia, chata e burra... não tem problema, depois da fossa sempre vem o explendor de um novo dia, uma nova quimera.
O amor é mais que um encontro casual, é mais que uma transa sensual, é mais que um monte de coisas que a gente considera amor. Amor?! Será que vou mesmo sentir isso por alguém um dia, será que vou mesmo descobrir o que significa desejar alguém pra todo o sempre, mesmo que o sempre dure só alguns dias?
Bem, não sei. Por hora quero dizer que não vai ser uma janela aberta que vai estragar meu dia, nem um cara não querer me namorar que me fará sentir incredulidade quanto às histórias de amor que fantasio secretamente. No mais, alguém que não sabe onde quer chegar, realmente não chega a lugar nenhum. E lugar nenhum não combina comigo que tem o mundo a escrever.

:)

Laryssa