quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Eu nunca li essas cartas.

... "com infinito amor, te espero." Estas foram as últimas palavras que ela leu de uma das cartas trocadas entre os amantes, pensou errado, entendeu de sua forma e as suas conclusões levaram a uma loucura fundamentada numa carta de amor de tantos anos atrás. Seu coração acelera ao pensar que em quanto vivos esses amantes por um ínfimo desejo que seja, esperam por se encontrar e mesmo que não se beijem... seus olhos verão o interior um do outro, penetrarão no mais íntimo da alma e saberão qual de fato são seus planos. E se forem os mesmos? E se... Esqueça! Ando pensando nesse encontro mais que os dois certamente. E esta carta que nunca li e imagino feito tola como seria.

Laryssa Galdino

Viva o Hoje!

(...)
A verdade é que nem sempre as pessoas querem ser esquecidas, poucos se contentariam em ser apenas uma boa história, uma boa lembrança... querem sempre está presentes no rodapé das próximas páginas, nas comparações absurdas entre ex e atuais e acasos e das palavras trocadas. Mesmos apelidos e outros íntimos que eu jamais entenderia, porque para mim não significam nada. Sabe, o amor é como uma pintura abstrata, ele acontece diferente pra cada pessoa.
Às vezes nos apaixonamos por pessoas que têm os mesmos sonhos que a gente, outras por pessoas totalmente diferentes... ah! também amamos o impossível, quanto mais longe e mais difícil... mais amamos. Amamos a idéia de vencer todas as barreiras e criar o próprio conto-de-fadas-particular.
Amamos conquistar, mas também amamos ser conquistados e surpreendidos. E mesmo com todas as dúvidas e as coisas do passado que reaparecem e tantas adversidades que surgem, amamos a segurança de poder contar com o outro. A segurança é "the big key" dos relacionamentos. Quando não confio em mim mesma ou em quem está comigo eu me torno escrava de "achismos". "Eu acho que ele tem outra", "Eu acho que ele não gosta tanto de mim", "Eu acho que preciso fazer alguma coisa"... e vai se achando, mas de fato não se encontra nenhuma solução, não existe a certeza de nada. E a insegurança corrói algo muito importante: nosso raciocínio. Esquecemos de todos os momentos bons e de todas as palavras de afeto trocadas entre os dois e passamos a imaginar algo que não sabemos mesmo como aconteceu, nos magoando com o que não é sólido nem palpável: a imaginação. Mas isso é loucura! Cada pessoa, por mais horrenda que seja precisa encontrar algo apenas seu, a sua coisa maravilhosa.
Ao percebermos que somos um ser incrível, evitando as comparações desnecessárias aprendemos a confiar em nós mesmos. E isso é ótimo!
Certa vez li em um site de pensamentos: "A confiança que temos nos outros revela a confiança que temos em nós mesmos." Não podemos deixar de acreditar que no mundo de hoje, mesmo com tantas mentiras e crueldades, não se possa encontrar alguém de caráter que vai fazer com que cada minuto entre a gente seja DELICIOSO.
Hoje faz exatos 6 meses que eu encontrei alguém assim: inacreditavelmente surpreendente e atencioso (dentre outras características que guardo para seus ouvidos em particular). Mesmo sem ele ter atendido o celular nessa madrugada pra eu ouvir a voz dele, e mesmo quando ele fica falando das fulanas da TV (ele faz de propósito pra eu ficar com ciúmes), e mesmo com um monte de outras coisas eu o amo e estou feliz que a gente esteja juntos. Estou feliz em ter dito sim naquele 21 de julho, confesso que depois daquele dia... não imagino como estariam sendo os meus dias sem tê-lo participando deles.


Laryssa Galdino
em
Tudo pode acontecer.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O passado passou mesmo? [x2]

Não sei se por vingança ou por amadurecimento próprio vou compartilhar hoje neste blog de um amor que nunca esqueci. Nunca esqueci o amor de criança quando tinha oito anos e dei meu primeiro beijo, a gente jurou um pro outro que iríamos namorar escondidos até completarmos quinze anos e depois nos casaríamos etc etc etc, mas isso não aconteceu, no mesmo ano eu desmanchei o "relacionamento" e voltei a brincar de bonecas e dizer que odiava meninos, o normal nessa idade. Dois anos mais tarde, na quarta série, conheci o meu segundo amor, um garoto da sexta série. Com ele foi engraçado, porque nos amamos por três anos e nunca se quer nos beijamos, lembro que uma vez ele me deu uma caixa de chocolate e quase apanhei por causa disso, minha mãe pensou que eu namorava escondido e segundo ela eu não tinha idade para namorar ainda. O tempo passou e eu fiquei um tempo sem amar ninguém, apareciam uns garotos, mas por serem mais velhos que eu eles não me davam muita bola... então o tempo passou novamente e eu comecei a ter outros amores. Acho que o amor mais forte que tive (pelo menos na época pareceu) foi aos quartoze anos, queria por que queria namorar com um menino, mas passei oito meses tentando fazer com que ele entendesse isso, no meio do caminho tive meu primeiro namorado, que embora na época não tenha sido tão bom, hoje as mágoas foram esquecidas e somos até amigos de MSN. Sim, mas ele foi no meio do caminho ... um mês depois de romper com o ele comecei a namorar com o rapaz que achei que fosse o amor da minha vida, e esse relacionamento durou dois anos e dois meses... mas infelizmente, ou não, éramos mais amigos que namorados e um dia percebi que eu não queria passar toda minha vida com ele, que apesar de ser uma boa pessoa, eu não sentia paixão por ele... e sem paixão não dá! Então... o tempo passou, como sempre passa, e no fim do mesmo ano que terminamos, conheci outro rapaz que pensei de fato ter me apaixonado para sempre. Primeiro eu odiava tudo nele, depois eu me apaixonei por tudo que antes eu odiava, mas a amizade não deu em namoro como cogitei, hoje somos amigos e gosto muito dele, mas não temos nada a ver um com o outro, exceto a prática incontrolável de fazer trocadilhos com as palavras . Quase um ano se passou, na verdade onze meses, e eu encontrei o cara mais irritante da face da terra, um de meus monitores na universidade, é agora eu estou na universidade (risos). Bem, no começo pensei que nunca falaria com ele, depois não conseguia parar de falar com ele e dado pouco mais de um mês e alguns dias (veja só que rápido) começamos a namorar!!! E não me arrependi de nada que nos aconteceu até hoje. Ele é maravilhoso. Mas, qual o meu objetivo de descrever essa minha trajetória amorosa? Obviamente, nomes e detalhes são omitidos porque, tirando o último homem citado, nada interessa saber deles. Meu objetivo na verdade é falar do passado, eu sei que todo mundo manda a gente esquecer ele, deixar ele pra lá, etc etc etc... mas eu não penso assim, afinal... todos os meus erros, meus amores, meus medos... tudo que me ACONTECEU contribuiu para o que sou hoje. E embora algumas pessoas e alguns tantos fatos não signifiquem mais nada para mim, não me arranquem mais suspiros, não me machuquem mais, embora muita coisa tenha mudado, eu tenha crescido e etc etc etc... essas coisas nunca vão ser apagadas de mim, nunca poderei simplesmente esquecê-las. No entanto, não considero isso lamentável, nem triste, nem nada. Acredito que tudo que tenha sua contribuição na pessoa que nos tornamos é válido e não deve ser menosprezado. Entendo também que não importa quão válidas tenham sido todas as pessoas e situações que passaram por nossa vida, nosso futuro é sem dúvida o mais preocupante (o que nos prende mais a atenção assim imagino). Porque o passado, independente de como tenha sido, não pode ser alterado. Mas o futuro é uma incógnita, é dinâmico e notavelmente mutante. O amanhã ainda está por ser, e não adianta ter sido qualquer coisa ou ter vivido com esplendor um maravilhoso momento, porque apesar de sermos feitos de história é o mistério que nos mantêm acesos, é o desejo de viver o que está por vim e a satisfação em poder fazer parte do futuro de alguém que se torna mesmo importante, porque não: especial! Não que o que passou não seja, mas apenas passou e não é mais. O passado e nossas lembranças são extremamente e sem dúvida necessárias, mas não são delas que se alimentam os nossos sonhos do amanhã, nossos sonhos se alimentam do presente, da vivência e de uma conquista e descobertas mútuas e diárias. Assim eu espero, porque caso seja o contrário, minha vida seria um caos e a qualquer momento todas minhas perspectivas poderiam ser modificadas e eu não gostaria que isso acontecesse, não gostaria que o passado me impedisse a felicidade plena.

Laryssa Galdino
Em
Alguém Especial Reconhece Outro Alguém Especial.